Henrique
Minha cabeça é pura confusão a semanas, eu nunca fui muito bom com as mulheres igual o Matheus e nunca liguei muito para isso, nuca fez diferença na minha vida.
Mas eu também nunca senti nenhuma atração por outro homem, foi tudo foi completamente diferente quando conheci o Alex, de cara meu coração acelerou e eu senti uma necessidade e enorme de conversar com ele.
E essa vontade de falar, ver e tocar ele só aumentou cada vez mais, ele me contou um dia que havia beijado um menino e gostado mais do que quando beijavas as meninas, eu disse que não me via beijando um homem e ele apenas concordou e mudou de assunto.
Mas desde aquele dia eu passei a imaginar todas as noites beijando ele, quantos estávamos juntos não conseguia desviar os olhos de sua boca e a vontade de provar seu gosto só crescia cada vez mais.
Foi então que no dia que tomei coragem achando que estava apenas nos e a Ana em casa meu irmão viu, todo sentimento de desejo e felicidade de finalmente fazer o que eu queria a dias e ter gostado tanto, foi tomado por um desespero enorme da minha família não me aceitar dessa forma, eu sabia que pelo menos a minha irmã eu poderia contar.
- me chamou? - Perguntei da portado quarto e ele se virou pra mim ainda apoiado na janela.
- a gente tem que conversar – apenas assenti e me aproximei – não to bravo contigo e nem estou aqui pra te julgar, tu é meu irmão e eu quero que se abra comigo – falou e eu senti meus olhos marejarem.
- eu gosto dele, mas tenho medo do que vão pensar – desabafei.
- somos tua família Henrique, a não ser que alguém for dar o rabo por você ninguém tem que se intrometer não irmão - falou e eu ri.
- o que acha que o pai vai pensar ?- perguntei apreensivo ainda.
- nada que um chá da mãe não resolva - revirei os olhos.
- tu não leva nada a sério né ?- perguntei e ele riu.
- a vida fica sem graça demais assim- deu de ombros.
Ele chegou mais perto de mim e me puxou pra um abraço.
- te amo pra sempre - falou baixo.
- te amo também - falei restringindo o abraço forte - e tu vai parar de enrolar a Ana quando?- ele se afastou.
- tô enrolando ninguém não - meteu o louco.
Conversamos mais um pouco e ele me expulsou do quarta mandando eu ir chamar a Ana que ele queria ficar com ela.
Voltei pro quarto do Alex e fiquei conversando com os dois até escurecer e a Ana voltar pro amado dela, quando fiquei sozinho com o Alex não soube o que falar, é tudo muito novo para mim e estou com medo de me jogar de cabeça e acabar dando tudo errado.
- você vai falar com a sua família? – ele perguntou quebrando o silencio.
- sobre a gente? – não olhei para ele.
- sobre você – respondeu.
- existe a gente? – olhei pra ele.
- existe o que você quiser que exista – segurou meu rosto.
- tenho medo dos meus pais – confessei e ele riu.
- sabe que seus pais são uns amores, não tem por que ter medo – me puxou para ele.
- o Matheus já é o filho favorito deles, o que eles mais se orgulham, imagina se eu falar isso – falei e fui surpreendido por um beijo.
O beijo lento me fez esquecer de tudo ao meu redor, não existia medo da reação dos meus pais, não existia irmão perfeito, não existia nem mesmo Ana e Cauã no quarto ao lado. Existia apenas eu e o Alex naquela cama nos beijando por horas.
.....
- cheguei – falei entrando em casa.
- e o senhor tava na onde? -minha mãe falou do sofá.
- deixa o menino – meu pai falou sem tirar o olho da tv.
- deixa o menino nada, não vai engravidar ninguém igual seu irmão fez não – senti meu rosto esquentar – sou muito nova pra ser avó de um imagina de dois – falou e meu pai gargalhou.
- já to vendo um monto de bacelo branco aqui – ele falou e puxou o cabelo dela.
- isso é de estresse que você me da, o único velho que tem nessa casa é você – falou brava.
- um velho gostoso dele – sorriu pra ela.
- vou pro meu quarto antes que vocês se comam aqui – falei saindo – Cauã e Ana vão vim almoçar – gritei da escada e subi até o quarto a Maria.
Bati na porta e ninguém respondeu, abri e vi ela deitada de bruços babando no travesseiro, balancei ela até ela acordar e depois de xingar até minha 5° geração ela levantou e foi ao banheiro.
- a gente se beijou – falei sem coragem de olhar pra ela.
- sério? – correu até a cama e sentou do meu lado.
- sim, a gente tava no quarto dele assistindo um vídeo e conversando e surgiu um clima, quando vi a gente tava se pegando e o Cauã abrindo a porta – falei olhando pra ela finalmente – quase morri do coração – ela riu da minha disgraça.
- então agora mais alguém sabe? – assenti – e vi contar pros nossos pais quando – prendeu o cabelo em um coque.
- o almoço – falei e ela levantou.
- to tão feliz por você – me abraçou e eu abracei de volta sorrindo – espero que agora você se solte mais e pare de se esconder no seu quarto – brigou comigo.
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+30 ❤️🔥❤️🔥❤️🔥❤️🔥
Sextou galera, trouxe um pouquinho do nosso Henrique para a gente 🥰