Maya
O homem que estava na minha frente me olhava assustado, parecia não acreditar que tinha uma garota no porão do irmão dele. Ele passou a mão pelo cabelo completamente confuso com aquela situação.
Ele se aproximou lentamente como se cada passo que ele desse dependesse da vida dele, até ele esta bem próximo, ele se agachou e encarou meu rosto. Ele olhou para meu pé que estava algemado tocando ele logo em seguida.
Meus olhos minaram mas não foi pela dor dele tocando minha perna deslocada e sim por que sei que ele não vai me tirar daqui, o mason o mataria
– Meu nome e Dylan, sou o irmão do mason. – Se apresentou com a voz baixa. – E você como se chama?
– Maya. – Minha voz saiu tão fraca e fina que nem eu mesma pude conseguir ouvir minha própria voz, ele me olhou com compreensão.
– Vou pedir ao mason a chave dessa algema e com certeza uma roupa para você vesti. – Ele se levantou e novamente passou as mãos pelos cabelos.
Os passos dele foram se afastando do porão me fazendo ter um turbilhões de pensamentos alheios, eu não poderia usar ele para fugir, ele poderia ser bem mais perigoso que o próprio mason eu não arriscaria.
Ele voltou em alguns minutos acompanhado pelo mason e com uma muda de roupa em mãos, o mason não estava com aquele semblante feliz de sempre ele estava sério e sombrio.
O mason pegou as roupas da mão do irmão dele e veio em minha direção me deixando nervosa e atordoada. Ele se agachou na minha frente e puxou meu pé de forma calma e carinhosa retirando as algema, logo depois ele lentamente me ajudou a levantar, com todo cuidado me levou até o banheiro me ajudando a cada passo lento que eu dava.
No banheiro fechei a porta e me apoiei na pequena pia ficando imóvel, tirei a toalha do meu corpo e optei por vesti aquela roupa o mais rápido que eu podia. Já vestida abri a porta e dei de cara com o mason parado me olhando como se a qualquer momento fosse me atacar.
Me apoiei na porta enquanto tentava recuar para dentro do banheiro novamente, mas ele se aproximou do meu corpo e me tirou do chão, me pondo em seu colo com leveza.
Ele caminhou em passos largos até a escada do porão e começou a subir fazendo com que de pra escutar o barulho do seu sapato indo de encontro com o degrau de madeira. Minha respiração estava descontrolada assim como o meu coração, que eu até mesmo podia ouvi-lo palpitando rápido.
Ele estava me levando novamente para o andar de cima, decidir que não iria fazer nada que pudesse aborrece ele, me encolhi no seus braços sentindo o frio do local.
– Tá doendo muito? – Perguntou derrepente me deixando imóvel.
– Não. – Menti.
– A é mesmo? – Ele duvidou me colocando sentada em um sofá horrivelmente grande e confortável.
Mason
Vi os olhos azuis da minha menina assustados, aquilo me deixava realmente mal, não queria ve-la triste e nem assustada. A coloquei no sofá e me sentei ao seu lado, meu irmão iria dar um jeito na perna dela para que ela não sentisse mais essa dor que tanto me incomoda.
Meu irmão que tinha os olhos mas escuros que o meu apareceu com um olhar de desaprovação, eu sabia o que ele estava pensando e iria conversar com ele sobre exatamente isso.
Ele se aproximou da minha flor e se agachou pegando a perna dela com delicadeza para que não a machucasse, ela ficou imóvel encanto apertava o macio do sofá me deixando agoniado, ele curvou a perna dela e o corpo dela deu um pulo pelo susto e dor.
O dylan levantou me olhando e logo depois olhando-a me deixando irritado, por que ele a olhava tanto, qual o problema dele?
Me levantei do sofá e me aproximei da minha menina vendo o quão vulnerável e linda ela podia ser. Me inclinei na direção dela e deixei um beijo doce no lábios carnudos dela me afastando logo em seguida.
Caminhei atrás do dylan pela cozinha e pude ver ele olhando a paisagem da janela que era muito bonita enquanto tinha um copo de água na mão.
Coloquei minhas mãos no bolso da calça e me encostei na mesa vendo meu irmão se virar para mim enquanto tinha aquele olhar de superior.
– Você é a porcaria de um doente? – Perguntou me deixando irritado, ele não poderia vir fazendo perguntas assim na minha casa.
– Não. – Respondi seco olhando nos olhos verdes escuro que agora estavam semicerrados.
– Cara isso que você tá fazendo é crime. – Avisou completamente impaciente enquanto passava as mãos pelos seu cabelo. – Sabe que quase a cidade inteira tá procurando por essa garota? – Ele respirou fundo frustado com a situação enquanto eu não esboçava nenhuma preocupação.
– Aposto que o pai dela já deve ter falecido com o desaparecimento dela. – Comentei tendo o olhar do dylan sobre mim.
– E você está feliz com isso? – Perguntou se aproximando. – Cara você é a merda de um psicopata insano. – Me ofendeu e se afastou procurando por mais água.
– Já disse pra para de me chamar de psicopata, por que se não fosse pelo seu pai eu não teria me tornado essa merda de ser-humano. – Quase gritei na cara dele.
– Nosso pai, você tá falando do nosso pai, que você matou! – Me acusou enquanto tinha seu rosto vermelho de raiva, eu não iria suportar ter uma pessoa gritando na minha cara assim.
– Dylan pegue suas coisas e vá embora. – Mandei antes que fizesse alguma besteira.
– Ou o que vai me matar? – Me olhou com ódio no olhos, meu punho estava preparado para le dar um soco, mas meu olhos foram em direção a uma pequena garota na porta com os olhinhos assustado.
– Sai! – Empurrei ele dá minha frente e me aproximei da minha flor. – Está assustada? – Ela não respondeu apenas abaixou a cabeça.
Puxei seu pequeno e fino braço com cuidado até o quarto, não queria que ele visse essa briga repentina que eu tive com o Dylan, não é só porquê ele é o mais velho que ele pode me mandar, eu já tenho idade o suficiente para me virar sozinho.
– Está com fome? – Perguntei a ela novamente que me encarava agora, ela assentiu e desviou o olhar, aquele jeito submissa que ela tinha me deixava completamente obessecado.
Levei ela até meu quarto e a coloquei na cama, ela estava receosa pelo jeito que eu estava a tratando mas não me importei. Me inclinei em sua direção e beijei sua testa com carinho.
Andei até a cozinha e vi meu irmão completamente irado com toda a situação sentado na mesa com as mãos no rosto. Preparei um prato para minha flor enquanto encarava meu irmão de vez enquanto.
Caminhei de volta para o quarto e vi a pequena garota mexendo nos seus cabelos lindamente curtos, me aproximei e dei o prato de comida a ela que pegou com as mãozinha pidonas. Me sentei ao seu lado e observei ela comendo a comida que eu havia feito a ela com tanto gosto.
– Quantos anos você tem? – Ela perguntou com a voz abafada pela comida, sorri e limpei a sua boca com o polegar.
– vinte e sete. – Respondi e a garota levemente arregalou os olhos e me olhou, eu sorri mais ainda com a reação dela. – Por que?