THE HOPE • Rick Grimes

By Normaniacos

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Depois de uma longa jornada procurando por alguma esperança, eu o encontrei... O mundo havia acabado, mas eu... More

✓ INTRO
✓ GALLERY
00. PRÓLOGO
01. HUMANO
02. SUICIDA
03. CONTROLE
04. OCEANO
05. ROMÂNTICA
06. COMPANHIA
07. BONS AMIGOS
08. SOB PRESSÃO
09. QUATRO PAREDES E UM TETO
10. FEITOS PARA SOFRER
11. FERIDAS
12. AQUELE MALDITO SORRISO
13. PARAQUEDAS
14. FIM DO MUNDO
15. INATINGÍVEIS
16. POR NÓS
17. ANTES DO CAOS
18. NOVO MUNDO
19. OQUE FOI, E OQUE É
20. MEU LAR
21. ENTRELAÇADOS
22. ENTREGUE
23. NAMORADOS
24. SEM FREIOS
25. ATRAINDO CONFUSÕES
26. RUINAS DE UM LAR SEGURO
27. SONHOS
29. A ESCOLHA É SUA
30. BATALHAS
31. LAÇOS DE FAMÍLIA
32. UNI-DUNI-TÊ
33. DE CARONA COM O CAPETA
34. SANTUÁRIO
✓ DESABAFO ANTIGO

28. HILLTOP

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By Normaniacos

" Parece que nós gostamos de viver perigosamente. Nossos corações cantam uma mentira temporária, parece que sua loucura pode ser infinita. "

A temporary High | Canção de: Aurora

*Hope|Alisson

Olhei para o garoto sentado a minha frente e sorri.
- Pronto, já terminamos, ficou bom!
Carl me encarou e forçou um meio sorriso, a visão de seu rosto o incomodava demais, aquele buraco que havia sido aberto no lugar onde antes ficava seu olho o deixava envergonhado e as vezes triste.

- Oque foi, vamos não faça essa cara, com essa bandana ninguém consegue enxergar nada, fique tranquilo, não é tão ruim o quanto você acha.
- Toquei seu ombro e baguncei seus cabelos.

- Eu só pareço um pirata, ou pior, eu só pareço o governador.

- Fiz uma careta.
- Tenho certeza de que você não se parece nem um pouco com esse cara, não com ele. Você não precisa ter vergonha dessa cicatriz, ela só mostra o quanto você é forte, mais forte doque qualquer pessoa desse lugar, deveria se orgulhar disso, eu me orgulho de você.
- Segurei sua mão que estava pousada em cima do joelho e o menino sorriu.

- Obrigada, você está certa, eu não sou como ele.
- Retribuiu o aperto de mãos.

- Não, nem pensar. - Soltei uma careta.
- Você é como um gato, tem sete vidas!
- Brinquei enquanto me levantava e o garoto soltou uma gargalhada.

- Duas delas já se foram, só me restam cinco então!
- Ergueu as mãos em sinal de rendição e então caminhamos para fora de casa.

O por do sol iluminava a comunidade, apesar das circunstâncias estávamos bem, faltava alimento, faltava muita coisa, mas ainda sim estávamos felizes por estarmos se reconstruindo, determinação não nos faltava.

- Vai participar da reunião com o estranho?
- Carl estava curioso com o assunto, confesso que eu também estava, aquele cara era um enigma, um quebra cabeça, e eu estava curiosa para ver onde as peças se encaixariam, era estranho ver alguém que conseguia fugir de qualquer enrascada igual o tal Jesus, agora eu não me sentia mais segura nem mesmo para dormir, o medo de ele invadir meu quarto havia se tornado uma ameaça a qual eu não esperava.

- Concerteza, por isso preciso que você pegue a sua irmã na casa da Maggie, se temos um problema preciso estar a par do assunto, fofoco tudo para você mais tarde eu prometo.
- Sorri ao observar a careta que se formava no rosto do garoto, ele sabia muito bem que ficar com a irmã era um modo sutil de dizer que ele não faria parte da reunião, e Carl odiava ser contrariado.

- Que merda! Pensei que levar dois tiros e sobreviver faziam de mim um adulto!
- Brincou enquanto se afastava para seguir caminho com a menina Enid, assisti os dois caminharem ao lado um do outro, e sorri ao avistar ele tocando sutilmente a mão da garota.

Caminhei apressada para a sala de reuniões, percebi que as pessoas que haviam combinado já estavam lá, eu odiava ser a pessoa que atrasava as coisas, mas não havia como evitar, algumas coisas o apocalipse não conseguia mudar nas pessoas, e meu dom de chegar depois da hora marcada era prova viva disso.

- Oi, estou atrasada.
- Sorri para o pessoal enquanto Daryl passava por mim irritado.
- Não me diga! Soltou um riso nasal e caminhou na sala ao lado para pegar o prisioneiro, colocou Jesus sentado em uma das cadeiras e então Rick começou a interrogação.

- Como escapou de lá?
- Rick perguntou e Jesus pareceu se divertir com todos reunidos a sua volta, estávamos eu, Rick, Daryl, Michonne, Gleen e Abraham.

- Um guarda não cobre duas saídas, nem janelas do segundo andar, nós se desfazem e trancas são abertas, a entropia vem da ordem certo?
- Jesus parecia calmo, demonstrava que não tinha nenhum medo de nenhum de nós.

- Eu vi seu arsenal, eu não via algo assim a bastante tempo, estão bem equipados, mas suas provisões estão baixas, muito baixas para o número de pessoas que tem nesse lugar, cinquenta e quatro pessoas?
- O estranho perguntou, e como ninguém respondeu, me senti na liberdade.

- Mais doque isso, andou contando?
- Respondi irônica enquanto o cabeludo me encarava.

- Bom, obrigado pelo Cookie, parabéns a chefe!
- Me encarou e Daryl foi rápido na resposta, dizendo que a responsável pelo biscoito não estava ali, e então Jesus passou a encarar o caçador.

- Olha sei que começamos com o pé esquerdo, mas estamos do mesmo lado, o lado dos vivos, você e o Rick podiam ter me deixado lá, mas não, eu sou de um lugar que é bastante parecido com esse aqui, minha função é procurar outros assentamentos para fazer trocas, eu peguei seu caminhão porque a minha comunidade precisa de coisas, e vocês dois pareciam encrenca, mas eu estava errado, vocês são do bem, e aqui é um bom lugar, eu acho que as nossas comunidades podem se ajudar.

- Vocês tem comida?
- Perguntei e Jesus desviou a atenção de Daryl para mim.

- Começamos a criar animais, nós vasculhamos, plantamos, tudo de tomate até soja.

- E porque devemos acreditar em você?
- Dessa vez foi Rick quem perguntou.

- Eu posso te mostrar, de carro a gente vai levar um dia, e aí vocês vão ver quem somos e oque temos a oferecer.
- Respondeu.

- Espera aí, você disse que vai atrás de outros assentamentos, quer dizer que está negociando com outros grupos?
- Perguntei enquanto o encarava.

- Seu mundo está para ficar bem maior gata!
- Me olhou e sorriu, me senti envergonhada, e no mesmo instante desviei meus olhos para Rick, o vi travar o maxilar incomodado com o elogio do estranho.

- Com todo respeito, mas eu não sou cego.
- Jesus ergueu as mãos em sinal de rendição enquanto encarava o xerife, e mais uma vez eu estava constrangida na presença do estranho, algo me dizia que não seria a última.

***

Alguns minutos depois e já estavamos prontos para partir, decidimos dar uma chance e acreditar nas palavras do homem, não tínhamos muito a perder, estávamos precisando mesmo de alimentos, e se o tal Jesus estivesse mesmo falando a verdade, metade dos nossos problemas estariam resolvidos.
Sorri para Judith enquanto sentia seus bracinhos gordos e pequenos me apertarem.
- Oque foi meu amor, vai ser rápido, mamãe promete, enquanto isso se comporte, tio Gabriel vai cuidar bem de você!
- Beijei o topo da testa da bebê, e Rick fez o mesmo enquanto nos abraçava.
Carl sorriu, e então eu passei a menina para os braços do irmão.

- Vocês tem certeza se devem ir?
Perguntou enquanto acomodava a pequena.

- Não, mas se for verdade, pode ser o começo de tudo, pegue sua bolsa, Gabriel vai ficar com a Judith para a gente.
- Rick encarou o filho.

- Não, eu não vou, alguém precisa ficar e tomar conta daqui, e além do mais, um garoto com a cara estourada não passaria uma boa impressão.
- Deu um meio sorriso e eu o repreendi mais uma vez, o menino sorriu, aquilo foi só uma forma de ele fazer piada com a minha cara já que sabia que eu havia acabado de pedir para ele não ficar tão deprimido com a própria imagem.

- Que bom que estava brincando, ouvi dizer que a Enid adora garotos com a cara estourada!
- Pisquei para ele e o vi avermelhar de vergonha, Rick sorriu se divertindo com a situação.

Alguns minutos depois e já estavamos na estrada, me sentei ao lado do Abraham, fazia um bom tempo que eu e ele não se reuniamos para jogar conversa fora, mal vimos o tempo passar, Daryl também estava ao meu lado, mas calado, não parecia de bom humor hoje, retirei um pão que Denise havia me dado para levar de viagem e ofereci para o caçador, e então ele recusou.
- Pega, vamos dividir, deixa de ser ranzinza.
- Sorri para ele e o caçador revirou os olhos.

- Isso parece cocô!
- Falou com sinceridade, e acabou tirando uma gargalhada das pessoas próximas.

- Não importa oque parece, o gosto é bom!
- Falei enquanto partia o pão ao meio e tentava enfiar metade na boca do homem, irritado e relutante ele pegou o pedaço da minha mão.

- Sabe Rick, eu não sei como você aguenta essa mulher!
- Daryl brincou chamando a atenção do xerife que estava no volante, e Jesus se virou para fazer parte da conversa, assisti Rick sorrir pelo retrovisor.

- Seria muito bobo se não aguentasse, Hope Alisson é encantadora!
- Jesus se atreveu a responder.

- É ela é, sou um cara de sorte!
- Rick deixou claro enquanto encarava Jesus, o clima ficou estranho, lembrar que Jesus havia me visto nua ainda me atormentava, tratei logo de trocar de assunto, e quando mal percebemos já estávamos perto da nova comunidade, de longe avistei os portões do lugar, altos, de madeira e com alguns guardas de segurança, muito parecido com a faixada de Alexandria.
Paramos o automóvel em frente aos portões e descemos de vagar, no mesmo momento em que os guardas de Hilltop apontavam as armas em nossa direção, nosso primeiro reflexo foi o de defesa, também apontamos na direção deles, e coube a Jesus apaziguar a situação. O homem explicou que estávamos com ele, e que não faríamos nada, mas os guardas queriam nossas armas como garantia!

- Nem fodendo!
Encarei o estranho contrariada.

Demorou mas Jesus conseguiu fazer com que ficassem mais seguros com a nossa presença, não íamos baixar a guarda, nem eles, então entramos em um consenso, entraríamos armados no lugar, e Jesus ficaria responsável em garantir que nada aconteceria durante nossa estádia.
Alguns minutos e estávamos dentro, a imagem do lugar encheu nossos olhos, ele realmente havia dito a verdade, Hilltop tinha tudo oque procurávamos, era rico em plantações, o solo era fértil, coisa que em todo este tempo Alexandria não havia conseguido fazer, haviam animais a disposição da comunidade, nesses tempos ter tudo oque Hilltop tinha era o mesmo que ter as riquezas do antigo mundo.
Queríamos oque eles tinham, e eles queriam um pouco do nosso armamento, era uma mão de roda para as duas comunidades.
Maggie e Rick ficaram responsáveis de conversar com o líder do lugar que a primeira vista eu não havia gostado, o velho olhava as mulheres como se fossemos carnes expostas em um açougue, não gostei da figura em primeira vista e neguei no mesmo instante quando ele ordenou que eu e Maggie conversassemos com ele.
- Não sou a líder, não entendo nada de negócios, mas meu namorado pode tirar suas dúvidas!
Sorri para o estranho fingindo simpatia e me retirei acompanhada de Daryl e Abraham, Rick e Maggie ficaram enquanto a gente foi dar uma vasculhada no novo lugar.

- Você viu o jeito que ele me olhou? Eca que nojo!
- Coloquei a língua para fora e fiz uma careta enquanto enganchava meu braço com o do ruivo para caminharmos juntos.

- É eu vi, pensei que ele fosse te devorar a qualquer momento!
- Abraham me encarou e fez a gente rir com o seu comentário, Daryl caminhava ao meu lado, e quando fiz menção de me enganchar nele com o braço livre ele deu um passo fazendo com que a gente ficasse distante, eu adorava a amizade do caçador mas sabia que ela era bastante limitada, mesmo assim sorri para ele, e ele me devolveu um meio sorriso, pelo menos ele não me odiava como no início, e isso já era um ótimo começo.

Passamos pela plantação do lugar, e eu encarei vários pezinhos de morango pelo chão, uma pena que as frutas já tivessem sido retiradas, a muito tempo eu não provava.
- Quero morangos!
- Avisei quando vi Jesus se aproximar.

- Quem sabe na próxima safra, se a gente conseguir entrar em um consenso!
- O cabeludo dos olhos azuis sorriu simpático, ele nem se esforçava, estava na cara que era um homem interessante, e tinha muita coisa a ensinar, era tão legal que chegava a ser irritante.

- Vamos entrar em um consenso, pode mandar deixar a próxima safra para Alexandria, se eu não provar essa fruta novamente eu vou me matar!
- Brinquei divertida enquanto os encarava.

- Por favor, não entrem em consenso, só assim vamos nos livrar dela!
- Daryl sorriu debochado enquanto passava por nós, e então eu bati em seu ombro me fazendo de ofendida.
- Se quer que eu morra, é só me dar uma flechada! - Sorri ironicamente.

- Não posso, você não imagina o quanto é trabalhoso fazer uma flecha.
- Brincou nos deixando passar em sua frente.
Depois disso nos distraímos andando pelo lugar, e conhecendo com as pessoas, Hilltop em questões de alimentação era maravilhoso, mas bem limitada em questões de segurança, acabei dando algumas dicas para Jesus e mais alguns moradores que se apresentaram, trocamos algumas idéias e algumas horas depois Maggie e Rick apareceram, haviam feito um trato, mas bem menor doque eu imaginava, no mesmo instante vi meus planos de comer um morango indo pelos ares.
Gregory não era um cara fácil de negociar, e a minha recusa havia influenciado na sua decisão, me senti irritada com isso, mas Daryl disse para eu não ficar, não era esse o combinado, e que se eles não estavam de acordo tudo bem, encontraríamos outro jeito, era por isso que eu adorava Daryl Dixon, mesmo fingindo não se importar comigo ele sempre dava um jeito de mostrar que se importava, e para mim aquilo já era suficiente, nenhuma amizade tinha mesmo que ser perfeita.
Jesus não pareceu feliz com a recusa do líder, eles queriam muito mais doque o homem estava oferecendo, eles queriam mais armas, e alguns minutos depois acabou revelando o motivo.
Hilltop estava sofrendo por causa de outra comunidade desconhecida, os Salvadores, eles levavam metade de tudo oque o lugar produzia, tornando a troca com outras comunidades totalmente limitada.
Observei a situação com cautela, me mantive calma para pensar o direito a se fazer sobre o assunto, eu tinha certeza que Rick ofereceria ajuda, então resolvi pensar bem, caso não concordasse com aquilo, oque acabou acontecendo.

- Nossa ajuda para derrotar essa comunidade, e em troca vocês nos dão quarenta por cento doque produzem, nós derrotamos os Salvadores, e damos a vocês vinte e cinco por cento das nossas armas.
- O oferecimento do xerife saiu no mesmo instante, sem pensar nem um segundo sobre o assunto, Rick sempre tinha certeza que conseguiria vencer qualquer coisa, mas pela primeira vez tive medo daquela batalha, não era algo que eu queria enfrentar, não era problema nosso, não era problema de Alexandria.

- Feito, vocês nos dão trinta por cento das armas e não falamos mais no assunto.
- Jesus tentou negociar.

- Vinte e cinco. Insistiu. - Nós vamos fazer o trabalho sujo, é mais doque justo!
- Rick apoiou o peso do corpo em uma das pernas enquanto mantinha as mãos na cintura, seus olhos desafiadores encararam Gregory e eu me senti aflita com aquela negociação.

- Pense bem, não vamos oferecer mais doque isso, vamos resolver seus problemas, e ainda vamos te dar recursos, é pegar ou largar.
- O xerife estava sério, ele sempre ficava em situações como essa.

- Feito!
- Gregory sorriu, e Jesus também pareceu satisfeito.

- Mas você nem sabe quem eles são!
- Tentei alertar o Grimes e então ele me olhou e sorriu enquanto segurava minha cintura.

- Não importa quem são, vamos vencer.
- Rick parecia confiante, esse era o problema, ele sempre parecia.

- Devo alertar que os Salvadores são pessoas cruéis e que matam somente por diversão e prazer, não vão ser adversários tão fáceis assim de derrotar!
- Dessa vez foi Jesus quem pareceu se importar com a nossa segurança.

- Vocês sabem onde eles vivem?
- Rick encarou Jesus com segurança, ele não parecia ter medo.

- Sim, eles tem um líder e um acertamento, nunca vi o líder só sei que se chama Negan, mas ele nunca veio negociar pessoalmente, os segui algumas vezes para descobrir onde é o lugar, cerca de oitenta homens, eles são armados até os dentes, por isso Hilltop nunca pode lutar, não temos armas o suficiente.

- Agora vocês tem!
- Rick apertou a mão do homem e sorriu, parecia satisfeito com a negociação, mas eu não.

***

Algumas horas depois e estávamos devolta em casa, ninguém parecia se preocupar com oque haviam acabado de combinar, estavam animados e confiantes, confiantes até demais, e isso me causou mais medo.
Peguei Judith no colo de Carl enquanto o pai dele contava detalhes da negociação.

- Mamãe, passear, Mama, Passear.
- Judith sorriu feliz quando olhou em meu rosto, e então eu acariciei seus cabelos dourados.
- Nada de passeio meu amor, você já não passeou o bastante com o seu irmão hoje? Vamos tomar um banho, está na hora de dormir.
- Beijei o topo de sua pequena testa e sorri, enquanto ela brincava com os fios do meu cabelo, por um segundo olhei seu pequeno rosto e mais uma vez senti um frio na barriga, eu não queria lutar, eu não queria matar pessoas que eu mal conhecia, pessoas que nunca haviam cruzado meu caminho, que nunca haviam me feito nada, matar em troca de comida, aquilo me parecia errado.

Subi com a pequena e a levei para o banho, alguns minutos fora da banheira e ela já estava com muito sono, troquei seu pijama e a coloquei deitada em seu próprio quarto, Carl já estava deitado na cama ao lado, não demorou muito para Judith adormecer, antes que eu me retirasse do quarto, o Grimes me fez uma pergunta.

- Oque você acha Hope, acha que vai dar certo, acha que vamos vencer os Salvadores?
- O garoto se sentou na cama para me enxergar melhor, e então eu me sentei junto com ele na beirada do colchão.

- Sinceramente, acho que não é problema nosso, acho que não deveríamos comprar essa briga, apesar das dificuldades, temos algo bom aqui, estamos saudáveis e podemos lutar para encontrar nosso próprio alimento, por mais que haja dificuldades temos algo sólido, arriscar perder tudo isso me parece burrice.
- Falei com sinceridade, e Carl estreitou os olhos e deu um meio sorriso.

- Eu te entendo, tudo bem ter medo, mas meu pai explicou que precisamos disso, oque Hilltop tem para oferecer é muito bom.

- E ele tem razão, é muito bom mesmo, só não sei se vale a pena matar pessoas para conseguir, não somos assim.
- Me levantei e sorri, dei a conversa por encerrada, e antes que eu me afastasse por completo Carl me deu uma resposta de apoio.

- Hope, chamou.
- Me virei para o enxergar antes de atravessar o batente.

- Você está certa, nós não somos assim, não podemos ser!
- Sorri para o menino, apesar de tão novo Carl era muito maduro, capaz de entender a decisão correta com facilidade, eu nunca precisava o convencer a nada, eu apenas explicava o ponto de vista certo, e Carl mudava sua opinião com facilidade quando se tratava da coisa correta a se fazer, e estava tão na cara que matar pessoas que nunca esbarraram nosso caminho era errado, não foi difícil para ele mesmo perceber.
Caminhei para o quarto decidida a fazer Rick mudar de idéia, pena que com ele as coisas não fossem tão fáceis...

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