A Garota perfeita

By Helister

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Joana Flores é uma mãe solteira que aceita trabalhar em um dos pubs mais badalados da cidade para criar a fil... More

- Capítulo 01 -
- Capítulo 02 -
- Capítulo 03 -
- Capítulo 04 -
- Capítulo 05 -
- Capítulo 06 -
- Capítulo 07 -
- Capítulo 08 -
- Capítulo 09 -
- Capítulo 10 -
- Capítulo 11 -
- Capítulo 12 -
- Capítulo 13 -
- Capítulo 14 -
- Capítulo 15 -
- Capítulo 16 -
- Capítulo 17 -
- Capítulo 18 -
- Capítulo 19 -
- Capítulo 20 -
- Capítulo 21 -
- Capítulo 22 -
- Capítulo 23 -
- Capítulo 24 -
- Capítulo 25 -
- Capítulo 26 -
- Capítulo 27 -
- Capítulo 28 -
- Capítulo 29 -
- Capítulo 30 -
- Capítulo 31 -
- Capítulo 32 -
- Capítulo 33 -
- Capítulo 34 -
- Capítulo 35 -
- Capítulo 36 -
- Capítulo 37 -
- Capítulo 38 -
- Capítulo 39 -
- Capítulo 40 -
- Capítulo 41 -
- Capítulo 42 -
- Capítulo 43 -
- Capítulo 44 -
- Capítulo 45 -
- Capítulo 46 -
- Capítulo 47 -
- Capítulo 48 -
- Capítulo 49 -
- Capítulo 50 -
- Capítulo 51 -
- Capítulo 52 -
- Capítulo 53 -
- Capítulo 55 -
- Capítulo 56 -
- Capítulo 57 -
- Capítulo 58 -
- Capítulo 59 -
- Capítulo 60 -
- Capítulo 61 -
- Capítulo 62 -
- Capítulo 63 -
- Capítulo 64 -
- Capítulo 65 -
- Capítulo 66 -
- Capítulo 67 -
- Capítulo 68 -
- Capítulo 69 -
- Capítulo 70 -
- Capítulo 71 -
- Capítulo 72 -
- Capítulo 73 -
- Capítulo 74 -
- Epílogo -
Urgente!

- Capítulo 54 -

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By Helister

- JOANA FLORES -

— O que você quer? — falei entre os dentes.

— Precisamos conversar... eu ... — Ele tossiu.

Respirei fundo controlando o ardor da ira que se acendeu dentro de mim.

— Como assim, você acha que podemos conversar? Quem foi que deu meu número a você?

— Assim como seu noivo que tem gente para fazer serviço sujo para ele, eu tenho os meus.

Serviço sujo?

— Do que você está falando? — O interroguei.

— Seu noivo não é quem você pensa que é. Ele está mentindo para você.

— O quê?

— Isso mesmo... ele... — O homem tossiu novamente até perder o fôlego.

— Você é um mentiroso desgraçado, só quer infernizar a minha vida! Você é um...

— Por favor, Joana... — Me interrompeu. — Eu só quero conversar com você.

— Eu não tenho nada para falar com você! — Esbravejei furiosa e desliguei o aparelho.

Limpei uma lágrima e tive que lutar com a insegurança que aquelas palavras me causaram. "Seu noivo não é quem você pensa que é". Essa frase ficou gravada na minha mente.

Aquele infeliz, não bastando ter me traumatizado na minha adolescência, agora queria estragar meu noivado com Gael.

Respirei fundo controlando meus sentimentos e pensando no que eu podia fazer para resolver aquela situação. E, de repente, senti meu aparelho vibrar e quando olhei na tela havia uma mensagem.

"Se quiser saber mais sobre seu noivo, venha conversar comigo." — logo abaixo havia um endereço.

Senti todo meu corpo tremer. Aquelas palavras me abalaram mais do que deveriam. Gael era mesmo um livro fechado, mas eu precisava confiar nele, ele seria meu marido. Mas foi impossível evitar o pensamento:

Será que ele está me escondendo algo?

***

Passei o dia quase inteiro resolvendo assuntos relacionados ao casamento, devo confessar que precisei ser uma boa atriz para agir naturalmente e não deixar com que ninguém percebesse que eu estava abalada, depois de receber aquela ligação que praticamente serviu para me deixar insegura e cheia de desconfiança.

Eu sabia que Gael não era um homem fácil de lidar, principalmente por ter agido daquela forma tão grotesca de ter me enclausurado em sua casa, me revelando seu pior lado, mas ele parecia tão inofensivo quando estávamos juntos. Foi tão difícil confiar meu coração a ele, e eu estava apaixonada, eu só não queria que tudo terminasse da pior forma.

Eu também não podia deixar de lado a hipótese de que Gael também era um homem misterioso, e que haviam muitas lacunas abertas em sua vida, lacunas das quais eu ainda não tinha acesso.

Eu queria saber com quem ele conversava por tanto tempo quando entrava para seu escritório, e ficava lá por horas a fio, eu queria saber mais sobre Jasmine, eu queria saber mais sobre a vida do homem que havia me pedido em casamento...

Não sei com qual intuito Edgar me ligou, mas de uma coisa eu tinha certeza, ele conseguiu tirar o restante de segurança que me restava.

Agora como eu iria olhar para o meu noivo sem sentir que ele carregava algum segredo sujo.

Deixamos Margaret e Maria em casa. E enquanto o carro se movia pelas ruas tomando a direção da nossa casa, Cristina me olhou com as sobrancelhas franzidas.

— Esse rostinho está tão tristinho para uma noiva.

Sorri da melhor maneira e encarei os olhos da mulher ao meu lado.

— Só estou cansada, nunca pensei que provar bolos e tocar tecidos fossem uma tarefa tão difícil.

Cristina concordou com a cabeça.

— Isso é verdade. Sabe, quando meu filho se casou, foi uma correria...

Enquanto ela falava, me contando a respeito do casamento do filho que ela mesma organizou, me perdi em meus pensamentos. Uma leve tentação me rondou. Olhei para a tela do meu celular quase cedendo ao desejo de ir até aquele endereço falar com Edgar e descobrir o que estava acontecendo.

Era arriscado.

Era perigoso.

Mas eu precisava saber.

Quando o carro parou na porta de casa, tomei uma decisão. Eu precisava ver aquele infeliz.

— Você não vem? — Ouvi a voz de Cristina bater à porta do carro ao lado de fora.

— Sim... quero dizer... não, eu esqueci de falar para o confeiteiro que tenho alergia a nozes.

Cristina riu.

— Não se preocupe com isso, filha, eu ligo para ele e dou o recado.

— Ahn... — mordi o lábio. — Eu prefiro falar pessoalmente. — Por favor, Henrique, me leve até a confeitaria.

— Claro senhorita — O motorista disse.

— Então. Até logo, eu vou ver como as pequenas estão — Cristina disse referindo-se a pequena Sophia e a Isabel que só andavam grudadas.

— Diz a minha filha que volto logo.

— Pode deixar — ela nos deu as costas.

O motorista dirigiu de volta para a confeitaria e durante o percurso me questionei a respeito da maneira mais correta de ir até a casa de Edgar sem levantar suspeitas. Se Henrique me levasse certamente Gael perguntaria, e o fiel motorista bateria com a língua nos dentes, e diria onde eu estive durante o jantar. E, como eu não queria levantar suspeitas, entrei na confeitaria e me escondi atrás das suas grandes portas de vidro. Enquanto Henrique fazia a manobra para estacionar o carro, corri para o lado oposto da rua sem que ele me visse, e entrei no primeiro táxi que vi passar na rua.

Eu não sei se aquela era a melhor escolha, mas eu precisava saber o que estava acontecendo.

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