A Garota perfeita

By Helister

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Joana Flores é uma mãe solteira que aceita trabalhar em um dos pubs mais badalados da cidade para criar a fil... More

- Capítulo 01 -
- Capítulo 02 -
- Capítulo 03 -
- Capítulo 04 -
- Capítulo 05 -
- Capítulo 06 -
- Capítulo 07 -
- Capítulo 08 -
- Capítulo 10 -
- Capítulo 11 -
- Capítulo 12 -
- Capítulo 13 -
- Capítulo 14 -
- Capítulo 15 -
- Capítulo 16 -
- Capítulo 17 -
- Capítulo 18 -
- Capítulo 19 -
- Capítulo 20 -
- Capítulo 21 -
- Capítulo 22 -
- Capítulo 23 -
- Capítulo 24 -
- Capítulo 25 -
- Capítulo 26 -
- Capítulo 27 -
- Capítulo 28 -
- Capítulo 29 -
- Capítulo 30 -
- Capítulo 31 -
- Capítulo 32 -
- Capítulo 33 -
- Capítulo 34 -
- Capítulo 35 -
- Capítulo 36 -
- Capítulo 37 -
- Capítulo 38 -
- Capítulo 39 -
- Capítulo 40 -
- Capítulo 41 -
- Capítulo 42 -
- Capítulo 43 -
- Capítulo 44 -
- Capítulo 45 -
- Capítulo 46 -
- Capítulo 47 -
- Capítulo 48 -
- Capítulo 49 -
- Capítulo 50 -
- Capítulo 51 -
- Capítulo 52 -
- Capítulo 53 -
- Capítulo 54 -
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- Capítulo 56 -
- Capítulo 57 -
- Capítulo 58 -
- Capítulo 59 -
- Capítulo 60 -
- Capítulo 61 -
- Capítulo 62 -
- Capítulo 63 -
- Capítulo 64 -
- Capítulo 65 -
- Capítulo 66 -
- Capítulo 67 -
- Capítulo 68 -
- Capítulo 69 -
- Capítulo 70 -
- Capítulo 71 -
- Capítulo 72 -
- Capítulo 73 -
- Capítulo 74 -
- Epílogo -
Urgente!

- Capítulo 09 -

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By Helister

- JOANA FLORES -

Enchi os pulmões de ar, e resolvi ir até aquele endereço. Seja lá o que estivesse à minha espera, eu precisava enfrentar para proteger a minha filha.

Assim que minhas amigas chegaram em casa, pedi que elas ficassem com Isabel para que eu enfrentasse meus temores. Não contei a elas o que estava acontecendo e tentei agir naturalmente para não demonstrar o quanto eu estava abalada e com um problema dos grandes.

Desci as escadas de madeira sentindo minhas pernas fracas e entrei no primeiro táxi que vi passar pela rua, e pedi que o motorista me deixasse no endereço do cartão de visitas.

Alguns minutos depois fui deixada em uma rua muito bem asfaltada. O local era completamente desconhecido e ficava um pouco escondido da avenida principal.

Logo me vi diante de um imenso portão de madeira, perfeitamente polido e envernizado. Havia um interfone, e antes que pudesse apertar a tecla verde, alguém perguntou meu nome, e só então olhei para cima e percebi que havia uma câmera de segurança bem acima da minha cabeça. O que me atemorizou mais ainda Que tipo de coisa aquele homem fazia para andar assim tão cheio de segurança?

— Eu preciso falar com Gael — tentei manter a voz firme para não demonstrar o quanto eu literalmente tremia e temia.

Antes de uma resposta, os portões se abriram. Fiquei completamente impressionada, pois era uma mansão, estilo colonial espanhola.

Logo na entrada havia uma gigantesca piscina, toda ornamentada com pedras azuis, e mais adiante havia degraus e colunas de mármore, embora algumas partes da mansão fossem feitas de madeira e alvenaria.

Caminhei naquele lugar tão chique, abraçando meus braços, com receios do que pudesse me acontecer.

Antes que pudesse tocar a campainha da entrada da casa, uma mulher de cabelos longos ruivos e olhos puxados castanhos claros com sardas no rosto se apresentou, não tinha a feição mais agradável, mas só de saber que havia uma mulher ali na casa, senti um pouco mais de alivio.

— Siga-me — disse ao me dar as costas. — O senhor Gael, pediu que eu te levasse até ele.

Assim que entrei naquela casa, pude perceber que o chão era feito de madeira, havia um sofá grande de couro marrom, em um canto e no outro uma lareira e logo acima um telão, modelo smart.

Caminhamos mais um pouco, passamos por mais uma sala, mas aquela era mais reservada, havia um conjunto de chaise com algumas almofadas listradas, logo ao lado um piano. Continuamos caminhando até começar a subir as escadas, que diferente do apartamento em que eu morava, era feita com uma madeira que certamente deve ter vindo da Suíça ou algum país de primeiro mundo.

Entramos em um corredor onde havia várias portas, eu poderia me perder facilmente naquele lugar. O salto da mulher batia no chão como um ponteiro de um relógio indicando que a cada minuto eu estava mais próxima de enfrentar meu pesadelo.

Chegamos perto de uma porta preta, onde a maçaneta brilhava como ouro, aquele infeliz gostava de ostentar. Mas logo me vi de frente com um daqueles brutamontes que foi até a minha casa mais cedo. Ali fui revistada com um escâner, e depois de se certificar de que eu não estava armada ou coisa do tipo, ele abriu a porta, que pensei ser uma sala voltada ao ramo sexual. Mas me enganei, era um escritório. Isso porque assim que entrei, observei a mesa mogno preta acompanhada de uma cadeira de couro com pequenos furinhos pretos, e um sofá embaixo de uma janela grande que dava para um pátio.

A princípio, me vi sozinha no lugar e suspirei aliviada por não ter tido um primeiro contato com aquele homem, mas depois de alguns minutos, vi silhuetas saindo de trás de um mini bar com prateleiras preenchidas de bebidas.

— Não te esperava aqui tão cedo.

Aquele infeliz estava com um copo de alguma bebida na mão, caminhou em minha direção, mas desviou seus passos e sentou-se em sua cadeira jogando o corpo para trás enquanto me olhava com satisfação.

Sádico infeliz!

Embora eu estivesse com desejo de chorar, ou gritar por ajuda, tentei manter meus olhos fixos nele, sem que ele percebesse que estavam marejados.

— O que você quer comigo? — O encarei com um olhar frio. — Por que não me deixa em paz? Olha, eu tenho uma vida tão difícil... e, olha para você é um homem rico bonito, pode ter quantas mulheres quiser à sua disposição, por que está fazendo isso por causa de um simples acidente?

Ele deixou o copo em cima da mesa, arrastou a cadeira para frente e me encarou com a feição cheia de pesar.

— Não foi um acidente, e você sabe disso.

— Não, importa! Qualquer mulher faria o mesmo em meu lugar.

Ele suspirou pesado e voltou a me encarar.

— Eu sei que você cuida daquela menina sozinha. Só não quero ser o responsável por saber que uma criança está passando necessidades, por causa de um capricho meu — desabafou.

— Então me deixa em paz, isso basta!

— Não! — gritou.

Ele passou as mãos no rosto para tentar se manter calmo e suspirou. Pelo visto ele não iria esquecer daquela ideia louca de me manter refém.

— Eu só quero te oferecer um lugar digno para morar, comida e roupa.

— Mas eu não quero! — Ouvi o suspiro desapontado.

— Façamos um trato, você aceita minha proposta, e quando conseguir um emprego como qualquer coisa, eu deixo você ir embora. Tá bom assim?!

— Mas, eu não tenho como pagar a estadia em um lugar luxuoso como este, eu já disse que não vou me vender para você!

— Fica tranquila, eu não vou tocar em você ou em sua filha, só estou oferecendo ajuda. E... não é aqui que vamos morar.

Vamos morar?

A voz dele soou sincera. Por um segundo me senti aliviada. Mas eu não poderia acreditar em uma promessa daquelas tão facilmente. Que tipo de pessoa após ser atacado por alguém ainda oferece uma proposta daquelas?

Senti medo... muito medo, de estar caindo em uma armadilha.

— Eu não quero ser vendida no mercado negro pelo tráfico humano. — Disse quase me engasgando pelas lágrimas que agora eu deixara escorrer sem ter nenhuma vergonha.

— Ah! Meu Deus! — jogou as mãos para o alto com ironia. — Então é isso que você acha que sou? Um mero traficante de pessoas?

Balancei a cabeça em sinal positivo e ele riu com bastante humor.

— Eu não sou um traficante, Joana. — A voz que antes era arrogante se transformou em dócil e gentil. — Eu só quero ajudar vocês. É sincero.

— O que você ganha com isso depois de eu ter jogado Whisky na sua cara? Pois não me parece um homem que sai por aí fazendo boas ações a pobres coitados.

Ele riu mais uma vez.

— E, eu não sou. — Ele se levantou da cadeira apoiando os dedos na mesa, e tocou de leve no meu rosto.

— Eu só quero ajudar, eu te dou a minha palavra.

— E, sua palavra vale de alguma coisa? — Perguntei olhando naqueles seus olhos azuis contrariados tão brilhantes e cheios de mistério.

— Sim. Ela vale, eu nunca descumpro uma só palavra, e se quiser se sentir mais segura, aqui está.

Ele pegou algumas folhas que estavam sobre a mesa e me entregou. Peguei aqueles papéis com as mãos trêmulas e quando comecei a ler, percebi que era algo que se parecia um contrato. Havia várias cláusulas, incluindo a de que ele não poderia me tocar sem minha permissão, e nela estava escrito que minha filha deveria estudar no colégio de sua preferência, e os custos seriam todos por sua conta.

— O que é isso? — Perguntei complemente confusa. Embora ele estivesse agindo gentilmente, eu tinha pavor dele e de suas supostas "boas intenções".

Era como se eu estivesse diante do meu pior pesadelo. Ainda não estava acreditando no que estava acontecendo.

— Um contrato, se é que isso te tranquiliza. Leve com você, leia com atenção.

— E se eu não aceitar?

— Eu não me lembro de ter dado essa opção. Mas se quer saber... se você recusar eu vou denunciá-la e... você vai ser presa — disse firme enquanto voltava a aderir aquele semblante duro.

Era o fim, eu estava perdida.

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