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Dentro da base naval havia um espaço de terra onde cresceu algumas flores simples e rasteiras de pétalas brancas delicadas e pequenas que eram ignoradas diariamente pelos recrutas. Ninguém se importava o suficiente para regar as singelas flores, sempre que passavam pelo espaço de terra para ir para as aulas ou para os treinos físicos eles pensavam 'O solo é bom' ou 'O orvalho da manhã é o suficiente' e até mesmo 'Alguém vai regar'.
As pessoas faziam pouco caso daquelas flores.
É da natureza humana julgar tudo como certo, como garantido .É normal nos abrigarmos abaixo de uma árvore grande e frondosa em busca de um refrigério num dia de verão sem pensar nem por um breve segundo nos anos que ela levou para crescer, nos esforços diligentes dos seus cuidadores em regar diariamente, das chuvas fortes e pragas, nada disso nos vem à mente.
E assim como aquelas flores foram subestimadas, Naruto também foi quando seu treinamento começou.
Para os seus colegas, suas notas vinham do medo dos treinadores de desagradar o Vice-Almirante, seu desempenho nas aulas práticas era porque pegavam leve com ele. Eles não ligavam para as horas que Naruto passou estudando durante a noite ou os anos que ele passou acordando cedo diariamente para correr, nada disso importava, tudo era garantido graças ao bom solo e o orvalho da manhã da sua família.
Mas alguns poucos deles viram em Naruto uma oportunidade egoísta de terem vantagens. Poucos meses depois que o treinamento da nova turma começou, Kakashi e Obito foram promovidos a capitão-tenente, uma patente intermediária que os deixava mais perto de serem superiores em alguns anos. A curiosidade despertou quando os recrutas viram Kakashi responder ao cumprimento de Naruto e perder longos minutos conversando sabe-se lá o que com o adolescente, e ela só piorou quando Obito substituiu um dos instrutores doentes e ficou encarregado do treinamento físico deles em certa ocasião.
Sem saber o que se passava na mente dos jovens, Naruto correu animado ao encontro de Obito e pulou nas costas dele como sempre fazia desde que era criança. O problema é que Naruto esqueceu que era um adolescente de dezesseis anos mais baixo que Obito por poucos centímetros, um velocista com pernas fortes que não mediram a força ao pular e acabou derrubando os dois no chão de concreto.
-Mas que merda - Obito resmungou por causa da dor latejante no seu joelho esquerdo.
-Acho que abri o meu pulso - Naruto tinha lágrimas nos cantos dos olhos, estas aumentaram quando Obito deu um tapa forte na sua cabeça - Isso dói, Tobi!
-Isso também dói - Disse apontando para o joelho - Qual é o seu problema em ficar pulando nas costas das pessoas?
Foi uma pergunta feita com a intenção de ofender, mas Naruto lembrou de um dia de verão em que ele foi à base com seu pai, foi mais ou menos neste mesmo lugar que ele pulou nas costas de Itachi, quase fazendo sua turma sofrer uma punição.
-Hehehe… eu não acredito que eu fiz isso.
-O que você fez? - Obito não entendeu os murmúrios de Naruto nem o vermelho abaixo dos seus olhos.
-Nada, nada.
-Tem certeza? Você está com cara de quem aprontou.
Naruto riu por ele ter acertado em cheio - Eu só me lembrei de uma coisa, não é nada.
-Sei… Então dê dez voltas na base, quero ver se esse sorrisinho dura até o final - Obito ergueu a voz ao se dirigir aos outros jovens - Vocês podem ir também, cinco voltas para começar.
-Sim, senhor!
A continência de Naruto foi a mais exagerada de todas, por outro lado, ele foi um dos poucos que levou a sério a ordem de Obito e apesar de precisar dar o dobro de voltas, ele terminou sua tarefa com o mesmo sorriso que começou, antes do jovem mais lento terminar suas cinco voltas.
Itachi também foi promovido e agora ele usava um galão com três tiras douradas.
‘Terceiro Sargento Uchiha Itachi’. Soava bem, Naruto pensou quando apoiou as mãos nos joelhos para acalmar sua respiração. Por sorte o esforço físico naquele dia escondeu bem o verdadeiro motivo para o rubor persistente no seu rosto. Obito não deu moleza a nenhum deles naquele dia e exigiu mais de Naruto exatamente porque foi o responsável por ele ter caído na frente de uma nova turma.
Mesmo assim o sorriso dele permaneceu intacto.
-Você não está feliz demais? - Neji perguntou enquanto caminhavam de volta para os quartos, já de banho tomado.
-Quem, eu? - Perguntou casualmente.
-Quem mais é idiota o bastante para rir mesmo tendo corrido como um louco? - Sasuke retrucou, trocando alguns empurrões com Naruto.
-Idiota.
-Feioso.
-Fedorento.
-Preguiçoso.
-Crianças.
Neji disse por último e pôs fim na discussão. Ele já estava acostumado a parar as brigas sem sentido entre os dois da convivência na escola, e agora que eles estavam morando lado a lado há pelo menos três meses, pode-se dizer que Neji se tornou um pacificador perito graças a experiência.
Naruto não revelou o motivo da sua alegria para eles por um simples capricho. Demorou tantas semanas para que ele conseguisse que agora tinha medo que a sua boca grande estragasse tudo.
Neji e Naruto acenaram para Sasuke quando ele entrou pela porta ao lado direito do quarto deles, os dormitórios foram feitos para habitar duas pessoas apenas. Neji foi direto para a cama de cima do beliche, despertando a curiosidade e a preocupação de Naruto.
-Você já vai dormir? Não vai jantar?
-Não, eu estou morrendo de sono.
Eles tinham encerrado as provas escritas no dia anterior, Neji sentia que precisava dormir o máximo que pudesse para deixar o cérebro descansar depois de estudar tanto.
-Eu vou tentar roubar uma fruta para você.
-Não precisa, eu planejo acordar só amanhã, se eu der sorte.
A voz dele saiu abafada pelos cobertores, e logo o quarto deles ficou cheio pelo fraco perfume do sabonete e pelo som baixo da respiração de Neji.
Naruto relaxou na sua própria cama, encostado na parede com os pés apoiados no chão. Nas primeiras noites ele sentiu falta da sua cama espaçosa e da janela que lhe permitia olhar o céu até cair no sono, mas hoje já estava acostumado com as paredes tão pertos e a pequena janela onde a lua só era vista por pouco tempo no meio da madrugada. Esperando dar a hora do jantar, Naruto aproveitou para terminar de ler mais um capítulo do livro novo que Jiraya comprou para ele. Esse teve um começo mais engraçado e leve do que os outros títulos que ele viu no quarto de Itachi, Naruto gostou de ler o desespero do protagonista para mudar o seu futuro cegar o amor que seu suposto inimigo tem por ele.
Sasuke bateu na sua porta e perguntou se ele estava pronto, um pedaço qualquer de papel foi tirado da mesinha pequena para marcar a página e por fim os dois foram com os outros jovens para o refeitório. Este refeitório era usado apenas pelos graduandos e os funcionários gerais, por isso estava sempre cheio e agitado. Os dois jovens estavam com tanta fome que não perceberam que seus colegas observavam os dois com atenção.
-Ele é filho do Vice-Almirante.
-O moreno? - Um jovem desinformado perguntou.
-Não, o loiro. O moreno é filho do capitão de corveta.
-Aposto que eles têm privilégios.
-Eu não sei, não depois do treino de hoje…
As palavras eram trocadas em sussurros e entre olhares curiosos, invejosos e até desinteressados dos jovens na mesa ao lado. Sasuke e Naruto estavam cientes que isso poderia acontecer então não se deram ao trabalho de fazer nada quando perceberam os olhares nada discretos deles, continuaram comendo o peixe assado com arroz branco e salada sem perder tempo.
Naquela mesa tinha todos os tipos de olhares, mas somente um deles era cheio de segundas intenções. Satomi tinha confiança na sua aparência física, ela notava como os garotos olhavam duas vezes quando ela passava e até gostava disso. Mas ela é de uma família humilde, seus pais são funcionários públicos que cuidam da limpeza da base, e por mais que ela os ame, Satomi prefere não falar muito deles por medo das perguntas e constrangimento. Satomi se tornou pretensiosa por causa do seu corpo esbelto e o rosto bonito, ela pensou que seria bom para ela ter amizade com jovens importantes como os dois na mesa ao lado, por isso ela pegou sua bandeja e foi para lá. Depois de uma decisão rápida, ela escolheu sentar ao lado de Naruto, não tão perto para não parecer muito invasiva, só o bastante para que ela pudesse chamar sua atenção.
-Oi! - Ela disse com um sorriso e olhos brilhantes como jabuticabas frescas - Eu sou Satomi, posso ficar aqui?
-Claro - Sasuke respondeu porque Naruto estava mastigando seu arroz e não poderia falar.
-Obrigado! - Ela colocou uma mecha de cabelo escuro atrás da orelha, agindo com timidez - Eu queria ter vindo conversar com vocês antes, mas com as provas e tudo mais…
-Acontece - Naruto deu de ombros.
-Então, você é Naruto, certo? Você está bem depois de correr tanto?
-Eu estou com fome, nada demais.
-Você vive com fome - Sasuke contrapôs.
-Isso é um fato - Respondeu Naruto com a boca cheia.
-Eu fiquei preocupada com o tanto que o Tenente exigiu de você, ele é tão cruel...
-Obito? Cruel? Aquele cara é inofensivo!
-Ah…
Satomi logo percebeu que Naruto estava mais interessado em comer do que manter uma conversa com ela, então para não ficar num monólogo, ela incluiu Sasuke no assunto. Pelo menos tentou, o moreno parecia indiferente e ela não entendeu, qual o problema desses dois? Um era avoado e o outro indiferente, foi um desafio para ela manter alguma conversa com eles.
Satomi persistiu mesmo assim. Quando levaram a bandeja de volta, ela segurou o pulso de Naruto e deu seu melhor sorriso. Não que Naruto estivesse mais animado com sua companhia, só que a beleza miscigenada dele chamou sua atenção e seu coração jovem bateu mais forte quando viu os olhos azuis tão focados em seu rosto.
-Então… podemos trocar nossos números? Eu adoraria ficar mais próxima de você.
Nesse ponto, até mesmo alguém lerdo como Naruto conseguia entender qual era sua intenção. Com delicadeza, mas firmeza, Naruto lhe respondeu.
-Obrigado, mas eu não estou interessado.
Satomi não soube o que dizer. Apesar de não ter experiência com relacionamentos sérios, ela sabia que sua aparência não seria simplesmente descartada assim. Com muito esforço, ela conseguiu soltar uma pergunta - Por que não?
Querendo se livrar dela, Naruto foi direto ao ponto - Você não faz o meu tipo.
Naruto não era alheio à beleza feminina, ele viu o quão bonita essa garota é, mas não passou disso. Além do que, que base há para alguém se orgulhar da sua beleza? Qual o sentido em se orgulhar de algo que você herdou dos seus pais sem nenhum esforço? Ele puxou o braço até que ela o soltou.
Ele não poderia ter escolhido palavras mais erradas. Satomi sentiu seu ego inflamar e doer, por isso ela soltou um ríspido - Que tipo? Bonita?
-Inteligente e que se valoriza.
Haviam algumas pessoas perto que ouviram a conversa e não puderam deixar de lamentar pela garota rejeitada. Sasuke seguiu Naruto para fora sem perder um pensamento desnecessário sobre o que tinha acontecido, mas ambos pararam quando ouviram uma voz desdenhosa pingar veneno atrás deles.
-Não se preocupe, esse idiota gosta de homem. Ele não sabe apreciar uma beleza como a sua.
Satoshi tinha começado o treinamento no ano anterior, ele era um ano mais velho que Naruto, mas ele nunca esqueceu as palavras dele nem de como seu rosto ficou inchado vários dias por causa daquela briga na saída da escola, ele estava ansioso por uma forma de se vingar e a oportunidade caiu diante diante dos seus olhos.
Naruto não se abalou e voltou para o seu caminho, mas Satoshi continuou com as injúrias.
-Nojento.
-Sim, sim… tão nojento quanto a sua cara ficou depois que eu soquei você.
-Você! Seu-
Naruto não se importou, respondeu olhando para trás e caminhando tranquilamente para longe.
-Sim, sim, tudo isso mesmo.
Dito isso, Naruto não parou mais. Ele conversou com Sasuke até estarem perto dos dormitórios, mas se afastou dele dizendo que queria caminhar um pouco antes que desse o toque de recorrer e foi para a área externa. Ele caminhou com as mãos no bolso da calça de moletom, seus passos iluminados pela luz lunar, era uma noite gostosa e fria, mas não incômoda.
Ele achou aquele lugar sem querer quando foi regar as flores brancas e guardou segredo para si. Dali ele podia ouvir as ondas do mar quebrando nas pedras, e se fechasse os olhos e se concentrasse, podia até sentir o cheiro da maresia. É um lugar calmante, aconchegante.
E ficava num ponto cego da vigilância.
Eram dois, três metros no máximo, mas para ele foi como achar um mundo novo e único. Quando chegou ali, ele sentou perto das flores e esperou. O vento carregou uma nuvem escura diante da lua, mas quando ele ergueu a cabeça, a escuridão dissipou.
Itachi apareceu iluminado pela luz prateada da lua, bonito e impecável de um jeito quase superior, puro. Fazia alguns meses que eles não se viam, desde que ele partiu numa missão quase três meses atrás. Itachi sorriu como o desabrochar das pétalas brancas de uma dama da noite de tão belo que era.
O calor que começava no coração e espalhava pelo corpo encheu Naruto de fascínio e paixão.
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De longe ele ouviu o rebentar das ondas do mar exigindo o respeito e tributo que lhe eram dignos pelo poder oculto em suas profundezas, seu coração também ficou agitado quando chegou ali e viu Naruto sentado perto das flores do campo. Seu perfil oculto pelas sombras da noite deram à sua beleza jovial sempre radiante um toque de mistério e seriedade que ele nunca viu, mas que em muito lhe agradou.
Ele não ousou se aproximar mais porque sentiu que era um tolo, uma criança dando os seus primeiros passos e caindo pela falta de forças em suas pernas. Quantas vezes ele tinha feito um acordo com seu coração para esquecer Naruto e falhado miseravelmente?
Quando ele viu de longe, no primeiro dia deles ali, Neji ajudando Naruto com as caixas da sua mudança e um sorrindo para o outro com carinho, ele pensou que isso era bom, era o certo. Neji é bonito como o fruto tenro de uma árvore frutífera, assim como Naruto, ele podia sorrir com tanta facilidade… Naquele dia ele decidiu deixar de alimentar o inútil sentimento que ele tinha por Naruto e esperar ele morrer, mas ali estava ele, o coração batendo como um jovem descobrindo o amor pela primeira vez.
Ele era um tolo além da salvação.
Nessa hora, o céu foi coberto por uma nuvem densa e Naruto ergueu o olhar, o infinito dos seus olhos focaram na figura de Itachi e se iluminaram.
O estômago de Itachi se agitou de nervosismo, ele decidiu-se com grande determinação e se aproximou dele sem dizer uma palavra, a frieza que ele deliberadamente condensou em seu rosto se dissipou junto com as nuvens carregadas pelo vento para revelar o brilho prateado da lua, não importa se era pouco, estar perto de Naruto sempre o fazia sorrir.
-Achei que você não iria vir.
-Desculpe, eu estava atolado em burocracia - Ele explicou e sentou ao lado dele, também observando as flores delicadas.
-Você é tão ocupado, terceiro sargento.
Em contato com o ar gelado da noite, o rosto de Itachi queimou mais ainda pela forma que Naruto o chamou. Itachi escolheu sorrir e não falar nada, pois ele não sabia o que dizer nesse momento. Naruto não ficou satisfeito em ser ignorado.
-As flores são bonitas, mas você poderia prestar atenção em mim um pouco?
-Desculpe, eu…
Mal virou em direção à Naruto e ele teve que se calar outra vez. Com uma expressão sapeca, Naruto ficou de joelhos ao seu lado e colocou uma corrente fria em seu pescoço, simples e prateada. Enquanto ele olhava o colar, Naruto olhava para a sua figura, segurando o queixo.
-Hmm… ainda falta algo… - Naruto pensou um pouco e pegou uma flor nova e colocou no cabelo de Itachi - Agora sim!
-O que você está fazendo? - Perguntou ligeiramente nervoso, o que fez Naruto rir ao responder.
-Parabéns pela promoção, Ita! Eu comprei esse colar assim que eu soube, mas você ficou tanto tempo fora que eu pude te entregar hoje.
Ele olhou novamente para o colar em sua palma, um misto de emoções correndo por sua cabeça, doces e amargas, nenhuma delas vencendo a outra.
-Você não deveria gastar seu dinheiro comigo.
Itachi se arrependeu assim que disse isso, ele não queria parecer ingrato ou mesquinho quando na verdade estava muito feliz. Inesperadamente, Naruto não tomou suas palavras como verdadeiras e tomou uma ação que deixou Naruto sem reação - sem dizer nada ele cruzou os braços atrás e deitou no colo de Itachi.
-Por que não? Eu gosto de você, qual o problema?
Eram raras as vezes nas quais Itachi se encontrava incapaz de reagir, todas elas por causa de Naruto. Ele olhou desconfortável para o adolescente deitado no seu colo rindo sem se dar conta do peso das suas palavras. De tanto que ele olhou, Itachi se acalmou pois ficou claro para ele que Naruto não sabia o que suas palavras significavam, não tinha motivos para ele ficar agitado.
-Você é um idiota - Itachi bateu na testa dele com os nós dos dedos repetidas vezes - Fica falando essas coisas como se fosse nada… e ainda fica rindo!
-Desculpe! É que faz tempo que você não fica bravo comigo, eu senti falta.
-Você é pior do que um idiota! - Itachi acusou com seriedade e claro, isso fez Naruto rir mais ainda - Pare de rir assim!
-Você fica tão fofo irritado!
-Quem é que você está chamando de fofo?
-Você! - Naruto respondeu sem um pingo de vergonha na face.
-Você quer brigar, é isso?
Itachi ralhou, mas Naruto só conseguia pensar no quão bonito ele ficava com essa expressão de gelo adornada por aquela delicada flor.
-Não consigo te levar a sério com essa flor no cabelo, Ita
Naruto ergueu a mão como se quisesse tocar nele, e de fato ele fez isso. Naruto fez um carinho breve no rosto dele, como se estivesse brincando com um filhote de gato, com delicadeza para não o assustar. A situação era tão risível e miserável que Itachi ficou com mais raiva e tentou afastar Naruto.
-Pare com isso!
-Não consigo - Ele lamentou enquanto ria - Você é tão bonito, o que eu faço, Ita? Eu não aguento!
Itachi seu rosto esquentou e rapidamente ele tirou a flor de trás da sua orelha, mas não foi capaz de jogá-la fora. Ele se sentiu desesperado com tantas mudanças bruscas de emoção que levantou de uma vez, derrubando Naruto do seu colo.
-Ita?
-Idiota!
Ele xingou, fosse Naruto ou a si mesmo e correu para longe de toda confusão, deixando Naruto sem entender o que tinha feito de errado para trás. Itachi só parou depois que chegou ao seu quarto, e só voltou a respirar novamente quando guardou a flor em segurança dentro de um dos seus livros.
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