O Filho do Barão [COMPLETO]

By realezekielczar

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Oliver sempre soube muito pouco sobre o pai, sua única informação se resumia ao fato dele ser um estrangeiro... More

Apresentação
Personagens
Capítulo 1 - Uma surra no pátio
Capítulo 2 - Esquina do Medo
Capítulo 3 - Mafiosos que posso chamar de amigos
Capítulo 4 - Vingança por Telefone
Capítulo 5 - O Segredo do Barão
Capítulo 6 - Uma visita indesejada
Capítulo 7 - Encontro com o Passado
Capítulo 8 - Seu lugar é em Artaxia
Capítulo 9 - Um atentado muda tudo
Capítulo 10 - Voo difícil? Bem-vindo à Artaxia!
Capítulo 11 - O cachorro e a Dama
Capítulo 12 - Segredos da Coroa
Capítulo 13 - Segredos de Família
Capítulo 14 - O Falso Nobre
Capítulo 15 - Confusão no Corredor
Capítulo 16 - Encontro de Irmãos
Capítulo 17 - Um Jantar para Recordar
Capítulo 18 - Uma Visita Suspeita
Capítulo 19 - Nova Escola e Velhos Problemas
Capítulo 20 - Boas e Más Companhias
Capítulo 21 - Verdades e Mentiras
Capítulo 22 - Manhã Difícil
Capítulo 23 - Manhã de Calma
Capítulo 24 - Noite Sem Lua
Capítulo 25 - Madrugada de Terror (Parte 1)
Capítulo 25 - Madrugada de Terror (Parte 2)
Capítulo 26 - O Despertar do Caçador
Capítulo 27 - Pecados do Passado
Capítulo 28 - Reencontro
Capítulo 29 - A Escolha
Capítulo 30 - Prisioneiras Ilustres
Capítulo 31 - Mansão em Kiev
Capítulo 32 - Kiev em Chamas
Capítulo 33 - O Cativeiro
Capítulo 34 - Vingança do Rei
Capítulo 35 - Resgatadas
Capítulo 36 - O Carrasco
Capítulo 37 - Antes da Chuva
Capítulo 38 - Parada em Suleyman
Capítulo 39 - Conversa de Irmãos
Capítulo 40 - O convite
Capítulo 41 - A Surpresa
Capítulo 42 - Solidão
Capítulo 44 - Recomeço
Capítulo 45 - Jantar de Despedida
Capítulo 46 - Volta para Casa
Capítulo 47 - Até Breve
Mensagem Final

Capítulo 43 - Dois Pedaços de Bolo

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By realezekielczar

Oliver caminhava cansado em direção ao quarto. Não esperava que fosse tão cansativo ser educado com pessoas desconhecidas.

Depois de cruzar com funcionários do buffet e seguranças que faziam o isolamento do local da festa, o filho do barão entrou na sala principal da mansão e caminhou rumo ao seu quarto. Mentalmente tentava lembrar do caminho até sua cama provisória.

Subiu a escada de acesso ao segundo andar, e por alguns minutos admirou a decoração do local. Diferente da mansão do seu pai, a residência tinha uma arquitetura moderna, cercada por outras casas luxuosas, mas a casa do banqueiro se destacava como uma fortaleza moderna. Por outro lado a mansão de Mikhail era cercada pela natureza, haviam árvores espalhadas e cervos caminhando livremente pela propriedade, sua segurança natural era o isolamento. Era como se cada casa refletisse um pouco da mente dos seus respectivos proprietários.

— Oliver! — uma voz familiar chamou o jovem.

Oliver virou para sua avó. Dona Rute carregava uma bandeja com dois pedaços de bolo e dois copos de suco de laranja. Parecia feliz e ao mesmo tempo cansada.

Ao ver o rosto familiar Oliver desceu e abraçou a velha senhora.

— Procurei a senhora na festa. Por que saiu sem avisar?

— A festa estava muito chata... — respondeu Dona Rute sem rodeios — Preferi ficar com a cozinheira francesa na cozinha.

— Cozinheira francesa?

— Madame Sav... Eu sempre esqueço o nome daquela encrenqueira, Oliver.

— Não sabia que estavam se dando tão bem — brincou Oliver

— Eu fui lá tentar ajudar.

— E o que ela disse?

— Disse que eu já estava deixando ela maluca.

O filho do barão riu da situação, naquele momento sentiu saudade de ver as duas discutindo na cozinha da mansão.

— Achei que tinha esquecido de mim.

Dona Rute sorriu para o neto.

— Oliver, você é meu neto... Eu não esqueceria do seu aniversário!

Ambos subiram a escada lado a lado até que finalmente Oliver pegou a bandeja das mãos da avó.

— Pensei que não ia me ajudar! — brigou Dona Rute.

Oliver riu da avó.

— Desculpe, não foi de propósito. É que eu estou cansado.

— Você está cansado? Eu tive que ajudar a limpar alguns frangos.

Oliver pensou em dizer que ela não precisava ter feito esse trabalho... Mas o medo de levar um tapa restringiu a resposta a um simples balançar de cabeça.

Caminhou devagar, acompanhando cada passo de Dona Rute, até que a porta do quarto surgiu na frente dos dois. Dona Rute abriu a porta e o neto pôs a bandeja em cima da estante.

Depois de entrar no cômodo, a avó orou pelo neto e o abraçou.

— Feliz aniversário meu neto!

Sentado sobre a cama ambos saborearam o bolo. Era confortante pensar que mesmo tão longe do Brasil, bastava a presença da avó, um pedaço de bolo e uma oração para que se sentisse em casa.

Quase terminando de comer seu pedaço, Oliver perguntou para a avó algo que o incomodava a algum tempo.

— Avó, a senhora quer voltar para casa?

A pergunta pareceu pegar a velha senhora negra de surpresa. Depois de alguns minutos pensando ela respondeu o neto.

— Eu quero... Mas não vou sem você! — respondeu a avó — Por quê?

— Porque acho que chegou a hora de voltarmos para casa.

— Tem certeza disso, Oliver?

— Acho que sim...

Oliver olhou pela janela, ainda era possível escutar o som da festa do lado de fora e ver as luzes do salão brilhando em seu esplendor.

Em silêncio, Oliver e a avó terminaram o lanche. Dona Rute recolheu os pratos e saiu do quarto.

Em silêncio, Oliver e a avó terminaram o lanche. Dona Rute recolheu os pratos e saiu do quarto. Oliver apagou a luz e deitou na cama. Sua mente era um turbilhão de pensamentos, mas antes que seus olhos fechassem um último pensamento cruzou sua cabeça... Ir para o Brasil seria o mesmo que abandonar Maryna? Seria o mesmo que abandonar o pai?

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