Uma Nova Vida Real [One Chica...

By RaniGouveia

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"- Não há registros de uma Amanda Rodrigues, em nenhum lugar do mundo... É como se ela não existisse". Amanda... More

Playlist
Personagens Principais
Dedicatória
Trailer
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Epílogo
NOVIDADE!!!

Capítulo 30.1

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By RaniGouveia

— Sua mira é péssima, Adam! — Mia dizia em meio a risadas, conforme se afastavam da área do beer pong, depois de perderem feio.

— Como pode você ser policial? — Amanda brincou, fazendo Mia rir ainda mais.

— Eu não trabalho atirando bolinhas de ping pong! — O oficial tentou se defender, respondendo com tom de obviedade.

— Que argumento sem sentido, amor — Mia fez uma careta, rindo. Ruzek apenas deu de ombros, não tinha argumento melhor.

— Vish, o Voight Jr. veio. — Antônio comentou olhando para frente, fazendo os outros três olharem na mesma direção.

— Ele é o filho do Voight? — Amanda perguntou observando o rapaz moreno se aproximando de um grupo e os cumprimentando.

— Sim... Justin. — Ruzek respondeu e Amanda apenas assentiu.

— Espero que ele não dê problemas. — Amanda arqueou a sobrancelha para o namorado, ao ouvir o comentário aparecendo receoso — Diz a Lindsay que ele mudou e está tentando mudar de vida, mas sempre foi problema. — Explicou desviando a atenção do rapaz alguns metros longe, para olhar a garota ao seu lado.

— Só sei que estou morrendo de fome e vi o Severide na churrasqueira mais cedo — Mia comentou levando a mão à barriga — vocês querem?

— Eu super aceito — Amanda se adiantou, sentindo o estômago reclamar.

— Vão lá, a gente já vai também. — Adam Ruzek respondeu e Antônio apenas assentiu, concordando.

As duas seguiram lado a lado em direção ao local onde Kelly Severide estava com a churrasqueira, o cheiro agradável de carne ficando mais forte a cada passo.

Passaram perto do grupo de Justin Voight no momento em que Amanda deu risada com um comentário de Mia. O som chamou atenção de Justin, que olhou para trás brevemente, acompanhando as duas com o olhar confuso, enquanto Amanda gesticulava com as mãos, falando algo que ele não conseguia ouvir. O jeito que ela falava animada e ria como se uma alegria genuína tomasse conta dela, o fez ficar vidrado até um amigo chamar sua atenção. Não foi desejo ou atração, apenas curiosidade.

— Aqui que tem a melhor carne de Chicago? — Mia perguntou ao dar a volta da grande mesa ao lado da churrasqueira, parando ao lado de Severide para olhar a carne na grelha.

— Com certeza, senhorita — ele sorriu e piscou para ela. — Vocês conseguem ficar aqui pra mim rapidinho? Preciso dar uma mijada.

— Nossa, intimidade é mesmo uma merda, né? — Amanda fez uma careta pela forma que o amigo falou e deu a volta na churrasqueira — vai lá — deu dois tapinhas no braço do amigo e ele lhe deu um beijo na testa depois de rir com o comentário, para então se afastar.

— Muito bonita a amizade de vocês — Mia comentou assim que ficaram sozinhas e Amanda olhava para as carnes, com medo de tirar os olhos e elas virarem carvão instantâneamente.

— Ele se tornou como um irmão pra mim, mesmo que no começo achasse que eu era uma bandida. — Deu de ombros, com um sorriso divertido nos lábios, Mia assentiu com um sorriso e encostou na mesa de madeira onde estavam alguns pratos descartáveis, espátulas, facas e garfos.

— Sei bem como é... O pessoal do distrito não eram meus maiores fãs também, no começo — Amanda olhou para ela rapidamente, assentindo. — Suas memórias já voltaram? — A pergunta fez a morena franzir o cenho ao tirar os olhos da carne e encarar Mia.

— O Adam te contou? — a ruiva apenas assentiu em resposta.

De repente Amanda viu um brilho intenso tomar os olhos verdes de Mia, uma turbulência, como se um milhão de coisas passassem por sua mente e os olhos transpareciam. Ao mesmo tempo que parecia ser algo quase hipnotizante, como se ela pudesse ver Amanda por dentro, cada memória que só ela sabia ter, cada resposta que ela não podia dar a ninguém. Era como se Mia quisesse lhe dizer algo ou fazê-la confessar, aquilo lhe causou uma sensação estranha, mas só podia ser impressão.

— Não voltaram — Amanda olhou para as carnes novamente e suspirou — apenas tenho flashes confusos e... — olhou novamente para Mia, o brilho de seus olhos causando na morena um ímpeto de contar sobre os flashes, Pedro, ser paramédica, talvez sobre as séries...

— O que temos de carne por aqui, meninas? — A pergunta cortou os pensamentos de Amanda e a probabilidade de desabafar com Mia.

Ao olhar para o homem que fez a pergunta, encontrou Justin Voight, com um sorriso largo nos lábios, simpático.

— Oi... — Amanda sorriu — Justin, né?

— Me senti um famoso, sendo reconhecido assim... — arqueou a sobrancelha ao colocar as mãos nos bolsos e o sorriso se alargar, ele parecia preso nos olhos de Amanda e ela percebeu.

— Meu namorado me disse quem você é, na verdade. — Amanda entortou um pouco a boca e deu de ombros — conheço seu pai, o sargento Voight.

— Ah, claro — ele assentiu e pressionou os lábios em uma linha fina, mas não parecia decepcionado por saber que ela namorava. Ele a encarava como se tentasse lembrar de algo.

— Vai querer a carne, Justin? — Mia decidiu quebrar o silêncio, ficando impaciente.

— Sim, quero aquele pedaço... — ele pegou um prato descartável na mesa, como se despertasse de algo e Amanda o pegou para ele. — Você não é daqui, né? De Chicago. — Perguntou para Amanda.

— Não, sou bras...

— Brasileira. Claro. — Completou a palavra antes que ela terminasse, fazendo Amanda arquear a sobrancelha — seu sotaque e jeito, me lembra muito uma pessoa. Alguém especial que eu conheci. — Aquelas palavras lembravam muito as que Hank Voight usou, ao dizer que ela lembrava muito a menina do caso de oito anos antes... Ana.

Pensou em perguntar algo, para saber se ele estava falando dela. Mas a conversa foi interrompida por um homem chegando num rompante, virando Justin pelo ombro para então soca-lo. Justin tombou sobre a mesa atrás de si, onde estavam as coisas do churrasco e Amanda junto de Mia pularam para trás em um grito assustado.

A confusão que se iniciou chamou atenção e algumas pessoas se aproximaram na intenção de apartar os dois e tirar o agressor do evento. Mas antes que fosse contido por alguém, sacou uma arma e apontou para Justin, que levantou as mãos, se rendendo, os olhos assustados e confusos.

— Cara, fica calmo, você não quer fazer isso — Amanda disse, dando um passo à frente, sem ao menos saber de onde vinha aquela coragem. Mia tentou segurar a morena pelo braço, mas ela já estava dando a volta na mesa lentamente — olha o tanto de gente que tem aqui, quantas testemunhas. — Ela mantinha a voz calma, as mãos espalmadas na frente.

— Cala a boca, garota! — O homem armado gritou, agora apontando a arma para ela.

Pelo canto dos olhos, Amanda viu Kelly Severide se aproximar por entre a multidão que cercava o lugar a certa distância.

— Cara, tem um monte de policial aqui, você escolheu um péssimo lugar para um acerto de contas. — O homem arqueou a sobrancelha e nesse momento, Antônio apareceu apontando uma arma para ele.

— Abaixa a arma! — O detetive ordenou, mas o outro não deixou de apontar a arma para Amanda, mesmo olhando para Antônio.

— Pra você atirar em mim? Acha que sou idiota? — Amanda deu um passo para o lado, na intenção de sair da mira. — Você, fica quieta mulher maravilha!

— Não vou atirar em você, mas preciso que abaixe a arma! — a essa altura, as pessoas que estavam em volta, já haviam se afastado, mas ainda todos em alerta, para ver o desfecho da situação tensa.

Enquanto Antônio falou e o homem voltou-se para ele novamente, Kelly Severide aproveitou que estava em seu ponto cego e se aproximou rápido o suficiente para pular em suas costas, o derrubando. Ele ainda deu um tiro para o alto, que acertou numa árvore, mas a arma caiu de sua mão quando foi ao chão. Antônio se adiantou rápido e imobilizou o homem, ouvindo o detetive Jay Halstead se aproximar também, enquanto chamava uma viatura. Adam Ruzek correu até Mia. Severide recebeu um agradecimento de Antônio, com um aceno, antes dele se levantar do chão e ir até Amanda. O tenente abraçou a amiga, conferindo se ela estava bem e Amanda olhou para Antônio, que no chão ainda imobilizava o atirador por manter o joelho em suas costas, segurando suas mãos atrás das costas.

— Por que fez aquilo? Está querendo morrer? — Severide olhou para Amanda e os olhos dela marejaram por alguns segundos.

— Eu não sei o que deu em mim... eu só... — olhou para Justin, que soltou um gemido de dor. — Não queria que ele fosse morto. — Indicou com o queixo como se fosse explicação suficiente, fazendo Severide olhar para trás.

Justin passou os dedos pelo nariz, que podia sentir estar quebrado e depois de mais um gemido de dor, olhou para Amanda. Os dois se encararam por alguns segundos, os olhos de Justin transparecendo confusão, mas agradecimento ao mesmo tempo.

O momento foi interrompido pelas vozes dos policiais chegando para prenderem o atirador. Só então Amanda encontrando o olhar interrogativo de Antônio, que não se aproximou dela, mesmo depois de não precisar mais imobilizar o homem. 

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