Marcados pelo Acaso - Meu Cli...

By LeilaRaquel2

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Natalie Lawrence é uma mulher de 30 anos, estilista, inteligente, decidida, dedicada, amiga, bem resolvida co... More

Sinopse
Personagens.
Prólogo.
Capítulo 1.
Capítulo 2.
Capítulo 3.
Capítulo 4.
Capítulo 5.
Capítulo 6.
Capítulo 7.
Capítulo 8.
Capítulo 10.
Capítulos 11.
Capítulo 12.
Capítulo 13.
Capítulo 14.
Capítulo 15.
Capítulo 16.
Capítulo 17.
Capítulo 18.
Capítulo 19.
Capítulo 20.
Capítulo 21.
Capítulo 22.
Capítulo 23.
Capítulo 24.
Capítulo 25.
Capítulo 26.
Capítulo 27. (Bônus)
Capítulo 28.
Capítulo 29.
Capítulo 30.
Capítulo 31.
Capítulo 32.
Capítulo 33.
Capítulo 34.
Capítulo 35.
Capítulo 36.
Capítulo 37.
Capítulo 38.
Capítulo 39.
Capítulo 40.
Capítulo 41.
Capítulo 42.
Capítulo 43.
Capítulo 44.
Capítulo 45.
Capítulo. 46.
Capítulo 47.
Capítulo 48.
Capítulo 49.
Capítulo 50.
Capítulo 51.
Capítulo 52.
Capítulo 53.
Capítulo 54.
Capítulo 55.
Capítulo 56.
Capítulo 57.
Capítulo 58.
Capítulo 59.
Capítulo 60.
Capítulo 61. (Bônus)
Capítulo 62.
Capítulo 63.
Capítulo 64
Capítulo 65.
Capítulo 66 (bônus)
Capítulo 67.
Capítulo 68.
Capítulo 69.
Capítulo 70.
Capítulo 71.
Capítulo 72.
Capítulo 73.
Capítulo 74
Capítulo 75.
Capítulo 76.
Capítulo 77
Capítulo 78.
Capítulo 79.
Capítulo 80.
Capítulo 81.
Capítulo 82.
Capítulo 83.
Livro 5
Epílogo.

Capítulo 9.

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By LeilaRaquel2


Iam...

Olho para o portão de desembarque esperando meu pai aparecer, alguns minutos depois eu o vejo andando em meio ao vai e vem de pessoas que transitam pelo aeroporto, sua cabeça reluzente desprovida de cabelos é a primeira coisa que vejo, os inseparáveis óculos de armação grossas empoleirado em seu nariz, suas roupas casuais, e um brilhante sorriso no rosto ao me ver.

- Pai! – Falei assim que ele se aproximou, seus olhos ainda brilham toda fez que eu o chamo de pai, mesmo depois de todos esses anos.

Martin é meu tio, mas foi o único pai que eu conheci na minha vida, já que meu pai morreu antes de eu nascer e ele quem me criou, ele quem foi e é meu exemplo. Em algum momento durante uma discussão na adolescência eu o chamei assim, como eu já me sentia a muito tempo, mas não tinha coragem de falar, na mesma hora ele parou o discurso sobre festa, drogas e gravidez e me abraçou chorando, dizendo que aquele era o melhor presente que eu podia lhe dar.

- Estava com saudade. – O abracei apertado.

- Também estava com saudade, meu filho. – Falou se afastando para me olhar direito, mas mantendo as mãos em meus ombros. – Deixe-me ver você. – Seus olhos me analisaram.

- Estou saudável pai, faço exames periodicamente. – Ele insiste que eu faça sempre exames e que eu me cuide.

- E a alimentação? – Perguntou se afastando um pouco mais.

- Estou me alimentando bem, não se preocupe. – Peguei a bolsa de viagem que estava sobre a mala e a pendurei em meu ombro.

- Claro que eu me preocupo você a meu filho. – Retrucou enquanto seguíamos em direção a saída.

- Eu sei, pai. – Sorri o olhando por alguns segundos. – Mas eu lhe prometo que estou bem e me cuidando.

- Tudo bem. – Paramos perto do meu carro.

- Você? Está se cuidando? – O olhei.

Claro, sempre me cuido. – Sorriu pra mim. – E quanto a garotas? – Questionou colocando a mala no porta-malas recém aberto. – Tem alguma mulher especial em sua vida?

- Fora as minhas amigas, não. – Fechei o porta-malas. – O senhor sabe que eu não busco esse tipo de envolvimento, estou muito bem vivendo a minha vida assim.

- Um dia você vai encontrar a mulher certa. – Entrou no carro. – Vai por mim, quando a pessoa certa aparece nada mais importa, só estar juntos importa. – Uma nuvem de melancolia passou por seus olhos e não pude deixar de me sentir triste por ele.

Meu pai se amou de verdade uma vez na vida, eu tinha 17 anos quando ele me apresentou Lucian, seu companheiro, eles já estavam juntos há um ano, mas meu pai não sabia como contar ao filho adolescente que é gay, como se eu não soubesse. Eles viveram felizes, a relação dos dois era muito bonita, um exemplo de amor e companheirismo, até que Lucian deve uma convulsão e no hospital descobrimos um tumor cerebral grande, maligno e agressivo, ele morreu três meses depois, isso faz quase 7 anos, mas eu sei que ainda dói no meu pai que se afundou ainda mais em trabalho depois da morte do marido.

- Se o senhor diz. – Dei de ombros sem querer me estender no assunto. – Eu estava pensando em na quinta na hora do almoço levar o senhor até o Sr. Mungus. – Sempre que está aqui ele faz atendimento no orfanato. – Para checar as crianças. – Falei com o carro em movimento.

- Não seria melhor ir no final de semana que você não trabalha? – Falou preocupado com eu perder tempo de trabalho.

- Pensei em voltarmos no fim de semana para visitar e passar um tempo com as crianças. – Parei o carro em um sinal. – Na quinta eu posso deixá-lo lá na hora do almoço e volto pra lhe buscar no fim da tarde.

- Tudo bem, me parece uma boa ideia. – Concordou com a minha proposta. – Como estão os seus amigos? – Ele conhece todos os meus amigos de tanto que eu falo deles é na última vez que veio me visitar os viu pessoalmente.

- Estão todos bem. – Sorri lembrando deles que são minha família além do meu pai. – Somos como uma grande família. – Falei sorrindo.

- Saber que você tem outras pessoas que lhe amam acalma o coração desse velho. – Disse fazendo seu habitual drama de velhice.

- O senhor não é velho. – Insisti como sempre faço. – Apenas um pouco gasto. – Ele riu alto.

- Nossa, melhorou meu ego Iam. – Falou e meio a uma gargalhada. – Obrigada por isso, se a carreira na publicidade não der certo você poderia ser coach. – Falou ironicamente. – Iria ficar bilionário.

- Deus é mais. – Brinquei. – Pensei que me amasse.

- Depois eu sou dramático. – Resmungou.

- E com quem o senhor acha que eu aprendi? – O olhei ao parar o carro em frente ao prédio onde moro.

- Mas é muita audácia. – Saiu do carro indo até o porta-malas. – Voltando a falar dos seus amigos como estão as crianças? São 4 agora não é? – Tiramos suas coisas, travei as portas do carro antes de entrarmos no prédio.

- São sim, três garota e um garoto. – Falei sorrindo ao lembrar deles. – Elas fizeram 1 ano a pouco tempo e ele tem apenas um mês.

- Devem estar muito lindos. – Falou animado.

- Você verá.

Entramos no meu apartamento de tamanho médio, tudo está devidamente organizado, não que eu seja bagunceiro, mas sempre dou uma arrumada quando ele vem, levo suas coisas para o quarto de hospedes.

- Tem suco e batatas gratinadas na geladeira. – Falei me virando para encara-lo. – A dispensa está abastecida, sabe que é para ficar a vontade.

- Você está de saída? – Questionou.

- Tem uma festa da agência que começa em breve. – Pela hora as pessoas já devem ter começado a chegar, mas ele não precisa saber disso. – É uma conta minha, umas das grandes e eu vou fazer uma apresentação, então preciso me arrumar e sair em breve, ainda vou passar na Natalie, ela vai me acompanhar. – Ele sabe que sempre levo uma das meninas comigo, não gosto de ir sozinho.

- Querido não precisava ter ido me buscar se você tinha trabalho. – Reclamou como eu sabia que faria.

- Está tudo bem pai. – Sorri pra ele. – Eu sabia que daria tempo, não se preocupe, não estarei atrasado.

- Tudo bem, vá se arrumar. – Ele é sempre bem compreensivo comigo, acho que por isso nossa relação é tão boa

Fui direto para meu quarto, deixei minhas chaves e a carteira sobre o móvel ao lado da cama e fui direto para o banheiro deixando os sapatos pelo meio do caminho, tirei minhas roupas as jogando no cesto sob a pia, tomei um banho rápido, me sequei, sequei meus cabelos os deixando para cima, eles estão grandes, estou precisando corta-los, minha barba está do jeito que eu gosto, escovei os dentes e fui até o closet. Coloquei uma cueca box branca, uma calça preta, camisa e blazer da mesma cor, não coloquei gravata, calcei meus sapatos, passei um pouco de perfume e estava pronto em tempo recorde.

Me olhei uma última vez vendo se tudo estava realmente em ordem, sorri para o espelho, peguei minha carteira e chaves, sai do quarto abordando o blazer. Meu pai estava sentado no sofá da sala, a TV ligada e parecia de banho tomado.

- Estou indo, não sei que hora eu volto. – Beijei sua cabeça careca.

- Se cuida meu filho. – Sorriu pra mim. – E manda um beijo pra Natalie.

- Sempre me cuido pai e pode deixar que eu falo pra ela. – Falei já saindo do apartamento, mandei uma mensagem para Natalie enquanto descia no elevador.

O trajeto até o prédio onde Natalie mora já é natural pra mim de tanto que eu o fiz desde que conheci ela e as meninas, elas foram as amigas mais próximas que eu tive por muito tempo, na época da escola meu único amigo era o Karl, éramos dois desajustados na época e nos aproximamos, mas depois da escola cada um foi para um lugar, e os treinos e torneios de tênis constantes fazem ele ficar muito tempo fora de Londres, ainda mais que ele treina na Espanha a maior parte do tempo. Nós nunca perdemos o contato e sempre que ele está de volta saímos juntos, na faculdade eu acabei não criando vínculos sérios de amizade, então por um bom tempo foi apenas eu e as meninas, depois os outros chegaram e agora com os todos uma grande e unida família.

Parei o carro em frente ao prédio que me é tão familiar quanto o que eu mesmo moro, ela já me esperava na frente, estava lindíssima, um vestido azul escuro, sua cor preferida, a parte superior era de renda com um decote profundo que ia até a cintura, a saia longa de algum tecido bem fininho parecendo um véu, uma fenda deixava a mostra uma saia mais curta de renda, nos pés saltos altos, os cabelos castanhos estavam soltos em uma cascata de cachos bem abertos, presos apenas em uma das laterais, os cílios grandes chamavam atenção para seus belos olhos e o batom vermelho vivo em seus lábios completava o visual, trazia uma pequena bolsa nas mãos, ela estava a visão da perfeição.

- Boa noite. – Falou entrando no carro e já se acomodando.

- Boa noite. – Sorri em sua direção. – Vocês está incrível. – A elogiei. – Claro que é sempre linda.

- Obrigada. – Sorriu pra mim. – Você também está lindo.

- Obrigada. – Coloquei o carro em movimento. – Me esforcei muito pra isso. – Nos dos demos risadas do comentário.

- Seu pai chegou bem? – Perguntou.

- Chegou sim, ele já estava instalado quando sai de casa. – Comemorei mentalmente por passar pelo segundo sinal aberto consecutivo. – Ele lhe mandou um beijo.

- Manda outro pra ele. – Ela respondeu. – Martin é um homem tão bom. – Ela sempre admirou muito meu pai, a verdade é que é muito difícil não admira-lo depois de conhece-lo.

- Ele é sim. – Falei com orgulho do homem que decidiu abrir mão de tanta coisa para me criar e o fez muito bem. – Tenho muito orgulho dele.

- Não seria para menos. – Ele falou. – Ele é um ótimo exemplo.

- Realmente. – Ficamos em silêncio por um tempo, não era algo desconfortável entre nós.

- Está animado para a apresentação de hoje? – Perguntou quebrando o silêncio.

- Se você quer dizer ansioso, nervoso, estou um pouco. – Eu não sou muito de falar em público, em uma apresentação para poucas pessoas eu me dou bem, mas falar na frente de tanta gente não é nada confortável.

- Sei que você não gosta de falar em público. – Ela disse compreensiva. – Mas eu tenho certeza de que você vai se sair muito bem, não é como se estivesse falando algo que não domina.

- Você tem razão. – Tive que concordar com ela, pois realmente estava certa. – Mas ainda assim fico nervoso.

- Eu sei disso. – Pousou a mão em minha pernas apertando de leve. – É só você pensar que está apenas em uma reunião para poucas pessoas, é apenas mais uma apresentação. – Parei na frente do hotel onde acontece a festa.

- Tentarei fazer isso. – A olhei.

Descemos do carro, entreguei a chave ao manobrista e entramos de braços dados, a recepção do hotel era elegante e nada chamativa como a maioria dos imóveis da imobiliária. O salão de festa estava decorado em tons de azul e prata as cores da marca representada aqui hoje, o salão já estava cheio de pessoas andando de um lado para o outro, uma música suave tocava no ambiente conferindo ao ambiente um ar descontraído e relaxante.

- Iam. – Nos viramos dando de cara com Etan, seus cabelos estavam soltos, o blazer verde desabotoado. – Que bom que você chegou.

- Boa noite pra você também. – Falei. – Algum problema? – Questiono vendi sua expressão séria no rosto.

- O cliente fez uma exigência de última hora. – Senti meu corpo automaticamente tenso, detesto quando isso acontece.

- Mas, já está tudo pronto. – Apertei o braço de Natalie involuntariamente.

- Foi isso que eu tentei argumentar. – Passou as mãos nos cabelos crescidos.

- Vai lá resolver isso. – Natalie falou chamando minha atenção. – Sei que você consegue.

- Tudo bem. – Beijei seu rosto. – Volto em breve.

Ela sorriu em concordância enquanto eu era quase arrastado por Etan em direção a uma saída lateral que dava em uma espécie de escritório onde John estava com o presidente da marca, seus olhos quase se iluminaram ao me ver, ele sempre fala que eu sei lidar com os casos mais complicados de forma calma.

============

O pai do Iam é uma figura e um homem muito bom.

Ai, festinha juntos.

Pobre do Etan tendo que lidar com tudo sozinho.

Até sexta. 😘🥰

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