Era uma vez, Ali

By websmary_

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autora: juwebs_ Quando Tina, a filha mais velha de um casal, completa 10 anos de idade, seu pai conta a histó... More

Notas
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último capítulo
agradecimentos

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By websmary_

Acordei sentindo um tufo de cabelo na minha boca e enquanto abria os olhos lentamente enxerguei uma loira na minha cama, ou seja, Sarah tinha dormido comigo.

Soltei uma risadinha baixa e virei pro lado pra pegar meu celular na cabeceira. Já tinha mensagens da minha mãe dizendo que Tina dormiu bem depois da ligação e também de Sophia pedindo pra vir pra cá.

Respondi as duas, reagi aos stories que meus amigos queridos tinham postado ontem se divertindo e deixei o celular de lado pensando na conversa da noite anterior que eu tive com Sarah.

Pode ter parecido estranho pra ela, talvez muito, mas não era mentira que há muito tempo atrás eu tinha percebido o carinho intenso que os dois tinham um pelo outro. Não que fosse algo muito demais, algo pra eu me preocupar, na verdade, me confortava.

Eu não queria ser pessimista e nem era, mas já lidava com o fato de que o pior poderia acontecer e estava me preparando pra isso apesar de também ter esperança de que assim que eu tivesse Scar, passaria uns meses e eu tiraria esse tumor de dentro de mim.

— Que horas são? — Sarah resmungou despertando.

— Nove da manhã. — contei rindo e ela abriu o olhão.

— Jura? Meu Deus, que idosas! — ela riu e bocejou. — Eles devem ter ido dormir só há algumas horas atrás.

— Provavelmente. — concordei. — E nós apagamos.

— Sim, coitado do Patrick, roubei o lugar dele. — ela disse coçando a cabeça.

— Vamos pegar o carro até a padaria pra fazer um café daqueles? — sugeri animada.

— Vamos! Eu dirijo. — ela disse e eu assenti.

Fui antes pro banheiro fazer minha rotina matinal: lavar meu rosto, escovar meus dentes, passar meus produtos e agora incluso tomar remédios e colocar o lenço.

Escolhi um short soltinho bege e uma blusa básica preta, minha barriga não estava tão grande porque o câncer me deixava também bem magrinha, então ainda me cabiam muitas coisas.

Esperei Sarah terminar de colocar a roupa, peguei a chave do carro e nós fomos. A padaria não ficava longe, então em cinco minutos estávamos lá. Compramos pães de queijo, croissant, bolo de cenoura, pão francês e queijo e presunto.

Em casa fizemos um suco de laranja muito bom, arrumamos a mesa e Sarah foi acordar todos eles. Eu sabia que ficariam putos, eu conhecia os dorminhocos dos meus amigos, mas era por uma boa intenção.

— Sarahhhhhh! — escutei o berro de Eduarda e comecei a rir sozinha.

Ela também desceu rindo demais contando o estresse deles em acordar, sentamos na mesa e aguardamos os benditos.

— Juro que se não fosse por comida, eu mataria vocês duas. — Jade disse roubando um pão de queijo e puxando uma cadeira pra sentar.

— Que ingratidão! — balancei a cabeça negativamente em reprovação.

— Não é ingratidão, é ressaca caralho. — Phelipe disse colocando a mão na cabeça.

— Descemos foi vinho ontem. — Matheus riu e se sentou também.

— Quem mandou?! — Sarah deu de ombros.

— "Quem mandou?!" — Eduarda a imitou fazendo careta e coçando os olhos. Essa dormia mesmo.

— Eu dormi que nem anjo. — falei sorrindo.

— E eu fui dormir com esse anjo e roubaram o meu lugar, complicado! — Patrick disse sendo o último a chegar e deu um beijo no alto da minha cabeça. — Bom dia!

— Em falar em anjos.. — disse lembrando. — Sophia pediu pra vir pra cá hoje, não tive como negar.

— E o que aconteceu com final de semana sem crianças? — Sarah perguntou passando manteiga no pão.

— Gente, eles não dão trabalho nenhum e também é injusto ela vir pra Sampa e não ficar com o pai um pouco. — opinei.

— Isso é verdade. — Patrick concordou. — Diz pra sua mãe que a noite nós buscamos eles lá, agora a tarde é mais bebedeira e churras.

— E como foi ontem? — Sarah perguntou.

— Bom demais, mas quase saiu assassinato, né?! — Phelipe falou.

— Como assim? — ri de nervoso.

— Eduarda rouba muito, ninguém aguenta mais. Teve corredor da morte porque não dá. — Jade disse balançando a cabeça negativamente.

— Isso é porque somos adultos com vinte e poucos anos, imagina se não fôssemos. Eu trinta ainda. — Sarah disse.

— Ela é bizarra, não dá pra relevar. — Matheus contou. — Teve que passar no corredor sim.

Ela estava fazendo caretas enquanto eles falavam e nós riamos mais ainda. — E você também se fodeu porque eu te peguei na porrada depois.

— Caralho, eu quase me mijei de rir nessa hora mane! — Patrick disse largando o pão de queijo no prato e voltando a rir. — Ela tava rindo enquanto passava no corredor, depois se transformou e se embolou com Matheus na porrada.

— Só ela me bateu, né?! Porque olha isso. — Matheus mostrou o braço. Era cada roxo bizarro.

— Que isso Eduarda... — a repreendi rindo de nervoso.

— Quem mandou? Tava bêbada, fiquei puta e já era, sobrou pra ele. — ela deu de ombros. — Mas eu te amo, você sabe né?

Ele fez beicinho fingindo estar chateado e ela tascou um beijo nele.

— A Laura fez xixi nas calças vendo a cena pra vocês terem noção. — Phelipe relembrou.

— Em falar nisso, cadê eles? — perguntei.

— Foram pra casa, ué. Daqui a pouco devem estar aparecendo por aí com as coisas do churrasco, Daniel foi o que mais perdeu no videogame e ficou na conta dele. — Patrick contou.

— Hummm, mas você vai fazer o resto?

— Tipo?

— Tipo arroz, farofa, maionese... — Sarah disse e eu assenti.

— Ah, isso sim. — ele disse.

Nós assentimos e começamos a comer direito, porque antes era só choradeira de tanto rir. Eles continuaram contando sobre a noite de ontem e até surgiu muita vontade de ter presenciado tudo aquilo.

Passamos a manhã assistindo filme de comédia até Daniel e Laura chegarem e começarmos a preparar o almoço, na verdade, eles começaram porque eu tive que subir pra deitar um pouco.

O cansaço físico me cansava mentalmente e era exausto demais, ainda mais quando depois de ter tirado um cochilo, eu acordar e ver Patrick com a mão na minha barriga roncando muito ao meu lado.

Eu sabia que depois do sucesso que foi a janta dele, ele queria preparar os pratos de hoje e também sabia que provavelmente ele tinha passado essa tarefa pra outra pessoa pra poder ficar comigo.

Fiz carinho na cabeça dele, fechei os olhos e orei. Conversar com Deus me acalmava demais e eu tinha fé que isso transmitia pra quem estava comigo.

Deixei ele descansando um pouco mais e desci. Eles estavam colocando as coisas na mesa do lado de fora, Jade procurando música pra pôr no som e Daniel montando uma piscina.

— Que doideira é essa? — eu perguntei rindo.

— Eu e Laura compramos pra Tina e Sophia aproveitarem. — ele contou.

— E de quebra nós também. — Laura comemorou colocando a tigela de arroz na mesa.

— Trouxeram biquíni? — perguntei sentando no banco.

— Não, Laura trouxe pra mim e você empresta um pra Jade. — Eduarda disse e eu assenti.

— Cadê o churrasqueiro, Alicia? Tô cheio de fome. — Matheus perguntou enquanto temperava as carnes.

— Fiquei com pena de acorda-lo. — disse manhosa.

— Ah, mas eu não tenho não, vou lá! — Phelipe avisou e saiu correndo

— É um mau educado mesmo. — Jade balançou a cabeça negativamente.

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