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Chegamos no churras que Phelipe inventou e eu fiquei impressionada com o tamanho daquela casa. A mãe dele era casada com o pai do Matheus, então eu já sabia que era uma coisa de luxo pelo que Theu falava, mas não sabia o quanto.

— É nessa mansão aqui que vocês moram? — olhei em volta deslumbrada indo em direção a área externa.

— Eu não moro mais, só Matheus e meu irmão mais novo, Pierre. — Phelipe contou.

— Não interessa, é sua também. Tô chocada! — levei a mão na boca.

Era absurda de imensa, assim que entrei tive que colocar saquinho nos pés pra passar pro outro lado de tão incrível que o piso era.

A área externa ficava aos fundos da casa separada por um enorme paredão de vidro. Surreal.

— Sogrinho tá em casa, mô? — Duda perguntou puxando uma cadeira pra sentar.

— Tá nada, foi pra casa do Pedro. — disse se referindo ao irmão mais velho do Phelipe.

— Poxa, queria ver o tio. — fiz beicinho. Eu sempre fui super apegada a família do Matheus.

— Fica pra próxima! — Phelipe riu colocando as cervejas na geladeira. — Chamou Daniel e Jade?

— Chamei sim, daqui a pouco estão aí. — falei.

— Aí, vou dar logo um mergulho que o sol hoje tá dando moca. — Eduarda levantou tirando o short. — Bota música aí.

Os meninos assentiram já iniciando um pancadão e eu acompanhei Eduarda na piscina.

A água tava geladinha, normalmente isso me incomodaria, mas tava de verdade um calor demais, então se tornou agradável.

— Brigou com ele por conta de ontem? — apontei com a cabeça pro Matheus enquanto Duda se apoiava na borda.

— Ali, vou te falar, preferi fingir que nada tinha acontecido do que discutir sobre o mesmo assunto, eu sei que ele não me entende e mais uma briga sobre isso eu não sei se consigo permanecer no relacionamento, sério.

— Jura!? — arregalei os olhos e ela assentiu. — Você tem certeza que não é coisa da sua cabeça essa tal de Raissa se jogar assim pra cima dele?

— Tenho certeza absoluta, Alicia. É porque ontem ela não ficou perto da gente, se não você ia ver. Ela não é flor que se cheire! — ela disse convicta.

— Eu acredito em você, até porque ontem achei ela bem esquisita. Na hora da briga tava chorando pra cacete e depois ficou jogando piadinha pra mim e pro Daniel, não entendi nada. — dei de ombros. Realmente tava boiando nas tretas daqui.

— É, essa garota é doente! — ela balançou a cabeça em reprovação. — Tipo, depois que nós paramos de ser amigas por aquele episódio que eu te contei do meu antigo namoradinho na época, ela começou a namorar com o Vinicius. E infelizmente, porque eu não desejo nada parecido pra ninguém, ela sofreu o pão que o diabo amassou. Ele era super abusivo, esculachava ela na frente de geral, ouvimos dizer que até já bateu nela, daí quando se livrou, ainda sofreu muita pressão psicológica da parte dele. Isso era o que ouvíamos e as vezes presenciávamos. Mas mesmo assim, ela não é santa, na situação do relacionamento dos dois é óbvio que é vítima, mas fora isso... de vítima não tem absolutamente nada. Ela gosta de ser escrota.

— Vish, quero nem opinar, quero ver com meus próprios olhos. Não gosto de julgar fácil, mas te entendo. — eu disse tentando ao máximo não ficar nessa coisa de fofoca.

Era uma vez, AliWhere stories live. Discover now