120

1.3K 217 228
                                    

PHELIPE

Depois da notícia que todos recebemos como um soco no peito não tinha clima nenhuma pra continuar o jantar assim como Alicia pediu.

Logo depois que eles foram embora, Daniel e Laura foram atrás, a mãe dela subiu arrasada pro quarto com o namorado assim como tio Rafael e minha mãe, o pessoal da academia foram embora e Karine e Luan com os gêmeos também.

Só restaram na sala eu, Jade, Eduarda e Matheus. Estávamos completamente derrotados e jogados no sofá sem abrir a boca pra falar um aí.

Mesmo que eu fosse um cara brincalhão, meio frio com parada de amigo, não dava pra discordar do mal que aquela notícia nos fez.

— Tô me sentindo perdido. — Matheus foi o primeiro a abrir a boca encarando a parede.

— Eu estou sem acreditar, parece que foi um pesadelo. — Eduarda concordou.

— Logo com ela? — Jade balançou a cabeça negativamente. — Alicia é a pessoa mais foda que eu já conheci, não merecia isso.

— Ninguém merece isso. — Matheus disse sério.

— Imagina como a mãe dela e o Patrick não devem estar por dentro? Me dá até calafrio pensar. — falei.

— Eu acho que temos que agir como ela. — Jade disse. Nós franzimos a sobrancelha. — Ser positivo, pensar que vai dar certo e principalmente fazer algo pra ajudar.

— É difícil, Jade. — Matheus falou.

— Ajudar? — ela questionou.

— Não, ser positivo. — ele disse.

— Mas ela tá certa, temos que ser! — a defendi. Ela me olhou sorrindo e eu retribui com um sorriso fraco de lado. — Sei que você passou por algo parecido, mas não podemos abaixar a cabeça pra essa doença de merda.

— É verdade, mô. — Eduarda fez carinho no ombro dele. — Pra ela ter força, devemos passar a nossa pra ela também.

— Eu sei... — ele disse cabisbaixo.

— Além disso, devemos ajudar de verdade. Cá entre nós... — olhei pros dois. — Nossa família o que mais tem é grana, vocês acham que eles não ajudariam a pagar o melhor tratamento? Além do que devem ter contatos.

— Sim, Karine já disse que se precisar de qualquer coisa, ela ajuda. — Matheus falou.

— Então, vamos agitar isso! — falei. — Meu irmão e a mulher também vão, conheço eles.

— É isso amigos, meu pai também pode ajudar e assim nós fazemos a nossa parte pra ajudar nossa amiga. — Jade disse esperançosa.

— Ok, é isso então. — Matheus se levantou aparentemente exausto. — Vamos dormir aqui hoje, ok? Não quero ir pra casa, preciso de um banho e cama.

— Ok. — Eduarda assentiu e se levantou também. — Boa noite, gente!

Ela acenou e nós retribuímos.

Além de toda essa noite ser um fiasco por culpa dessa horrível má notícia, eu ainda tinha como problema a Jade e esse clima que ficaria entre nós dois por ali sozinhos.

Terminei com ela quando ela simplesmente me avisou que ficaria mais cinco meses sem nem saber minha opinião. Nossa relação já estava abalada porque relacionamento a distância não é fácil, principalmente quando você não sabe nada do que acontece.

Então rolava ciúme, brigas, enfim, discussões. Já tínhamos tido uma briga no dia anterior sobre ela ter me impedido de ir visitá-la, e no dia seguinte ela ainda me veio com a notícia me ignorando completamente.

Era uma vez, AliDonde viven las historias. Descúbrelo ahora