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PATRICK

Todo mundo conhecido já tinha chegado e eu tava torcendo pra não vir a peça surpresa vulgo Vinicius que mesmo não se formando agora, adorava aparecer pra fazer merda.

Mesmo com esse receio, eu acreditava que ele não daria as caras, o cara tava realmente no fundo do poço e a única vez que o vi foi muito drogado em frente a faculdade quando fui buscar Alicia, ele nem olhou na minha cara, tava desnorteado.

Já tinham feito um breve discurso e a festa tinha começado, mas eu, Sarah e Alicia estávamos discutindo sobre contar ou não pra Sophia sobre meu relacionamento.

— Aí Alicia, você tá sendo dramática. — Sarah suspirou rindo.

— Não é isso gente, eu juro que tô com medo dela deixar de gostar de mim. — ela disse receosa.

Já faziam meses que a gente estava namorando e minha filha não sabia que ela tinha uma madrasta a simpatizar, que na verdade, já era mais que simpatizada visto que era a professora favorita dela.

— Impossível ela não gostar de você, Alicia. Ela odeia faltar o ballet porque fica com saudade de te ver, não viaja. — revirei os olhos.

— Mas eu vou ficar muito nervosa quando contarmos. — ela bebeu um gole do copo dela.

— Pode desfazer esse nervosismo, afinal de contas, meu baby virá daqui a dois dias e eu e Patrick combinamos dela passar uma semana na casa dele pra eu poder descansar do parto sem duas crianças em casa. — Sarah falou. — Inclusive, dona Alicia, você vai ficar na casa dele pra cuidar dela, não sei se confio em homens.

— Sou seu marido não, ô Sarah. — impliquei e ela revirou os olhos.

— Tá bom, mas vocês me prometem que se ela ficar com raiva de mim vocês vão reverter a situação? — ela olhou pra gente com cara de cachorro sem dono. Eu ri.

— Prometo nada não, você vai ter que conquistar a pequena de novo. — balancei a cabeça negativamente. Era óbvio que eu queria assustar ela, que automaticamente fez cara de apavorada.

— Para de fazer isso com a menina. — Sarah deu um tapa no meu braço. — Claro que a gente vai reverter.

— Ufa. — ela suspirou aliviada.

— Problema resolvido, vou voltar pro Bruno que deve tá se mordendo de ciúme. — ela disse levantando com dificuldade por conta aquele barrigão todo.

Nós assentimos e ela saiu. Fiquei ainda rindo da cara da Alicia de todo aquele apavoramento em relação a esse assunto.

— Você me odeia, né!? — ela fez careta.

Eu ri ainda mais.

— Só te acho uma gracinha desse jeito, toda nervosinha, com medo da patroa. — fiz carinho na bochecha dela.

— Que patroa? — ela franziu a sobrancelha ingênua.

— A Sophia. — expliquei e ela riu.

— Fiquei nervosa mesmo, mas vou desejar que dê tudo certo e que eu seja a melhor titia que ela já conheceu. — ela disse com um sorriso no rosto.

— Vai ser difícil hein, são tantas titias. — disse.

— Que tantas, Patrick? Você disse que nunca chegou perto de ter namorada. — ela cruzou os braços enciumada.

— Ciumenta demais, meu Deus! — eu ri apertando o rosto dela que se afastou emburrada. — Já viu o tamanho da família dela, Alicia? Olha pra trás que você vai ver duas titias, que é a irmã do Matheus e a prima da Duda, e ainda tem a Mari que fez a roupa de formatura de vocês. Mas você vai tirar de letra.

Era uma vez, AliWhere stories live. Discover now