Era uma vez, Ali

By websmary_

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autora: juwebs_ Quando Tina, a filha mais velha de um casal, completa 10 anos de idade, seu pai conta a histó... More

Notas
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último capítulo
agradecimentos

80

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By websmary_


esse capítulo terá participação de outra história chamada "coincidências", corre no perfil e leia já!

— Quando eu era criança ele era daqueles pais de filme, que colocava o filho na cama e que contava histórias de ninar e quando não eram histórias, era carinho, um beijo na testa ou até uma musiquinha. Sempre me achei a menina mais sortuda do meu bairro, eu não era tão ambiciosa pra pensar que eu era a menina mais sortuda do mundo, mas sinceramente? Eu era. Além disso, ele e a minha mãe era o típico casal perfeito na minha visão, os dois se ajudavam em tudo, ela sempre trabalhou muito como enfermeira e ele cuidava de mim e quando ela estava livre, nós saíamos os três juntos por aí. Que criança feliz eu era, Patrick! — suspirei com um sorriso no rosto.

— Por isso você é tão maravilhosa. — ele acariciou minha bochecha.

— Ele me dizia pra ser sempre feliz, valorizar a vida e o que ela me dá e por isso eu sou assim. — disse grata. — Eu sei que foi diferente pra você e eu espero poder te proporcionar o mínimo de felicidade me proporcionaram.

— Os poucos dias que eu passei contigo já me proporcionaram isso. — ele balançou a cabeça positivamente. — Espero que do meu jeito ou de um jeito melhorado eu te traga isso também. — ele disse com um sorriso desastrado.

— Já traz. — sorri pra ele.

— Ele teve câncer, né? — perguntou envergonhado.

Podia ser pesado pra se perguntar, mas eu entendia a curiosidade dele de querer saber até porque eu mesma fiz muita questão de entender a história de vida dele.

— Sim. — assenti. — Eu fiquei revoltada na época, ele sempre se cuidou muito, muito. Meu tio era o maior fumante da face da terra e meu pai brigava muito com ele por isso, e do nada, pum, um câncer de pulmão.

— Ele era? — perguntou curioso.

— Quando meu pai faleceu ele parou. — expliquei. — Enfim, eu achei a vida uma farsa, culpei o mundo todo por isso, afinal, meu pai que se cuidava tanto foi logo o que apareceu com câncer? E no pulmão? Foi um choque, mas ele me ensinou a perseverar.

Ele assentiu pensativo olhando pro nada. Não tinha mais o que eu falar, então ficamos no silêncio.

— E por isso você odeia tanto o cigarro, essas coisas, certo? — perguntou. Eu balancei a cabeça positivamente.

Ele assentiu de novo, me olhou, levantou e foi até o quarto. Fiquei com a sobrancelha franzida até ele voltar com mil maços de cigarro na mão.

— Que isso? — perguntei assustada.

— Tô me sentindo um babaca com isso, vou jogar tudo fora. — ele disse indo até a porta de casa.

— Não, pera. — levantei rindo. — Você não precisa fazer isso, são escolhas, eu que passei por isso.

— Então, eu tô escolhendo isso, sua história me fez escolher. — ele disse decidido e foi até o corredor no lixo.

Eu fiquei rindo sozinha desse menino, era cada uma. Mas eu fiquei feliz e te falar, aliviada. Eu morria de medo que isso acontecesse com alguém próximo a mim de novo.

Ele voltou do corredor e me abraçou de volta, me apertando da mesma forma como antes, parecia estar mais sentido do que eu mesma com a história.

Acordei no domingo com o barulho do Patrick saindo da cama, dei aquela espreguiçada confusa e olhei pra ele sentado na cama calçando o tênis.

— Não queria te acordar. — ele disse fazendo carinho na minha bunda por cima da coberta.

— Já vai embora? — perguntei bocejando.

— Vou, não posso ficar refém de Vinicius dentro da minha cama. Tenho coisas pra resolver da academia e depois vou ficar com a Sophia. — explicou.

— Só não vai brigar com eles. — pedi.

— Vou tentar. — ele riu. — To indo, tá? A gente vai se falando pelo telefone. — ele deu um beijo na minha testa e eu assenti.

Até ia me oferecer pra encontrar com ele e Sophia pra fazermos alguma coisa, mas era muito recente, então era melhor não.

E foi melhor mesmo porque quando peguei no meu celular as meninas estavam marcando um almoço no grupo e eu estava bastante tempo sem vê-las sem um homem perto.

Levantei pra agir minha vida com um banho matinal logo de cara, fiz uma meditação que eu não fazia desde que me mudei de São Paulo e era uma prática rotineira na minha vida.

Comi o pedaço que deixei da pizza que pedimos ontem e me obriguei a fazer uns trabalhos da faculdade. Eu gostava muito do que eu estudava, tipo demais, mas também não via a hora de acabar.

EDUARDA

Tava feliz de um jeito que eu nunca tinha ficado na vida, claro que tão feliz quanto já fiquei, mas o sentimento era diferente. Eu tô noiva caralho!

No dia anterior eu e Matheus decidimos fazer um jantar de noivado com a família inteirinha, e vou te contar, era muita gente. Era a família da irmã do Matheus, a família do meu irmão, a família da minha prima e chamando a cambada era impossível de não chamar os amigos deles que também era família: João e Mari, ou seja, essa casa ficou lotada. Só não pior porque ela é gigante.

Hoje acordei com vontade de compartilhar tudo e conversar com as minhas meninas até pra saber das novidades delas também. Mandei mensagem no grupo e marcamos de almoçarmos fora.

— Bom dia amor! — Matheus falou bocejando. Eu larguei o celular na cama e me virei pra ele.

— Bom dia baby! — dei um selinho na ponta do nariz dele.

— Acordou agora também? — perguntou.

— Um pouquinho antes, nem desci ainda. — contei.

— Deve tá uma bagunça. — ele riu e eu assenti. — Que ideia doida de todo mundo dormir aqui.

— Muito álcool na mente de todos, até teu pai tava bêbado. — eu disse relembrando.

— Nossa, verdade. — ele falou com os olhos arregalados e depois me encarou. — Você acorda tão linda assim mesmo ou se maquiou pra eu te ver acordar?

Eu empurrei ele na cama rindo. — eu sou linda a todo momento meu amor, não preciso de makes!

— Eu sei. — ele veio pra cima de mim. — Te amo te amo te amo te amo. — encheu meu rosto de selinho.

— Aiii quero ver falar assim no altar. — disse.

— E vai ver, daqui há uns três meses tô eu te fazendo passar esse micão. — voltou a se deitar ao meu lado.

— Nós somos muito loucos cara! — eu ri. — Agora vai escovar esse bafo e vamos descer.

Ontem conversando com a família, Matheus de louco decidiu que queria casar assim rápido e do nada, eu achei equivocado, mas o resto da minha família botou tanta pilha que até eu concordei.

Malu disse que conhecia uma pessoa que fazia eventos rápidos e ficava uma maravilha, diz ela que era uma ex do Pedro e fez até careta, mas que me indicaria, eu ri muito da dr dos dois.

Esperei ele escovar os dentes e colocar uma roupa porque eu já tinha feito, só não tinha tido a força de vontade de descer mesmo, desliguei o ar condicionado e levantei.

— Vou almoçar com as meninas hoje! — avisei puxando ele pra um beijinho antes de descermos.

— Ali e Jade? — eu assenti. — Poxa, nem me convidam.

— Para de graça, marca com a Alicia outro dia, hoje é meu dia. — disse e ele me mandou lingua.

Eu ri puxando ele pra sair do quarto.

— Olha os noivos vindo aí. — Mari anunciou da mesa onde estavam tomando café da manhã.

— Acho que Mariana tá mais ansiosa pro casamento deles do que estava pro nosso. — João, o marido dela, disse.

— Até porque casamos bêbados numa capela em Vegas, ou seja, nem deu tempo. — ela disse fazendo careta.

— Sério mamãe? — Laís, a filha dela mais velha, perguntou.

— Não filha, mamãe tá brincando. — ela disse mostrando seriedade e nós caímos na gargalhada.

— Aí aí, meu casal mais louco. — disse abraçando ela por trás e depois puxei uma cadeira ao lado pra me sentar.

— Mais louco do que tua prima com o meu filho? Porque sinceramente, sei não hein. — a mãe do Pedro, que também era mãe do Phelipe e ainda casada com o pai do Matheus disse.

— É, não dá pra competir mesmo. — concordei.

— Assim vocês me ofendem. — Malu disse fazendo bico.

— É amor, tu me fez ir até Nova York pra aceitar ficar comigo de vez depois de anos, então sabe... não é difícil concordar com eles. — Pedro se deu por vencido e ela deu um tapinha nele.

— O que importa é que agora tá grávida do segundo filho. — Luan, marido da irmã do Matheus, lembrou.

— Fala não, quando acordei do coma e vi esse barrigão eu nem acreditei. — Bruno bufou. — Agora até eu tô casado esperando um filhote.

— As nossas histórias são muito loucas, sério. Ninguém barra não, melhor grupo da vida. — Sarah disse amorosa.

— São maravilhosas mesmo, agora com essa criançada tá foda. — Karine disse olhando pra elas na sala.

Era uma criançada mesmo. Só na sala tinham 7 crianças, e vinham mais duas que estavam na barriguinha, ou mais dois, ou mais uma dupla.

— Tá ok, já falamos demais de vocês, agora quem é principal aqui é meu filhote e minha cunhadinha. — meu sogrinho disse.

— Obrigado pai. — Matheus disse dando uma mordida no pão.

— Aí meu Deus nem acredito que meu irmão vai casar! — Karine disse emocionada.

— Nem eu acredito que minha irmã vai casar. — Bruno fez careta e eu mandei língua.

— Meu pai adorou, tá? — eu disse jogando na cara dele.

— Me surpreendi com ele no jantar de ontem, teve uma ótima reação. — minha prima, Malu, disse.

— Né? Não ficou igual um bobão como o Bruno. — Matheus provocou.

— Não me provoca, Matheus. — ele disse.

— Aí Bruno, vá te tomar no cu vai? — disse sorrindo falsamente pra ele que riu mandando o dedo do meio.

— É uma delicadeza sem fim. — meu pai ironizou.

Nós ficamos rindo e conversando durante o café da manhã todinho até que todo mundo foi indo embora. Óbvio que ainda fiquei um pouco com as crianças que eu era apaixonada e depois deixei Matheus pra encontrar com as meninas.


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