Era uma vez, Ali

By websmary_

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autora: juwebs_ Quando Tina, a filha mais velha de um casal, completa 10 anos de idade, seu pai conta a histó... More

Notas
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último capítulo
agradecimentos

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By websmary_

— Investe em mim, aposta tudo em mim, eu prometo te fazer feliz! — cantei enquanto dançava com Phelipe.

Já eram umas 19h da noite. Tínhamos bebido todas, mas estávamos de boa, só alegres.

Tocou todo tipo de música, até que decidimos colocar um forró de leve pra rirmos e dançarmos. Tava a coisa mais hilária do mundo.

Eduarda e Matheus dançando desengonçados, Daniel e Alicia rindo muito já que Daniel tava fazendo todo tipo de passinho com ela, pirueta, pegando no colo, e bla bla bla.

Já eu e Phelipe estávamos dançando no ritmo da música, pra lá e pra cá. Ele era um moleque muito legal, se não fosse meus mil problemas com seletividade pra caras eu daria uns beijos.

— Me ensina por favor, como que faz pra te esquecer!? — Matheus cantou numa intensidade que só pra Eduarda.

— Já que me ensinou a beber, já que me ensinou a beber, me ensina por favor, como é que faz pra te esquecer? — Alicia continuou.

Uma mão do Phelipe estava em volta em minha cintura e a outra entrelaçada na minha na altura dos nossos rostos. Nossa cintura balançava numa sintonia boa ao som da música.

— Até que você tem um molejo bom, dá pro gasto. — eu provoquei.

— Pro gasto? Ora ora ora Jade, não esnoba de mim não. — ele abriu um sorriso safado falando perto do meu ouvido.

— Esnobar? Jamais! Apenas surpresa com sua habilidade, apenas. — debochei.

— Também fiquei surpreso quando vi que você era legal, tinha uma cara de nojo que só. — ele disse se afastando de mim quando eles trocaram de música.

Eu abri um bocão como se estivesse ofendida e cruzei os braços.

— Nojenta é tudo que eu não sou, senhor Phelipe. Julgou errado, viu? Bolei agora. — fiz beicinho.

— Ahh, não faz essa cara que eu não aguento. — ele apertou minha bochecha. — Foi só um achar, agora sei que você é gente fina pra cacete.

— Tanto assim? — olhei nos olhos dele.

— Tanto assim! — sorriu retribuindo o olhar.

Ficamos nos encarando sem dizer absolutamente nada. Não tinha um motivo pra isso, nem um clima diferente, sei lá.

— Se eu não te considerasse meu mais novo amigasso, até poderia te dar uns beijos. — eu disse franzindo os olhos. A bebida...

— Até podia ser! — ele engoliu a seco e continuou me olhando.

— Churras animado esse, hein!? — uma voz soou vindo da porta de vidro que separava a área externa da interna.

Desviei o olhar do Phelipe pra prestar atenção em outra coisa. Eu não precisava arranjar um problema no grupinho que tava acabando de se formar, e eu real curti ser amiga e não misturar as coisas.

Fora que eu tinha acabado de sair de um relacionamento, e sinceramente, não sei se superei ainda. Não precisava tapar buraco, não queria magoar ninguém.

ALICIA

O irmão do Phelipe chegou e fomos todos paparicar a filhinha dele, Analu. Uma gracinha total, e eu fiquei conversando com tio Rafael, pai do Matheus, pra matar a saudade.

— Precisava de uma cerveja mesmo, nossa senhora! — Malu falou virando um copo inteirinho.

— Nem fala, cuida um pouquinho da sua sobrinha pra eu beber com a patroa um pouco. — Pedro falou pro Phelipe.

— Beber da nossa cerveja ainda! — Phelipe balançou a cabeça negativamente.

— E daí? Quantas vezes tu não se aproveitou da minha bebida e ainda era menor de idade? Ingratidão não hein pirralho. — ele respondeu e o Phe mandou o dedo do meio.

— Phelipe é chato, pode beber a vonts gente! — Matheus falou apertando a bochecha da Analu que tava no colo da Duda.

— Eu beberia de qualquer forma, meu cunhadinho não me intimida não. — Malu disse mandando um beijo no ar pra ele.

Nós rimos. — sabe que eu amo vocês! — ele disse com um sorriso cínico no rosto.

Ficamos trocando ideia com a família dos meninos e até que eles também eram super gente boa. Já conhecia a Malu de SP, mas como eu disse, nunca foi muita intimidade.

Acabou que Jade foi embora primeiro, Phelipe acabou subindo pra se arrumar que tinha um rolê com outro pessoal e nós ficamos sozinhos.

— Ali, vou dormir aqui na casa do Matheus hoje, quer ficar por aqui ou pega um uber pra casa? — Eduarda me puxou no canto.

— Aí amiga, vou de uber pra casa tranquila. Tenho trabalho pra entregar e mais currículo pra mandar na internet, fica de boa aí. — eu disse.

— Então tá, qualquer coisa pede pro Daniel te acompanhar no uber. — eu assenti mesmo sabendo que não faria.

Me despedi do pessoal que ficou, dei um beijinho na Analu e fui com Daniel pra frente da casa pedir o uber, aproveitar pra beijar na boca.

— Hoje foi muito bom, sem problemas, sem confusão. Tem tempo que não dou um rolê tranquilo assim, gostei de passar o tempo com vocês! — Daniel disse encostando ao meu lado na parede.

— Foi legal mesmo, mas se você sente falta de estar de boa, por quê vive com esse moleque que ninguém gosta? — questionei.

— É complicado, Ali. Eu tenho pena dele e curto de qualquer jeito sair com o cara, a gente se diverte pra caralho, mas ele tem lá os defeitos dele.

— Hum, entendi. Quem sou pra opinar, mas me admiro já que você é bem na tua, na paz. — dei de ombros puxando o celular.

Ele ficou calado pensativo enquanto eu pedia o meu uber, eu percebi. Não sabia qual era a dele, na verdade, eu não entendia qual era a de ninguém.

Todos por aqui pareciam ter seus fantasmas e eu meio que tava perdida nisso, até porque tudo que eu queria era me divertir, sem tretas e sem brigas. Se fosse preciso me afastar, eu também o faria, mas precisava primeiro do meu domingo que eu tiraria o tempo só pra mim, pra tentar entender as coisas como estão sendo.

É o tal do irmão do Daniel, com problemas com o amigo dele, que tem problemas com a tal Raissa, que trás intriga pro Matheus e pra Duda... uma doideira sem fim, mas que parecia tudo ter um mesmo sentido. Só uma sensação, e eu só não queria que essas coisas apagassem a minha luz, já bastava a negatividade do meu ex que me livrei.

— Ei, antes de ir embora, me dá um beijo!? — ele chamou minha atenção. Olhei pra tela do celular e faltavam uns dez minutos pro meu uber chegar. — Tá apreensiva com alguma coisa?

Levantei a cabeça na direção dele e abri um sorriso leve. Não estava bolada, nem triste com nada, só pensativa, mas não iria transparecer.

— Nada, que isso. — andei pra mais perto dele. — É claro que te dou um beijo.

Coloquei minha mão na bochecha dele e me aproximei mais ainda juntando nossos lábios. Ele me puxou pelo short jeans grudando nossos corpos.

O abracei pelo pescoço continuando o ritmo lento e romântico do nosso beijo. Ele chupava meu lábio inferior lentamente e brincava com sua língua na minha boca. Terminamos o beijo com selinho e ele colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.

— Você é especial! — ele sorriu.

— Como assim? — ri sem graça.

— Gosto da energia quando tô com você, aliás, qualquer um gosta. Teu sorriso contagia demais! — acariciou minha bochecha.

— Que bom, né!?

— Muito bom! — ele assentiu freneticamente. — Ah, esqueci de te falar, meu irmão mandou você passar lá amanhã na academia pra conversar com ele sobre a vaga de emprego.

— Domingo? — estranhei.

— Eu sei, esse moleque é maluco, mas é que domingo ele fica lá sozinho fazendo sabe se lá o que, acho que ele aproveitou pra conseguir conversar com você sem a barulheira da academia, mas se você não se sentir à vontade eu marco segunda.

— Pode ser amanhã, só achei estranho, mas o quanto antes eu arranjar emprego, melhor pra mim. Que horas?

— Te passo a hora e o endereço por mensagem, ok? — ele disse e apontou com a cabeça pra trás de mim. Quando olhei o uber tinha chegado. — Vai com Deus, gatinha. Me avisa quando chegar!

Assenti dando um selinho nele e entrei dentro do carro. A mente já começa a querer lotar de pensamentos loucos e ansiosos, mas nunca fui uma pessoa assim e não seria agora que eu iria ser.

Apenas me concentrei no que vim fazer aqui. Estudar, arranjar um emprego, continuar com os amigos que conheci aqui que me transmitiam coisas boas como Jade, Matheus, Phelipe e Duda e enfim, seria isso. O resto iria ver no que ia dar.

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