Era uma vez, Ali

By websmary_

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autora: juwebs_ Quando Tina, a filha mais velha de um casal, completa 10 anos de idade, seu pai conta a histó... More

Notas
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último capítulo
agradecimentos

10

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By websmary_

Todo mundo já estava embrazado, Vinicius totalmente fora de si e eu só esperando alguma oportunidade pra ficar a sós com a Alicia.

— Vamo lá no bar? — cutuquei ela por debaixo da mesa.

— Por que? O carinha tá atendendo a gente aqui na mesa mesmo. — ela disse toda inocente.

Eu ri sozinho.

— Queria trocar uma ideia contigo sozinho. — falei.

— Ahhh tá. — ela riu sem graça. — Vamos sim.

Ela foi levantando avisando ao pessoal que iríamos no bar e eu sussurrei pro Vinicius ir pra outra mesa pra não causar constrangimento. Ainda mais que ele não se dava bem com esse grupinho daqui e a única coisa que estava o mantendo era eu ali.

Sentamos nos bancos voltados pra o barman e ela acenou pedindo um drink da casa, eu fiquei na cerveja mesmo.

— E aí? Tá curtindo o Rio de Janeiro? — me virei pra ela.

— Tô muito, conheci só gente legal, adorando essa fase de morar sozinha, tudo perfeito. Só falta o trabalho. — ela falou sorrindo.

— Ah é, tem isso. Já falei com meu irmão sobre, ele disse que vai ver e me avisa.

— Serei eternamente grata. — rimos. — Tá com a gente desde que chegou, seus amigos não vão ficar chateados não?

— É por um bom motivo. — disse com um sorriso pervertido pegando a cerveja que eu tinha pedido.

— Ahhh, e esse motivo seria eu? — ela levou o canudo do drink na boca olhando pra mim.

— Com certeza! — ri. — Te achei maneira pra caralho, Ali. Acho que até falei isso na praia, mas é que eu nunca conheci uma mina tão calma, com uma vibe maneira assim, geralmente só aparece doida na minha vida.

— Eu fico feliz de ter causado essa impressão, você causou uma das melhores também. — ela mordeu o lábio inferior com um sorriso.

Não podia deixar de notar o quanto ela era sexy, o que deixava tudo diferenciado, já que a impressão na maioria do tempo é que ela era daquelas ingênuas, bobinhas.

Eu coloquei minha caneca de chopp em cima da bancada e desci do banco me encostando nas suas pernas. Ela também largou a taça do drink ao lado e me olhou bem dentro dos olhos me fazendo direcionar um sorriso pervertido ao olhar para seus lábios.

Ela não esperou que eu iniciasse algo assim puxando meu rosto pra perto do dela e selando meus lábios. Eu sorri entre o selinho e pedi passagem com a língua. Não era um beijo apressado, nossos lábios se encaixavam delicadamente entre si deixando vontade de beijar mais e mais.

Ela passou seus braços em volta do meu pescoço e eu a segurei pela cintura puxando ela para ficar de pé. A música, as vozes das conversas, nada disso parecia atrapalhar. Mordisquei seu lábio inferior e terminamos o beijo em selinhos.

Suspirei recuperando meu fôlego e nós rimos enquanto pegávamos nossas bebidas de volta.

— Foi um grande prazer te conhecer, Daniel. — ela sorriu de lado e esticou a mão.

— Ô se foi! — ri apertando e retribuindo o olhar nos olhos. — Nem pareceu que o bar estava lotado e que a música tava tão alta assim.

— Não mesmo! — ela disse firme dando o último gole no drink. Aproveitei pra virar o restinho de chopp e pedir um próximo.

— Quer mais um? — apontei pro drink dela.

— Eu peço lá, vamos voltar? — perguntou. — Mas sem pressa, poderia facilmente beijar mais.

— Prefiro. — balancei a cabeça positivamente animado.

Enquanto o carinha não voltava com minha cerveja, me virei pra ela de volta e a puxei pela cintura juntando nossos lábios novamente. Não mais com a calmaria de antes.

— Com licença!? — alguém nos cutucou. Larguei ela e me virei pra olhar, era um garçom. — Tem um pessoal chamando vocês e disse que era urgente.

— Valeu por avisar, irmão! — agradeci e olhei pra ela com as sobrancelhas franzidas, ela estava do mesmo jeito. — Será que deu merda com algo?

— Acho que não, que merda tem pra dar? — ela disse batendo de ombros.

Peguei minha cerveja e fui andando com ela até nossa mesa. Não era distante, mas o barman ficava bem mais pra dentro do bar e nós estávamos do lado de fora.

Na cabeça dela realmente não podia ter motivos pra dar alguma merda no dia de hoje, mas eu e qualquer pessoa que fosse do Rio de Janeiro e da nossa faculdade há muito tempo sabia que o que tinha hoje era motivo de treta. Muita gente com conflitos em um lugar só, e uma delas era meu parceiro e principalmente, meu irmão.

Chegamos na mesa e todos estavam meio tensos, menos Jade. Duda estava com uma cara de bolada, Phelipe de sem paciência e Matheus nem ali estava.

— Ué, cadê Matheus? — perguntou Alicia parando do lado da mesa.

— Foi se meter onde não está sendo chamado. — Duda revirou os olhos.

— Qual foi? — perguntei preocupado.

— Vinicius tá muito doidão, mané. — Phelipe riu de nervoso. — Tá lá na mesa do teu irmão perturbando Raissa, já tô vendo Patrick pegando ele de novo.

— Ahhhh, caô? — balancei a cabeça. Não aguentava mais essa porra.

— Melhor tu ir lá! — Eduarda falou e eu assenti.

Alicia tava panguando ali olhando pra gente sem entender nada encostada na Duda fazendo carinho em sua cabeça.

— Vou lá e depois volto, jae? — dei um selinho nela que assentiu.

Estava cansando de ter que entrar em problemas do Vinicius. Gosto pra caralho do moleque, principalmente de curtir com ele, mas ele sem sombra de dúvidas carregava uma parada negativa com ele que não dava pra contestar.

Esse problema dele com Raissa já estava tão repetitivo que na boa, a minha vontade era deixar ele se foder na mão de quem entrasse na briga por ela, só que no caso hoje, era meu irmão. E eu sei, que qualquer outro talvez não tenha culhão de entrar na briga com Vinicius, mas o Patrick nunca se aguentou e com ele então...

ALICIA

Daniel foi em direção da mesa do irmão dele resolver problema do amigo e eu puxei uma cadeira pra me sentar. Eu que não ia esquentar minha cabeça com problemas que eu nem fazia ideia de onde surgiam.

— Avisando e dando selinho? Que isso, tá namorando já? — Jade riu olhando pra mim.

Senti minha bochecha queimar pensando na cena e na brincadeira dela.

— Que que tem, ué? Ele é fofo. — falei rindo envergonhada.

— Então é isso? Vai namorar? Daniel é meio emocionadinho, hein. Moleque é maneiro e tal, mas sei não, ele é meio apegado nas minas que ele pega. — Phelipe contou bebericando sua cerveja.

— Aí gente, é claro que eu não vou namorar. — disse como se fosse óbvio. — E mais, eu tô curtindo o menino, mas não é a minha intenção ter algo sério, se ele está com essa intenção, fazer o que, vai ter que aguardar a minha boa vontade e ainda surgir sentimentos.

— Aham, sei. — Jade debochou com Phelipe. Esses dois muito farinhas do mesmo saco, já tava vendo eu sendo gastada toda vez.

— E você, amiga? Tá bolada por quê? Me contem qual é dessa treta direito. — pedi vendo Eduarda quase soltando faísca pelo nariz.

— Resumindo bem resumidamente: a ex que o Vinicius foi babaca é a Raissa, que tá na mesa com o irmão do Daniel porque é amiga da mina que o Patrick pega, a Rebeca. Com base nisso, o problema de hoje é que Vinicius foi perturbar a mina logo na mesa de quem não gosta dele, o Patrick/irmão do Daniel.

— Meu Deus, que loucura! — ri não entendendo nada. — Mas que que Matheus tem a ver com isso, minha gente?

— Alicia, pensa! — Eduarda olhou séria pra mim. — A Raissa é aquela mina daquela treta que eu tive com Matheus outro dia, e ele tá lá, defendendo ela. Tudo bem que ela realmente sofreu na mão do Vinicius, mas que que ele tem que se meter? Ai que ódio.

— Ahhh, agora tudo faz sentido. — assenti. — Matheus é foda, cara. Quer que eu vá lá?

— Pelo amor de Deus, Alicia. Não se mete nisso, do jeito que tu é lerdinha vai acabar machucada no meio da porradaria. — Jade pediu.

Eu ri. — mas vocês acham que vai dar porradaria?

— Hum, quase certo. Dá última vez eles foram expulsos daqui, Vinicius, Patrick e Daniel que sempre tá no meio pra separar. — Phelipe disse.

Neguei com a cabeça reprovando aquilo tudo. É, parece que não é tão tudo lindo como eu tinha imaginado desse meio daqui.

Decidi nem ficar pensando muito nisso, em nenhum aspecto o problema era meu, então pedi mais um drink e fiquei trocando ideia com Jade e Phelipe, já que Duda tava real muito puta e eu que não ia mexer com a fera, até porque eu entendia as suas razões.

Fiquei lembrando do meu beijo com Daniel, foi bom pra caralho, melhor do que eu tinha imaginado e mesmo que eu não quisesse nada sério, era bom pensar que eu tinha arranjado alguém pra futuros relacionamento, não namoro, mas quem sabe uma amizade colorida ou até um contatinho fixo. Gostei real e achei que a vibe dele combinava super com a minha.

— Puta que pariu, vou lá. — Duda xingou levantando nervosa da mesa e correndo.

Quando olhei pra trás era o que de fato eles falaram que ia acontecer: porradaria. Jade levantou pra olhar assim como metade do bar e Phelipe ficou rindo enquanto balançava a cabeça negativamente.

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