Giostra - Máfia Siciliana (CO...

By edith_v4rgas

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Diabo. Foi assim que Ettore Bertinelli passou a ser chamado por aqueles que tinham suas vidas em uma balança... More

Nota das autoras
Cast
Epígrafe
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12 parte 1
12 parte 2
13
14
15
16
Bônus
17
18
19
20
21
22
23
Bônus
24
25
26 parte 1
26 parte 2
27 parte 1
27 parte 2
28
29
30
Bônus
31
32
33
34
35
Bônus
36
37
38
39
40 parte 1
Bônus
40 parte 2
41
42
43
44
46
47
48
49
50 - ÚLTIMO CAPÍTULO
Epílogo
Agradecimentos
EXTRA

45

5.3K 372 40
By edith_v4rgas

𝙴𝚃𝚃𝙾𝚁𝙴

E naquela manhã Sicília acordou com mais uma bomba. Para mostrar que Ettore estava confiante demais que tudo estava bem, acreditando demais que todos os problemas estavam resolvidos e que poderia dar a atenção que gostaria para a sua esposa e filha, mas como não é de sua novidade não estava surpreso. Estava mais acostumado do que gostaria com as coisas dando errado.

Aquele anjo ainda estava por aí, mas depois de tantas mortes e descobrir tantas coisas, a única pergunta que restava era: Quem é aquele anjo? Já não tinha uma lista tão grande de opções.

Os nomes que estavam passando em sua cabeça era todos femininos e tinham a ver em como sua filha deveria se chamar, não com aquele covarde que continuava insistindo em mexer com coisas que não deveria.

Ettore só podia contar com os muitos advogados e, principal, com Fabrizio para fazer com que tudo aquilo sumisse. Noticias como aquelas levantavam suspeitas e chamava a atenção da policia. O que era um atraso e que poderiam realmente descobrir que aquilo não é apenas fofoca como Ettore gosta de fazer parecer que seja.

― Agora que os dois estão juntos poderiam trazer a única resposta que eu quero. ― Ettore já estava sem paciente com aquele assunto.

Na sua frente estavam Dante e Guillermo. Uma vez que Helena estava em casa eles podiam, finalmente, trabalharem juntos e não seriam mais sozinhos e quem sabe teriam mais sorte em achar aquela resposta. Tudo na internet deixa um rastro, como estavam sabendo e divulgando aquelas informações sem deixar nada para trás?

Era impossível que fossem mais inteligentes que Copolla e Salvatore, por tal motivo que foram escolhidos para estarem na equipe e dentro do ciclo de confiança de Bertinelli, pelo pensamento rápido e fora da caixa e agora ambos estavam com cara de idiota. Como se ele estivesse pedindo uma coisa impossível.

― Não é tão fácil quanto parece, senhor. ― Guillermo começou. ― Normalmente as informações saem de um lugar especifico e assim, como rede, se espalha, mas sempre parte de um ponto e desse jeito conseguimos rastrear o local de onde vem e quem que está disponibilizando essas informações.

― Mas isso, esse anjo, está nos deixando completamente no escuro. É impossível saber de onde vem, parece que ele está em todos os lugares. Rastrear ele é como sempre terminar em um beco sem saída. Ele nos dá à esquerda, mas quando chegamos lá somos direcionados para a direita, mas ele nunca está.

Ettore socou a mesa e se levantou. Dante e Guillermo trocaram olhares rápidos entre eles.

― Vocês estão me dizendo que é impossível? ― Ele perguntou, negando com a cabeça. ― Que vocês são incapazes de fazer isso? Que eu tenho que ficar sentado esperando que tudo que ele saiba não seja o bastante para me incriminar? Tudo bem.

― Está tudo bem mesmo, chefe? Nós dois precisamos de mais tempo.

― Não, Dante. Não está nada bem. ― Guillermo respondeu. Estava mais tempo com Ettore e sabia daquelas ironias. ― Isso quer dizer que não temos mais tempo, que o que tínhamos já se esgotou.

Ettore concordou, sorrindo, mas logo voltou a ficar sério.

― Agora saíam daqui e só volte quando tiverem a resposta que eu preciso. ― Ele abriu a porta do escritório e observou ambos saírem de cabeça baixa, assim que eles passaram ele bateu a porta com força.

Bastou que se sentasse para escutar algumas batidas na porta. Ele respirou fundo, passando as mãos pelo cabelo, não tinha perdido aquela mania, mas também sabia que não adiantava em nada. Ele pediu para entrar.

Será que não teria um minuto de paz naquele inferno?

Entraram Augusto, Gabriel, Fabrizio e Bento. Os dois primeiro ocuparam as cadeiras vagas frente à mesa e os dois últimos sentaram no sofá no canto da janela. Ettore não entendeu o motivo daquela visita, mas podia imaginar algumas opções.

― Qual o motivo dessa reunião? ― O Bertinelli perguntou a fim de acabar com as suas duvidas.

―Primeiro: Parabéns pela menina e por ter de volta a sua esposa. Deu tudo certo e acabamos com os piores de nossos traidores. ―Augusto começou a falar. ―Mas e o anjo? Não se fala outra coisa em toda região. O mito do diabo atrelado a um anjo divulgando coisas sobre tua família não é bom.

Não. Não teria. Ele respondeu mentalmente a pergunta de minutos atrás.

― Dante e Guillermo não sabem de nada. ― Ettore resmungou. ― Eu esperava que depois de tudo ele fosse um dos mortos.

― Ele pode até ser. Mas pense bem, pode ter deixado instruções para alguém. ― Fabrizio deu a ideia, de fato parecia uma opção muito boa, mas isso significava que agora tinha um completo estranho sabendo de tudo.

Mas aquela opção podia ser descartada uma vez que na matéria tinha uma foto de dois dias atrás, assim como dizendo sobre a volta de Helena. Os mortos não tinham como saber daquilo, ainda mais o tempo exato da gravidez de sua esposa.

― É pouco provável. ―Bento deu firmeza aos pensamentos do Don. ― É alguém que ficou vivo, alguém que não imaginamos, mas se não imaginamos como vamos descobrir?

Duas batidas na porta e Ettore viu um de seus seguranças abrir a porta e entrar. Ele não deveria estar dentro de casa, ainda mais ali, foi a única exigência que realmente fez. Não queria expor a sua esposa aquilo.

― Senhor, pediu que fosse avisado sobre alguns problemas.

― O que foi? ― Ettore perguntou já se levantando.

― É o irmão da senhora Bertinelli. ― Ele anunciou e careta que Ettore fez foi indescritível. ― Ele está aí, junto da mãe, querendo ver a senhora. A única que não apareceu foi Helen.

Era só aquilo que faltava. Ettore pediu a licença e saiu do escritório, indo atrás do segurança, mas assim que chegou a sala escutou algumas vozes diferentes seguidas de risadas. Precisou voltar alguns passos para ver de quem se tratava; era a sua esposa, Vivienne e na outra ponta do sofá tinha um rosto diferente, mas que conhecia, Eliza.

Era estranho ver aquelas mulheres reunidas, ainda mais em sua sala e um ambiente tão tranquilo, regado a risadas. Mas ele veria aquilo depois, seguiu para o lado de fora da casa e foi onde encontrou Pietro e Eugênia.

― Eu vou perguntar apenas uma vez. O que querem?

― Achei que fosse óbvio, não viemos por você. Queremos ver Helena. ― Pietro, se achando o esperto, respondeu.

Ettore deu uma risada e fiz um sinal para o segurança, no segundo seguinte ele estava sério e tinha uma pistola em sua palma.

― Só me fala mais uma gracinha. ― Ele apontou a arma na direção do cunhado. ― Você não está em posição de fazer essas graças e eu não tenho paciência par aturar isso.

― E vai fazer isso aqui? Minha irmã está bem ali, grávida e não deveria ser exposta a isso.

O Bertinelli atirou, mesmo sem intenção de acertar o cunhado, sua esposa estava a poucos metros dali, acertando o lado direito do pé de Pietro.

― O próximo eu não vou errar, então eu peço, gentilmente, que vão embora. ― Ele guardou a arma quando recebeu um toque do segurança.

― Amor? ― Ele arrumou a postura assim que ouviu a voz de sua esposa, escondendo a pistola corretamente no cós de sua calça e colocou o suéter que usava em cima. ― Você está aqui, amor?

Helena apareceu um tempo depois. Ettore observou a sua expressão, mas diferente do que esperava que ela fizesse ela abraçou o marido, não correu em direção a sua família. Sem sorrisos exagerados, mostrando confiança. Ele gostou daquela reação.

― Minha filha! Está linda e parece tão bem! ― Eugênia mudou a expressão rapidamente. O pavor deu lugar a felicidade, assim como algumas lágrimas fugiram de seus olhos.

― Mãe. ― Ela sorriu e só então se aproximou da mãe, abraçando sua progenitora apertado. ― Eu estou bem. Eu e minha filha somos muito bem cuidadas pelo meu marido. Ele se preocupa conosco.

O tom de voz de repente se tornou ríspido e Helena aos poucos afroxou o abraço até se afastar por completo.

― A gente também se preocupa com vocês. ― Pietro tomou a voz e puxou a irmã para um abraço. ― E sabe que faríamos de tudo para a segurança de vocês duas. Apesar do sobrenome agora diferente, vocês são D'Angellis. Lutamos pelos nossos.

― Chega. ― Ettore se aproximou apenas o suficiente para acabar com aquele contato. ― Já se viram e agora podem ir embora.

Eugênia negou com a cabeça e se aproximou, segurando no braço de Ettore.

― Não, por favor, filho. ― Ela soltou o braço e se ajoelhou no chão. Parecia verdadeiramente desestabilizada. ― Você tem uma filha a caminho, sofreu com a distância. Não tire a minha menina de mim dessa forma. Eu te imploro, Ettore. Eu faço qualquer coisa para que me permita ficar por perto.

Ettore olhou de sua sogra para a sua esposa, buscando nela uma resposta.

― Somos sua família. ― Pietro não se ajoelhou, mas deu apoio a sua mãe. ― Você já acabou com tudo e com todos, e se estamos aqui tem um porquê. Estamos limpos.

― Mãe, minha tão amada mamãe. ― Helena impediu que seu marido respondesse. ― Eu te amava mais que tudo no mundo. Quando eu estava me sentindo sozinha, com medo, sempre procurava por você, quando estava feliz e queria compartilhar a vitoria também procurava por você. Mas enquanto eu a amava, a via como uma guerreira, você via a mim como uma moeda. Sabia desde o início o plano de papai e quando contei sobre a minha gravidez você não defendeu a mim, nunca escolheu a mim e agora... Agora quer implorar para ter um espaço na minha vida?

― Estou arrependida! Não tem um dia que não pense nisso, você não tem noção de tudo que eu passei e tudo que estou passando. Seu pai está morto! Morto! O seu marido matou o meu. Me tirou tudo! Helen está desaparecida. Ninguém nessa cidade me dá uma oportunidade, todos viraram as costas para mim. Não seja egoísta, não comigo, filha. Fique com o seu assassino, mas não me abandone na miséria.

Helena não conteve o impulso e aproveitou da posição para dar um tapa forte no rosto da mãe.

― Hipócrita. Aponta o dedo para o meu marido, julga e culpa, quando foram vocês que fizeram de tudo para que ele fosse o meu marido. E se Lorenzo ― Helena parou de falar por um segundo para cuspir, como se tivesse nojo daquele nome. ― Está morto é culpa dele mesmo. Ele cavou a própria cova. Você não está arrependida. Deus sabe que não está. Você só está sem nada. Perdeu e não contava com isso, agora sustenta a tua derrota.

― Você está sendo

― Não ouse terminar essa frase. ― Ettore interrompeu Pietro no instante que ele começou. ― Tirem eles daqui.

O Bertinelli ordenou para os seguranças e em menos de um segundo eles já estavam sendo arrastados para além dos portões. Helena se agarrou ao marido, chorando desesperada, demonstrando uma estranha vulnerabilidade.

― Eu nunca vou permitir que minha filha passe por isso. Isso é uma promessa. ― Helena resmungou entre o soluço. Tinha confiança, mas também ameaça.

― Ela sempre vai estar segura, amor. ― Ettore beijou a testa de Helena enquanto acariciava as suas costas, dando apoio a esposa. ― Vamos cuidar bem dela. Nada vai estar acima dela.

Com bolinha tudo seria diferente. Precisava ser diferente.

_____________________________

Olaaa, menineessss! Espero que estejam bem, porque o coração aqui já está abalado.

Alerta de spoiler: Nascimento de bolinha.

Próxima parada: Cardíaca.

Estamos cada vez mais próximos do fim, mas se não existem fins, apenas recomeços, vocês gostariam que a história continuasse a ser contada, mas pelo ponto de vista da herdeira?

Um beijo e até a próxima. 😙❤

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