Unidos pelo Passado

By LuhannaNunep

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Robert Gardner é um dos maiores arqueólogos do mundo, tem um novo desafio ao ir em uma expedição no deserto m... More

Prólogo
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Epílogo

Capítulo 01

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By LuhannaNunep

Jasmine

- "Obrigada por me trazer Clark, meu pai saiu muito apressado de casa e acabou se esquecendo de mim." - eu o agradeço.

Clark me deu uma carona me deixando há apenas alguns quilômetros da escavação. A viagem foi boa, bastante tranquila mesmo com pequenas turbulências, que fez meu coração quase parar na boca.

Nunca vou me acostumar com viagens de avião, prefiro mil vezes viajar de barco ou de carro.

- "Não precisa agradecer, eu já  mesmo tinha que vim buscar um ricasso por essas bandas, ele está de férias e seu avião particular estar com problemas." - ele diz e eu o olho com o cenho franzido.

- "Suponho que estejam te pagando bem. É uma viagem bastante longa." - digo enquanto pego minha bolsa e minha mala.

- "Querida, ele está me pagando o equivalente a 3 meses de salário. É muito bom ser dono desse avião ter um hangar onde estacionar no aeroporto. Afinal, essa não foi uma decisão tão estúpida como disse meu pai." - ele disse irritado e ao mesmo tempo rindo.

- "Bom, mais uma vez obrigada pela carona."

- "Se precisar qualquer coisa me avisa, você sabe que estou sempre viajando e se eu estiver por perto posso ser de grande ajuda." - eu nego com a cabeça.

Clark é o homem mais cabeça dura e leal que eu conheço. Ele não é como o meu pai, que se derrete quando aparece um Anthony Bennett.

Dou um beijo em sua bochecha e caminho até onde fica os táxis. Preciso chegar no local da escavação o mais rápido possível. Conhecendo o meu pai como conheço, ele deve estar completamente confuso sem saber por onde começar.

Depois de duas horas de viagem, eu já estava derretida no banco de trás do táxi, o carro não tinha janelas na parte traseira já que o carro só tinha duas portas. Eu estava muito cansada e toda suada, eu só queria tomar um bom banho antes de entrar no local onde iríamos escavar.

Desde pequena eu amava a areia, amava o quão desconhecida e misteriosa ela poderia chegar a ser. Debaixo dela se escondia tesouros incalculáveis de muitos anos atrás. Escondia história de guerras onde milhares de pessoas haviam morrido por seu rei, escondiam grandes histórias de amor que duravam anos e anos. Escondia belos tesouros preciosos. Também nos conta histórias de como a humanidade cresceu durante os anos e como retrocedeu também.

A areia esconde muitas coisas e eu quero ser a pessoa que irá descobri-la uma por uma. Quero que o sobrenome do meu pai, que com tanto orgulho ele me deu, seja conhecido por milhares de pessoas.

Há coisas que estão escondidas no mais obscuro dos segredos, que são necessários que a gente os conheça.

- "Senhorita, nós já chegamos." - o motorista do táxi diz.

Eu lhe pago a corrida e desço do carro. Sorrio ao sentir o ar fresco bater em minha pele, é tão bom sentir essa sensação.

De longe vejo várias pessoas conversando e discutindo, no meio dele está o meu pai, ele está descontrolado e gritando maldizendo por todos os cantos. Talvez ele tenha perdido alguma coisa, de novo.

Caminho lentamente até onde eles estão, até agora, ninguém percebeu minha presença.

- "Não é possível que tenham perdido as ferramentas. Elas são novas e precisamos delas para poder começar a escavação. Precisamos delimitar onde iremos começar e colocar os reforços para que não desabe nada. Essas coisas não podem ter sumido assim. Onde será que estão?" - ele diz desesperado.

Uma coisa que poucos sabem sobre meu pai, é que quando ele perde alguma coisa, por mais pequeno que seja, ele fica muito nervoso e ansioso. Isso faz com que meu pobre pai tenha uma crise de angústia extrema.

- "Normalmente as ferramentas ficam ao lado da carga, exatamente dentro da caixa vermelha." - digo enquanto deixo minhas coisas no chão.

Meu pai dá meia volta e me olha da cabeça aos pés.

- "Minha pequena!" - ele diz animado e eu estou a ponto de explodir.

Vendido! É isso o que ele é, um vendido.

- "Aonde vou dormir? Isso se é que eu tenho onde dormir." - digo de forma fria.

Ele parece surpreso com minha fala e ele me olha com a sobrancelha levantada. O que você quer que eu diga? Ele veio pra cá me deixando sozinha em casa. Pra falar a verdade, eu nem deveria ter vindo, já que ele tem meu substituto bem ao seu lado.

- "Do que você está falando? Sua barraca está montada e todas as suas coisas já estão lá dentro. Nós estamos há dois dias atrasados e isso é muito dinheiro perdido." - ele diz e eu simplesmente nego com a cabeça.

Pego minha mala e me dirijo para a barraca que ele me indicou. Quando entro nela, vejo que ela é bem espaçosa e que aqui dentro tem várias caixas seladas, com todos os meus materiais de trabalho.

Deixo minha bolsa em cima da cama e a primeira coisa que faço é pegar uma garrafinha de água. O calor está de matar e poder beber uma boa água fresca, é maravilhoso.

Depois abro minha mala e de dentro dela, pego uma calça térmica na cor café claro, uma bota cano médio na cor preta e uma blusa de manga na cor café escuro, além de um sutiã combinando. Eu detesto usar sutiã, mas preciso usar pelo bem das minhas costas.

Eu sempre soube que tinha um corpo chamativo. Não sou do tipo de mulher que tem os quadris avantajado mas eles chamam bastante atenção, tenho uma bunda bonita e uma grande comissão de frente. Quando estava na época de escola, eu sempre usei sutiãs apertados para tentar diminuir um pouco o volume. Segundo o meu médico, meu desenvolvimento se desatou com força aos 12 anos e foi prematuro. Por isso, meu corpo aparentava ter mais idade do que tinha. Com o tempo e alguns ajustes, tudo ficou em seu lugar, exceto os meus seios.

Me troco rapidamente para ajudar o meu pai. Passo um pouco de protetor solar em meu rosto, coloco o meu chapéu e saio da barraca.

Procuro o meu pai pelo acampamento e vejo que ele está de olho na equipe que já está delimitando a área onde vão começar com a escavação. Não estou muito segura de que esse seja o lugar adequado, mas isso é coisa do meu pai e do seu novo amigo.

Deixo minha bolsa com minhas ferramentas no chão e começo escutar atentamente como ele dá as ordens.

- "Começaremos nesse lugar. Não sabemos o que encontraremos debaixo de nossos pés. Vocês precisam usar seus equipamentos com segurança. Começaremos a escavar e uma vez que chegarmos a mais ou menos um metro de profundidade, colocaremos os pilares e depois continuaremos escavando. Todas as pedras e a areia que vocês forem tirando, precisa ser examinada para não deixar nada passar despercebido. Qualquer coisa que aparentar ser importante, será guardada e arquivada. Isso é fundamental para a escavação." - meu pai diz.

Ao seu lado está o mesmo cara que passou lá em casa para buscá-lo. Em nenhum momento meu pai se aproximou de mim para explicar alguma coisa do que ele pensa fazer.

Enquanto ele continua falando, começo a olhar em minha volta. Há muitos lugares onde poderia começar com a escavação.

Vamos sexto sentido, você nunca me abandonou. Por favor não faça isso agora. Onde posso começar a trabalhar? Olho em minha volta mas nada me chama a atenção, nem sequer o lugar onde meu pai escolheu para começar.

Um calafrio percorre as minhas costas e me faz virar para uma certa direção. Há pequenas árvores crescendo em um lugar tão árido que me faz começar a suspeitar. Me próximo do lugar e vejo que há muitas pedras e areia solta. Será?

Todos os homens que meu pai contratou começou a tomar suas posições, até que de repente reconheço um deles. Frank sorri pra mim e me lanço em seus braços. Ele tem sido sempre um tio pra mim, temos viajado por tantos anos juntos e conhecemos tantos lugares. Estou tão feliz por tê-lo aqui comigo.

- "Fiquei muito preocupado quando não te vi chegar junto com seu pai, pequena." - ele diz e meu sorriso desapareceu.

- "Meu pai está dando mais importância a presença desse cara do que a minha. Não acho que ele tenha te contado, mas quando esse homem chegou lá em casa, eles simplesmente foram embora sem mim. Estou muito magoada com o meu pai e ele ainda não veio me pedir desculpas."

- "Não fique irritada com ele. Seu pai está muito animado com essa viagem."

- "Eu sei, ele falou dessa viagem por meses mas não estou segura de que esse seja o local mais adequado para começar." - digo fazendo uma careta.

- "E por onde você começaria, sua pequena bruxa?" - eu simplesmente indico o lugar e ele suspira. - "Vou te ajudar a montar a tenda, mas o resto você terá que fazer sozinha." - Frank diz e eu beijo a sua bochecha.

Eu sabia que ele iria me ajudar com o básico. Frank me ajuda a carregar minhas coisas e depois monta uma pequena tenda onde vou trabalhar.

Coloco as minhas luvas e começo a traçar onde darei o primeiro movimento. Me sinto tão emocionada, o sangue começa a correr por minhas veias e sinto que estou com muito mais energia que antes. Vou mostrar ao meu pai que posso ser mais importante do que esse riquinho.

- "Você sabe que vamos começar o trabalho em outra parte, não sabe?" - alguém diz atrás de mim.

Fecho os meus olhos e conto até dez. Não perca a calma, Jasmine. Essa foi uma simples pergunta. Me levanto e fico de frente para ele.

Puta que pariu! Mas que homem lindo. Um pouco intimidante, mas muito lindo.

- "Eu sei, mas eu encontrei um lugar muito melhor pra começar." - digo um pouco nervosa.

Mas que merda é essa?

- "Hum, você é decidida e com iniciativa. Mas...rebelde e não sabe seguir ordens. É por isso que seu pai precisa da minha ajuda. Essa situação é uma vergonha." - ele diz isso e se vai.

Okay. Não fui com a cara desse idiota e estou com uma vontade enorme de matá-lo.

Durante milhares de anos as areias guardaram muitos segredos, se eu chegar a matá-lo, será que ela esconderia o meu?

Ah, mas que ódio!

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