Capítulo 24

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Jasmine

- "O que você quer fazer?" - Anthony me pergunta.

Estou realmente confusa com o que aquele homem me contou. Não tem sentido. Nada que tem relação com o desaparecimento de minha mãe tem sentido. Ela desapareceu nesse mundo e me deixou com meu pai. Robert Gardner é o meu pai. Mesmo que tudo diga ao contrário, ele é meu pai.

- "Quero sair pra beber. As coisas no acampamento estão calmas. Por que não vamos até o povoado mais próximo e bebemos alguma coisa?" - digo e ele me olha assombrado.

- "Desde quando você está pensando em bebida? Jamais pensei isso de você." - ele diz e eu sorrio.

- "Não é o que você pensa. É que quero beber algo tranquila. Se fizermos isso aqui, todos irão querer se juntar isso para acabar se tornando uma festa, e com certeza trará mais problemas. Estou dizendo isso porque já vi isso acontecer. As coisas ficam meio loucas e sempre acaba em briga. Eu não quero isso. Quero estar em um lugar onde ninguém me conheça, onde ninguém me julgue e assim eu posso tomar algumas cervejas tranquila." - digo e Anthony franze o cenho.

- "Você é meio rústica para bebida. Você não preferiria beber um bom whisky ou até mesmo uma boa tequila?" - ele diz e agora quem franze o cenho sou eu.

- "Não. Esqueça. Eu já tive o suficiente de ressaca de tequila e não quero encher a cara com whisky. Essas são horríveis, então eu passo. Uma amiga minha uma vez veio para uma escavação, ela me deu whisky para provar e não consegui entender porque vocês gostam de beber algo como isso. É amargo e queima a garganta. Sem contar que no outro dia você amanhece com uma dor de cabeça infernal. Não vou fazer isso de novo. Então eu passo." - digo e ele ri.

- "Quantas vezes você ficou bêbada?"

- "Apenas três vezes. Duas com tequila e uma com whisky." - digo e ele faz uma careta.

- "Que idade você tinha?" - ele pergunta e eu ruborizo.

- "Minha primeira bebedeira eu tinha 17 e foi com tequila foi em uma festa, a segunda eu já tinha 19 e a terceira foi há um ano atrás quando comemorei minha graduação. Essa foi com whisky e prometi a mim mesma nunca mais beber isso. Passei muito mal, fiquei o dia todo de cama e vomitei várias vezes, sem contar que minha cabeça parecia ter sido atropelada por um caminhão. Então não quero whisky em minha vida nunca mais."

- "Está bem, estou de acordo em sair desse lugar para beber alguma coisa, mas nós não conhecemos a região, e se nos perdemos?" - ele pergunta e eu faço uma careta.

- "Por que você tem que encontrar um mas para tudo? Isso deve ser esgotador. Você vai me acompanhar ou não?" - pergunto fazendo uma careta.

- "Você é um pouco mandona. Além do mais, não confio muito no seu sexto sentido, ele tem te metido em muitos problemas e não quero fazer parte deles. Está começando a me dar medo. Não será que você quer cometer alguma loucura e está tentando me levar junto?" - ele diz e eu me levanto rapidamente irritada.

- "Olha, se você quiser vir comigo venha, se não quiser o problema é seu. Não vou implorar para você ir comigo. Quero sair para beber alguma coisa, isso é simples. Não preciso da sua companhia para fazer o que eu quero." - digo irritada.

Se ele não quer vir comigo, então não venha, não tem necessidade para tanto show por algo assim. Caminho na direção da minha barraca para trocar de roupa. Se ele quiser, pode ir para o inferno.

- "Está bem, eu vou com você mas não se irrite." - ele diz e eu suspiro.

- "Bom, iremos sair às 18:00hs. Acho que mais alguém virá conosco. Pode ser que seja Frank ou até mesmo meu pai. Eu os conheço, até pode ser que eles não venham porque você está indo junto. Isso poderá ser beneficioso. Meu pai confia em você." - digo e ele nega.

Unidos pelo PassadoWhere stories live. Discover now