Não se esqueçam de ler o 10, 11 e 12 antes desse!! Maratona hahahaha
"Nós vamos subir." Eu falo para minha avó, Riley, Damian e Sophie, que estão sentados no sofá ao meu lado e ao de Harry. Eu o seguro pelo pulso, subindo as escadas. As mãos de Harry vão até minha cintura enquanto andamos pelo corredor, e eu me solto dele quando vejo o Oliver dormindo em sua cama, encolhido e com frio. O cubro com um cobertor e volto ao corredor, Harry está sorrindo gentilmente para mim. Ele anda comigo até meu quarto, e se senta na beira da cama de Sophie assim que entra.
"Quarto legal. Essa é sua cama?" Ele pergunta e eu nego, o que o faz levantar, e se senta na cama certa. Dou risada, sentando com as pernas cruzadas na minha cama, segurando seu rosto com uma das minhas mãos. Harry aproxima nossos rostos, me beijando com delicadeza. "Eu estava esperando um quarto só seu... Não posso fazer o que eu quero aqui, suas irmãs podem entrar."
"Eu tenho cinco irmãos, não daria para ter um quarto apenas meu." Suspiro, me mudando para seu colo, montando nele. "Por isso vamos ficar só nos beijos."
"Está ótimo para mim." Ele me diz eu o puxo pela camiseta para que eu o beije mais uma vez, e outra. Minhas mãos em seu peito, as dele na minha bunda. Assim que eu gosto. Eu gosto de todos os amassos que dou em Harry, ele é simplesmente tão bom nisso.
"A gente pode-" Eu digo entre beijos. "A gente pode se encontrar amanhã em outro lugar e- sabe?"
"Eu não posso amanhã." Ele afasta o cabelo do meu pescoço, colocando sua cabeça no lugar e a beijando lentamente, e isso me faz gemer. Nossa, com beijos no pescoço? Eu nunca havia gemido com isso antes, ele realmente sabe o que está fazendo e como me deixar toda arrepiada.
Levo minha mão para sua nuca, o empurrando ainda mais para meu pescoço. Ele continua beijando e mordendo e eu pergunto. "Por que não pode amanhã?"
"Eu vou para Londres." Ele diz, ainda com a cabeça no meu pescoço, mas levanta o olhar e bate com nossos narizes, e ao invés de afastar o rosto, o deixa ali, beijando minha boca em leves selinhos, mas repetitivos. "Quer ir? É três horas de carro."
"O que vai fazer em Londres?" Digo entre selinhos.
"Eu faço aniversário em menos de um mês e quero comemorar lá. Em Holmes Chapel não há nada pra fazer. Vou visitar um clube."
"Justo." O puxo pela nuca até a curva do meu pescoço para que ele volte com os beijos. "Você vai sozinho?"
"Liam e Maya vão." Ele diz, a cabeça apoiada no meu pescoço, e eu começo a acariciar o cabelo dele, vendo que ele não está mais me beijando. "Vai junto, Ray. Vamos dormir lá. Divide o quarto comigo..."
"Isso não é demais, não? A gente nem está junto..." Sei lá, dividir o quarto parece muito íntimo.
"Eu sei, Ray. Olha, eu não estou pedindo para casar e ter filhos com você. Eu só, sei lá, gosto de você e se quiser se divertir, isso pode ser ótimo." Ele diz, um pouco impaciente, mas ao mesmo tempo parece querer muito que eu vá. "Se você gosta de causar problemas em quartos de hotéis, eu sou perfeito para você."
"Eu vou." Decido por um impulso completo.
"Linda." Ele abre um sorriso largo, me beijando forte. "Você é linda."
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"Zayn, posso te fazer uma pergunta estranha?" Eu me aproximo dele assim que chego na loja no dia seguinte e o avisto.
"Depende. Sua pergunta pode me fazer ir para cadeia?" Zayn pergunta, e eu franzo o cenho, absolutamente perdida.
"O quê?"
"O quê?" Ele rebate o meu questionamento e eu decido que não quero saber o que esse garoto faz da vida fora dessa loja.
"Como eu posso fazer um álbum em vinil?"
"Quê?" Ele franze o cenho. "Isso não existe."
"Existe sim, Freddie Mercury fez. John Lennon, Madonna... Até Billie Eilish fez!" Seguro o álbum When We All Fall Asleep, Where Do We Go? da cantora que eu particularmente amo. "Por que eu não poderia fazer um?"
"Porque você não tem ninguém para comprar seus vinis. E provavelmente não tem dinheiro para essa produção." Zayn fala, e eu bufo. "E, me desculpe assumir, mas você não tem o talento desses caras."
"Mas Harry tem." Eu digo e ele arqueia as sobrancelhas, confuso. "Olha, eu estava aqui com Harry e ele disse que seu sonho era ter um vinil com suas músicas. O aniversário dele é em breve e eu só pensei em, sei lá, gravar o que ele toca no bar e colocar em um vinil. Só para ele. É um presente de aniversário."
"Estão namorando?" Zayn me pergunta e eu nego. "Então quer dar um puta presente desses para um cara que acabou de conhecer?"
"É. Eu gosto de dar presentes personalizados. Uma vez eu fiz a embalagem do presente da minha amiga apenas com fotos do Zac Efron sem camisa, porque era disso que ela gostava."
"Você me dá medo." Zayn me julga com o olhar.
"Você conhece alguém que produz os álbuns em vinil? Trabalhamos em uma loja disso. Quem produz essas coisas, com quem Louis compra?"
"Ele tem fornecedores, não sei se conhece fabricantes. Por quê não fala com ele? Louis está na sala dele." Zayn dá de ombros e eu suspiro, afirmando. Eu ando até a sala do Louis e pergunto se ele tem o contato de um fabricante de álbuns em vinil, e ele me entrega o telefone sem fazer perguntas, porque está conversando com um cliente pelo celular.
"Consegui o número!" Comemoro e Zayn faz um positivo com a mão, acendendo um cigarro de maconha em seguida. Eu ligo para o número e uma mulher atende.
"Alô?"
"Bom dia, tudo bem? Aqui é a Verônica, consegui seu número com o Louis, ele é dono da Tomlinson's Discos. Eu queria saber como posso fazer meu próprio disco."
"Com suas músicas?"
"Músicas do meu amigo. Ele toca em uma banda."
"Ok, a gente faz isso por cento e quinze libras." A mulher me diz e eu quase engasgo.
"Outra pessoa me ofereceu o trabalho por oitenta."
"Quem foi o doido?" Ela pergunta, duvidando.
"Bob...?" Eu invento um nome qualquer.
"Maldito Bob." Ela resmunga, e isso me faz sorrir. "Eu faço por noventa, incluindo a capa do álbum."
"Ótimo!" Bato uma mão no balcão, alegre. "Fica pronto para quando?"
"Bom, a gente precisa de um pen drive com as músicas e depois deve demorar uns dez dias para ficar pronto. Deu sorte que nenhum grande álbum será lançado neste mês."
"Tudo bem."
"Ok, agora me diga. Algum cuidado especial com acabamento e gramatura do papel da capa?" Ela pergunta e eu não sei responder. Olho para Zayn, e mesmo sem estar olhando, ele mostra a opinião dele, negando com a cabeça.
"Não, obrigada."
"Vai querer cópia em acetato?" Ela pergunta e eu olho de novo para Zayn, e ele nega com a cabeça de novo, dizendo que isso seria um gasto a mais e desnecessário. Eu recuso e ela faz mais uma pergunta. "150g ou 180g?"
"O quê?" Eu pergunto para a moça, mas Zayn que me responde.
"Escolhe 150g. Só artista babaca escolhe 180g por ter fetiche em vinil pesado, sendo que no final ele fica apenas mais difícil de empenar, além de ser mais caro e a qualidade do som ser a mesma porra. Fala 150g." Zayn parece de fato irritado com isso e eu sorrio, respondendo o que ele mandou.
"Exige teste de fábrica?" A moça pergunta e eu afirmo. "Tem um custo adicional de quinze libras."
"O quê?" Zayn se indigna, pegando meu celular. "Porra nenhuma. Vocês tem que fazer teste em todos os álbuns que produzem, não tem custo adicional nenhum."
"Tá." A mulher bufa, sem discutir, e eu me impressiono com a atitude de Zayn, que é sempre calado. Ele entende tudo sobre esses álbuns. "Enfim, o álbum tem que ter cerca de 36 minutos de duração ou então teremos que fazer um álbum duplo. O álbum duplo sai por vinte libras a mais no custo de produção. Tudo bem?"
"Tudo." Afirmo.
"Então pronto. Anotarei seu número e vou passar nosso endereço para você trazer o pen drive com as músicas."
"Obrigada! Muito obrigada."
"Aham." A mulher desliga e eu pulo de alegria, muito contente por conseguir fazer isso por Harry, e dou um abraço apertado em Zayn.
"Bom dia." Eu saio do abraço do Zayn quando escuto a voz familiar do Harry, que segura uma sacola da padaria. Sua expressão mostra um pouco de incômodo e eu poderia jurar que isso tem a ver com o abraço.
"Bom dia." Eu e Zayn dizemos ao mesmo tempo.
"O que tá fazendo aqui?" Eu pergunto, ficando ansiosa com o pensamento de que ele pode ter ouvido algo sobre o presente dele.
"Eu vim te dizer que Liam e Maya vão me encontrar no bar à uma hora para irmos para Londres. Você aparece lá também nessa hora?" Ele pergunta, meio sério, e eu afirmo. "Legal. Tchau."
"O que tem nessa sacola aí?" Eu sei que ele trouxe alguma coisa para mim e não está dando porque ficou bravo agora. Chega a ser fofo.
"É um strudel." Ele fala e eu arqueio as sobrancelhas. É o que eu gosto! "Para mim."
"Harry..." Dou risada, desacreditada, e ele bufa, me entregando a sacola com o doce. "Obrigada."
"Nada." Ele resmunga e eu estou achando isso muito fofo, mesmo. Harry se despede e anda para fora da loja, e eu o sigo.
"Ei, esqueceu uma coisa." Digo quando abro a porta da loja e ele me olha. Harry parece genuinamente confuso e eu o puxo pela camisa para dar um beijo nele. "Vai ficar complicado se começar a sentir ciúmes de mim."
"Eu não estava-" Eu o interrompo com outro beijo. "Talvez eu só tenha ficado infeliz com o comportamento inadequado dos funcionários da loja."
"Então o que quase fizemos ontem na loja não foi inadequado?" Pergunto, um sorriso largo no rosto, e Harry revira os olhos, o nariz tocando o meu. "Não que eu precise me justificar, mas... Não era nada, ok?"
"Não é da minha conta, é sério, faz o que você quiser, Ray..." Harry está tentando mostrar que não está com ciúmes e eu o beijo mais uma vez. "O que foi isso?"
"Fui eu, fazendo o que eu quero." Eu sei que é brega, mas pareceu o suficiente para ter um sorriso sincero dele.
"Eu te vejo mais tarde." Ele beija minha bochecha, e eu dou um passo para trás, batendo a cabeça na porta da loja. Harry ri, mas tem preocupação no seu rosto. "Você está bem?"
Honestamente, há muito tempo nunca estive tão bem. "Tô sim."