[07] A sede do Diabo.

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Oi 🗣🎲 todo mundo pronto? Sei que falei que provavelmente iria demorar mais para atualizar..., mas fiquei muito animado com a aceitação desses últimos capítulos e tentei escrever esse capítulo beeem rápido. Espero que gostem dessas 23,4 mil palavras e que tenham uma leitura, como diria Luci, TERRÍVEL! Peço que votem e comentem, por favor 🙏 Desde já, muito obrigado!

#AnjoEmApuros

🎲

[07]

A sede do Diabo.

"Foi só aí, subitamente, que reparou, que sem sentir havia aceito definitivamente o encargo. Falou de novo em voz alta, dirigindo-se ao alto.

— Eu acredito na vida eterna — disse. — Não sei exatamente onde o senhor está, sr. Rafiel, mas tenho certeza de que há de estar em algum lugar... e tudo farei para cumprir sua vontade."

Nêmesis,

— Agatha Christie.

¿?

Quando o Trem decidiu funcionar, foi de uma vez. O disparo de seu motor foi bruto e estremeceu a lataria, produzindo um som estridente que foi diminuindo pouco a pouco. Andei até uma janela e a abri, esticando a cabeça para fora para tentar ver o que estava acontecendo. Vi uma nuvem de fumaça ser soprada de longe, depois uma explosão de som oco fez o Trem pular dos trilhos. Quando caiu, começou a chiar e chiar e tremer e tremer, até que produziu um som breve semelhante a uma tosse seca e começou a se movimentar. E, quando isso aconteceu, também foi de uma vez. Disparou como uma bala, numa velocidade bruta e violenta. Acabei batendo a testa contra a borda da janela e recuei a cabeça para dentro do vagão, esfregando a testa com uma careta.

Ao meu lado, Jungkook apontava para mim às gargalhadas.

— Isso não tem graça, Jungkook — resmunguei, voltando para meu assento, que era em frente ao dele.

— Você bateu a testa em cheio, Jimin! — Ele guinchou. Lindinha, sentada sobre a mesa, ao lado de Astrid, também ria. — Como é aquele ditado, porquinho? — Olhou para Lindinha. — A curiosidade...

— Arrancou a cabeça do gato — Lindinha completou em tom resoluto.

Franzi o cenho.

— Não acho que esse seja o ditado correto — comentei.

Jungkook parou de rir, de repente curioso.

— Como é, então?

Esfreguei o queixo, tentando lembrar. O ditado era conhecido no Mundo Mortal.

— A curiosidade matou o gato — respondi.

Jungkook uniu as sobrancelhas, cético.

— Não é a mesma coisa? — Perguntou. — Nas duas maneiras, o gato acaba morto.

Balancei a cabeça negativamente para ele.

— Não, não é assim — disse para ele. — Tudo bem que nas duas maneiras ele acaba morto, mas, o que importa mesmo é dizer corretamente — apontei o dedo, como um professor. — Ou então não irá fazer sentido, entendem?

— Não sei — disse Astrid, com sua voz fina, esfregando o queixo. — Acho que, de qualquer forma, dá na mesma: o gato morto.

— Mortinho — Lindinha prosseguiu.

— Mortão — Jungkook deu uma leve pancada na mesa, olhando para mim com um sorriso de demônio convencido, como se aquilo fosse a conclusão daquele empasse.

Nas Mãos do Diabo [2] O KhaosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora