[10] Ruínas, chaves, toques e uma sensação esquisita.

36.4K 3.3K 38.6K
                                    

Esse capítulo foi escrito na madrugada de cinco dias, enquanto eu escutava Kali Uchis e fazia breves pausas para assistir Vincenzo. Esse é um aviso de que o capítulo pode conter fortes cenas de violência, fofura, putaria e mais e mais mistérios. Além disso, é um desejo meu para que tenham uma má leitura!

O motivo da demora para postagem do capítulo é que eu estava ocupado terminando de reescrever o livro e arrumar as ilustrações junto da equipe da Editora Violeta. Aliás, leiam as notas finais no final do capítulo, pois tenho BOAS NOTÍCIAS!

Peço, também, que votem e comentem. Me ajuda demais! Por favor!

🎲

[10] Ruínas, chaves, toques e uma sensação esquisita.

"— Lamento, senhor, mas não posso me explicar — retrucou Alice. — Porque eu não sou eu, entende?

— Não — disse a Lagarta.

— Desculpe, não sei como me fazer entender — respondeu Alice, muito educada. — Porque eu mesma não me entendo, para começo de conversa... Além do mais, ter vários tamanhos diferentes em um dia só é muito confuso.

— Não é, não — discordou a Lagarta".

Alice no País das Maravilhas,

— Lewis Carrol.

¿?

Olhei para o horizonte, ainda anoitecia. O céu estava pintado de vermelho, amarelo, laranja e azul. A lua, gigante, estava escondida por algumas nuvens amarelas. Impaciente, subi em uma pedra, os olhos agora vidrados no chão. Estava procurando por qualquer coisa preta que estivesse se arrastando pelo chão. Uma cobra. Lilith.

Logo após eu terminar de... cuidar de Jungkook, decidimos começar a procurar de verdade. Então, ele seguiu em direção aos fundos do castelo e eu, indeciso, decidi procurar onde já estava. Depois de alguns momentos, Jungkook retornou, alegando não ter visto nenhum animal, além de mosquitos e lagartos infernais cavando buracos. Sua resposta me deixou um pouco temeroso com relação a se iríamos encontrar Lilith ou não. Quanto mais a noite chegou, mais esse pensamento de que não acharíamos nada, pelo menos naquela noite, me incomodou.

Afinal, onde estaria Lilith?

Concluí que não encontraria nada naquela escuridão, então pulei da pedra. Jungkook estava sentado em outra pedra, rasgando pedaços e mais pedaços de uma folha seca de árvore. Havia um bico de concentração em seus lábios, o que o deixou... engraçado. Seu cabelo estava penteado para trás, como um topete. Naquela pouca luz, as mechas roxas de seu cabelo quase não apareciam, o que deu a ideia de que seu cabelo fosse completamente preto. E ele havia ficado... bonito. Muito bonito.

Andei até ele e dei um chute leve no bico de seu sapato social, o que chamou sua atenção. Ele largou a folha, que foi levada pelo vento, e olhou para mim.

— Estou chateado — disse para ele.

Ele franziu o cenho.

— Por quê, exatamente? — Perguntou.

Cruzei os braços, bufando. A verdade era que não sabia ao certo o porquê, só sabia que estava.

— Porque — respondi.

Ele cruzou os braços, erguendo uma sobrancelha.

— "Porque" não é uma resposta — disse ele.

Bufei mais uma vez, virando o rosto como uma criancinha.

Nas Mãos do Diabo [2] O KhaosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora