↬𝟶𝟻𝟶 👑

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𝖫𝖾𝗂𝖺𝗆 𝖾𝗌𝖼𝗎𝗍𝖺𝗇𝖽𝗈 𝖺 𝗆ú𝗌𝗂𝖼𝖺, 𝖾𝗌𝗌𝖾 𝖼𝖺𝗉í𝗍𝗎𝗅𝗈 𝗍á 𝗅𝗂𝗇𝖽𝗈

1 Mês Depois.

Nessas última semana completei minha vigésima semana de gestação, minha barriga estava maior e eu me sentia diferente, pela primeira vez me sentia grávida. O enjoou matinal havia diminuido, mas agora sempre me sentia inchada e com dores nas pernas, a gengiva também começou a sangrar. Dizem que é agora que o bebê começa a chutar, mas até agora não senti nada, estava ansiosa para vê-lo mexer.

Acariciei levemente a barriga e sorri, Josh havia saído a cerca de uma hora, disse que precisava resolver alguns assuntos. Eu me sentia tensa ali sozinha, as paredes pareciam se fechar ao meu redor e uma sensação de claustrofobia crescia em meu peito.

Além das mudanças no meu corpo eu sentia que meu psicológico também havia mudado, sair para dá uma volta no quarteirão era insuportável, eu sentia que a alguém sempre estava a minha espreita, esperando uma única oportunidade para arrancar meu filho. Ficar sozinha também era difícil, qualquer barulho se tornava significativo, qualquer barulhinho se tornava alguma coisa. 

A porta fez um leve rangido, e apesar de saber que era Josh me senti tensa, minhas mãos foram automaticamente a minha barriga, como se a protegesse. Um empurrão pensei, só bastarla isso e eu perdia o bebê.

Apertei o tecido sobre a barriga, minhas mãos: soavam, passos foram ouvidos sobre o assoalho, meus olhos se fecharam e quando a porta fez um leve rangido eu já esperava alguma coisa.

——— S/n? Está tudo bem? ——— A voz aveludada soou sobre o quarto, minha respiração saiu como um suspiro de alivio.

———  Está tudo bem! ——— Pensei enquanto passava a mão na barriga como se quisesse afirmar isso para o bebê. ——— Está tudo bem! ——— repeti para mim mesma.

Josh se aproximou e tocou minhas mãos, o contato de nossa pele fez meu coração bater acelerado e uma sensação de segurança me atingir, uma sensação que só ele poderia me proporcionar

——— S/n, essa é a Doutora Silvia, ela é de confiança. ——— A última palavra soou de uma maneira duvidosa, eu sabia porque, na nossa situação confiança era uma palavra extinta, banida. Qualquer um poderia ser um informante, qualquer pessoa poderia ser um do seus.

——— S/n, eu sei o que está pensando, mas está tudo bem. Ela só veio saber se vocês estão bem. ——— Ele tocou minha barriga e sorriu. Me limitei a assenti.

Ela me pediu para deitar sobre a cama e com um sorriso simpático falava sobre a importância do pré natal, as vitaminas e os exames que seriam feitos. Mas não conseguia prestar atenção, fixei meu olhar sobre sua mala, sobre os Instrumentos postos a minha direita, olhava com atenção tentando identificar algo que parecesse suspeito.

——— Podemos começar? ——— Sua voz rompeu meus pensamentos e meu coração saltou assim que a ouviu.

——— O quê? ——— Minha voz soou alta e assustada.

——— A ecografia morfológica. ———Sua voz estava calma, e um sorriso brilhava em seu rosto.

—— A sim, desculpe.

Ela levantou minha blusa e enquanto passava um gel, Josh apertou minhas mãos.

——— Você está tensa. ——— Afirmou.

——— Só estou preocupada. Tem certeza que ela é de confiança? ——— Minha voz sussurrada estava nervosa, eu torcia para que ela estivesse concentrada  demais e não me ouvisse.

——— Sim, está tudo bem. Ela era a médica da minha... Bem da Isabel, ela fez meu parto e o de Eleanor, ela é de confiança. ——— Sua voz dessa vez não soou duvidosa. Olhei para o rosto da mulher, ela não parecia ter mais que cinquenta anos, seu rosto anguloso e seus olhos verdes eram amigáveis e sua boca estava com um sorriso simpático, decide por hora confiar nela.

Silvia mostrava o corpinho do bebê, seus braços, pernas, cabeça, disse que seu cabelinho estava se formando. Meus olhos estavam lacrimejando, eu me sentia tão encantada, aquilo era maravilhoso, mágico, incrível.

——— Já sabem o sexo? ——— Olhei para Josh e ele negou sorrindo, por um momento me senti ansiosa, era agora que saberíamos o sexo do bebê, ele deixaria de ser uma ideia, para se tornar uma pessoa com um gênero, uma identidade. A médica analisou a tela sorrindo, apertei a mão de Josh me sentindo nervosa.

——— Parece que o reino ganhará uma rainha daqui a alguns anos. ——— Minha mente demorou para processar aquela frase. O que aquilo significa? Rainha? Quando minha mente ficou menos estarrecida compreendi a frase.

——— Uma menina. ——— Minha voz falha afirmou. Uma menininha. Dessa vez as lágrimas começaram a sair.

Josh se abaixou, tocando meus cabelos.

——— Nossa menininha S/a.

Silvia havia ido embora, mas eu continuava no mesmo lugar, com a blusa levantada encarando a barriga, encantada, minhas mãos à tocaram e um sorriso brotou em meus lábios, fazendo minhas bochechas doerem.

——— É inacreditável, vamos ter uma menina. ——— Ele tocou minhas mãos sobre a barriga e sorriu.

Parece que Jojo estava certa. Pensei

——— Eu nunca poderia imaginar que estaria grávida aos dezessete anos, e de um principe, mas agora estamos aqui igual dois bobos ——— Ele sorriu e tocou meu rosto.

——— Você está feliz? ——— Sua voz questionadora me fez sorrir.

——— Mais do que um dia eu poderia estar. Ele sorriu e me deu um selinho

——— Eu amo você, na verdade amo vocês. ——— Sua voz me atingiu e senti meu coração se aquecer, o amor se tornando concreto, o nosso amor e o amor que tínhamos por aquela menininha.

Eu conseguia sentir o laço que nos envolvia, um laço maior do que qualquer outra coisa, que fazia o coração disparar e as mãos ficarem suadas. Suas palavras me acalmaram e aqueceram meu coração, aquela é a minha família e eu não permitiria que nada nem ninguém os machucassem.

𝓣𝓸 𝓫𝓮 𝓬𝓸𝓷𝓽𝓲𝓷𝓾𝓮𝓭...

𝐆𝐃𝐔𝐏 | 𝗚𝗥𝗔𝗩𝗜𝗗𝗔 𝗗𝗘 𝗨𝗠 𝗣𝗥𝗜𝗡𝗖𝗜𝗣𝗘 ᵇᵉᵃᵘˢⁿWhere stories live. Discover now