[EM ANDAMENTO] Park Jimin deveria estar soltando fogos de artifício por finalmente estar levando a vida que sempre sonhou.
Não tinha como ser mais perfeito: festas, diversão, amizades inigualáveis para toda a vida, novas experiências com a dança, o...
oi amores!!! (anna aqui) tudo bem? desculpa a demora
DOZE MIL PALAVRAS VOCÊS TEM QUE AMAR MUITO A SARAH!
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Eu estava a alguns quarteirões do parque, sentado em um banquinho de concreto de um ponto de ônibus enquanto Taehyung me aguardava, comendo um sanduíche numa lanchonete barata na esquina.
Minhas mãos se encolhiam cada vez mais entre as pernas. O calcanhar esquerdo martelava um compasso contínuo sobre a calçada, meu olhar se apagava mais e mais absorto em um ponto qualquer no meio da rua, e o barulho dos carros passando em alta velocidade ecoavam em meus ouvidos reforçando a ansiedade que me corroía por dentro. Era assim que eu me encontrava.
Se ele continuasse mais um minuto sequer em silêncio, eu teria um ataque.
— Fale alguma coisa. — Me virei para ele e implorei com a voz extremamente insegura.
Ele não me olhava. Seu corpo também estava voltado para frente com a atenção fixa no asfalto e os ombros denunciando sua postura de prostração.
Seus cílios pousaram algumas vezes sobre a linha d'água: — Me desculpa, eu só... Só estou tentando assimilar tudo o que você me disse.
Eu balancei a cabeça.
— Entendo. — Pressionei os lábios e suspirei, me virando para frente outra vez.
— É só que... É meio complicado para mim, entende? — Ergueu a cabeça e fizemos o nosso primeiro contato visual em quase 10 minutos de silêncio. — Eu conheci você e para mim você era uma garota... Não é tão fácil absorver que uma das mulheres mais lindas e cativantes que conheci, na verdade é um... cara.
Meus ombros caíram e meu olhar também — Eu sei, sinto muito...
Eu me sentia mal por ele. Muito mal. Minha consciência tinha o peso de mil elefantes, e vê-lo tão decepcionado assim era como um reflexo de tudo o que eu estava causando às pessoas ao meu redor. Eu estava mentindo, enganando as pessoas, as fazendo acreditar em uma farsa. Eu era uma farsa, uma mentira. E eu quis chorar.
Ao menos para Park Junhee, eu não precisava mentir mais, pois agora ele tinha me descoberto.
— Você entende que eu não fiz isso de propósito, não é? Que era a minha única alternativa, e que eu nunca quis enganar ninguém. — Meus olhos se encheram de lágrimas.
— Não... Claro que não. Essa parte ficou bem clara para mim. Era o seu sonho, você tinha que lutar por ele. — Estava escuro debaixo daquele ponto de ônibus, e Jun apertou os olhos para enxergar os meus com mais clareza. — Você está chorando?
