Mecanismo de defesa

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❥ Claro porquê se eu não entendo o motivo, imagina quem perguntou

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❥ Claro porquê se eu não entendo o motivo, imagina quem perguntou

— PROMETE DE DEDINHO? -estendo o dedo mindinho para ela que sorri e entrelaça nossos dedinhos fazendo um juramento

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— PROMETE DE DEDINHO? -estendo o dedo mindinho para ela que sorri e entrelaça nossos dedinhos fazendo um juramento.

— Prometo. Não quero você passando mal pelos cantos -eu solto uma risada nasal e entrego o copo vazio com água para ela, dou um tchauzinho e saio caminhando sem rumo pelo salão sendo parada algumas vezes por uns adolescentes que eu reconhecia de vista na escola.

— Não parece que está aproveitando sua festa -a voz surge do nada atrás do meu ouvido e por puro reflexo eu acabo dando um soco no indivíduo, estávamos num canto sem muita gente do salão.

— Meu Deus, desculpa Gilbert -vejo o pouco sangue descer pelo seu nariz.

— É assim que trata todos os seus convidados?? -ele pergunta com a mão no nariz claramente dolorido.

— Vem, deixa eu te ajudar -passo pela cozinha para pegar um pano qualquer e logo depois me encaminho para a fonte com Gilbert e molhando o pequeno pedaço de pano na água limpa.

— Essa água tá aí faz dias, certo? -ele diz me impedindo de prosseguir com o que eu ia fazer.

— Claro que não, os funcionários da minha sempre trocam a água -ele me olha ainda duvidando e eu respiro fundo. — Tá vendo ali? -aponto para o canto da fonte com um ralo camuflado. — É dali que sai a água quando permitido e como você deve imaginar tem um cano ali que vai para o lugar onde a água é despejada e é trocada três vezes por semana, então, para de frescura

Molho novamente o pano, ponho a mão na perna de Gilbert para me apoiar e me inclino um pouco começando a limpar seu nariz

— Acha que chegou a dislocar? -eu pergunto sobre o nariz com receio.

— Não, com certeza não. Obrigada por se preocupar -ele sorri minimamente e eu termino de limpar.

— Não é que eu me preocupo, apenas não estou afim de levar algum tipo de processo por quebrar o nariz de alguém, tenho problemas demais para isso -dou de ombros e ele me olha como se quisesse me decifrar.

— Por que é assim comigo? -ele dispara.

— Já me perguntaram isso hoje -revelo respirando fundo.

— Claro porquê se eu não entendo o motivo, imagina quem perguntou.

— Eu não tenho nada contra você okay? Esse é apenas meu jeito -passo a mão pelas pontas onduladas do meu cabelo as ajeitando.

— O seu jeito é um mecanismo de defesa, sabia? me pergunto quem te fez ser assim, sua mãe...seu pai...seu irmão talvez -olho para ele incrédula.

— É por isso que digo que você é um babaca, não tem filtros e muito menos pensa antes de falar

— Anne, sua mãe está te chamando para trocar o vestido -a cerimonialista aparece e eu me levanto indo junto a ela.

.・゜🍁 .・゜

— Pronta pra cerimônia? -a cerimonialista pergunta assim que eu acabo de colocar aquele vestido pesado.

— Pronta, olha eu queria falar que eu vou falar algumas coisas okay

— Isso não tá marcado no meu planejamento -ela fala receosa.

— Esse é o seu novo planejamento -pego o um papel na minha mochila e entrego pra ela. — São as mesmas coisas com excessão do meu maravilhoso discurso no meio das homenagens que minha mãe vai fazer -sorrio cínica e me olho no espelho uma última vez. — Vamos?

Ela apenas concorda e sai da sala para me apresentar e todas aquelas baboseiras. Eu entro sorrindo para as fotos e me sento na cadeira destinada a mim no meio do salão. A cerimonialista começa a ler aquelas coisas bregas e logo depois chama meu pai para trocar o meu tênis por um salto alto — não que fosse grande coisa — meu irmão entra depois com o anel de debutante e coloca em meu dedo, eu sorrio pra ele mesmo estando ansiosa para a parte do discurso que só aconteceria depois da valsa com meu pai e o príncipe que no caso é o Adam

Reverse - ShirbertWhere stories live. Discover now