CAPÍTULO 22.

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O final de semana havia chegado. Tendo se passado dois dias do aniversário de Irene, fora combinado com a família de ambas que a ida para Daegu estava agendada e não deveria ser adiada, muito menos cancelada. Mas isso jamais aconteceria, já que tanto Joohyun como Seulgi morriam de saudades da terra natal.

Já haviam passado algum tempo desde a vinda dos familiares da Bae e da Kang para Seoul. E, pasmem, aquele dia não fora um dos melhores devido aos acontecimentos anteriores e posteriores. No entanto, essa memória sequer existia na cabeça das duas jovens namoradas, que agora faziam questão de criarem novos momentos juntas.

Sábado, um dia em que não há nada para se preocupar, nem mesmo com as lições de faculdade, as quais sempre são deixadas para os domingos. Hoje seria um dia sagrado, dia que ninguém ousará tentar estraga-lo.

Com o despertador previsto para bater nos ouvidos às sete horas em ponto, Irene dormia tranquilamente no quarto da namorada. E um detalhe que vale ressaltar, desde a noite do aniversário de Irene, esta era a segunda vez que as duas dormiam juntas.

Seulgi também dormia sem remorso e muito menos com pressa para acordar. Se encontrava virada para o lado oposto da namorada, enquanto que a Bae deixava um de seus braços para fora da cama. Era normal para ambas serem assim: “esparralhadas” na cama.

Porém, tudo o que é bom dura pouco. O despertador logo disparou seu barulho extremamente irritante, que, na verdade, era o próprio celular de Seulgi e tocava uma música de rock, indicada pela namorada.

Na primeira vez, ignoraram. Na segunda vez, ignoraram. Na terceira vez, idem. Mas na quarta vez não houve jeito, tiveram de ceder o sono para acabarem com a dor de cabeça que era escutar aquele toque idiota e insistente.

— Por Deus, Bear, desliga esse troço... — dizia Irene suas primeiras palavras, com sua voz ainda sonolenta e cansada.

— Hm... — a Kang tentou alcançar o celular na mesinha de cabeceira, estando deitada e com os olhos fechados. Obteve sucesso e logo voltou a dormir por mais alguns segundos.

— Droga, precisamos levantar... — bocejou. — E ainda precisamos pegar o ônibus para Daegu.

— Amor, não faça barulho, volte a dormir... – falava a monolítica toda preguiçosa.

Assim, Irene aproximou-se da mais nova, esboçando um sorriso sem dentes e pousando sua cabeça sobre a dela.

— O que está fazendo? — perguntou ela também sorrindo.

— Passando um pouco de energia para você. — brincou.

Seulgi , então, virou-se para a mais velha, não deixando de expressar uma face contente, agora abrindo seus olhos para encarar a garota.

A jovem não podia deixar de brilhar seus olhos diante dela. Se existia cansaço, já não estava presente em si.

— Você é tão linda.

— Boba... — a mais velha corou.

— Por que sou boba?

— Por me fazer ficar dessa maneira já cedo!

— Ora, Bae Joohyun... — a puxou para seus braços.

— Ah! — riu estando sobre o torso vestido da namorada. Logo, a Kang a abraçou.

— Eu poderia passar o dia todo olhando para você e te dizendo o quanto é linda! — falou.

— Aí sim que eu viro um pimentão, Seulgi! — ludibriou.

— Pimentão! — gargalhou.

— Ah, não começa, sua poste!

— Por que poste?

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