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acordei com uma enorme confusão mesmo por cima de mim. Levanto-me da cama a grande esforço e oiço um grito gelado. Nem calço nada e corro em direção ao som, subindo escadas atrás de escadas, abrindo porta atrás de porta. Esta porcaria e tão grande que demoro cerca de 5 minutos a avistar empregados todos a volta de uma porta. Dirijo-me pará-la, abrindo passagem entre os subalternos. Deparo-me com a figura de minha mãe e de meu pai parados que nem pedras. Assim que sentem a minha presença, meu pai vira-se.
-Harry, vá imediatamente para seu quarto e não saia de lá. Hoje falta a todos os compromissos.
-Desculpe? Não pode mandar-me fazer isso. O que se está aqui a passar?
-Harry você não tem nada a ver com isto, seus irmãos já estão em seus aposentos, dirija-se para o seu já.
-Pai você não pode fazer isto, eu sou um descendente eu tenho o direito de saber o que se está a passar neste castelo!
Meu pai cai no erro de se irritar e se inclinar para mim de forma ameaçadora. Esse erro causou uma abertura para a cena. Um corpo. Cheio de sangue. No chão. Uma empregada. Morta. Uma empregada do meu reino, do meu castelo. Morta.
-Que merda e esta ?
Cresce-me uma vontade de vomitar dentro de mim e tenho que ir para fora do quarto para respirar. Mas o que? Alguém morreu aqui?
Vejo minha mãe a vir ter comigo.
-Harry, você não pode contar isto a ninguém. Por favor meu filho, você sabe que é um dos preferidos, você tem que ajudar-nos. Não conte a ninguém e não faça perguntas, nós estamos a tratar disto. Iremos mandar uma empregada para seu quarto, cada quarto estará ocupado com um, para não haver conversas entre eles. Explique-lhe que isto não passou de um mau entendido. Harry isto e um ponto a favor no seu currículo.
Tento processar tudo. Mas, eu preciso desse ponto quando chegar o dia . Então decido assentir e deixar a minha mãe para trás, indo para meu quarto.
Chegando ao quarto lavo a cara com força, tentando fazer aquela imagem desaparecer da minha cabeça. Não da. Vem-me outra vez náuseas só de pensar e tenho que me concentrar na minha respiração para não vomitar. Deito-me um pouco na cama fechando os olhos.

*
Acordo, espreguiçando-me. Devo ter adormecido. Devo? Claro que adormeci. Abro os olhos rapidamente, pois com eles fechados ainda via o sangue no chão.
Sento-me lentamente na cama, espreguiçando-me mais um...
-Boa tarde Mr.Styles.
Ela. Aquela voz. Ela. Aquelas bochechas. Ela. O seu cabelo. Ela. O que ela está aqui a fazer? Oh pois, para não haver conversas.
-Boa tarde - sorrio-lhe. Eu ainda nem sei seu nome.
- Porque eu estou aqui? - ela olha-me tão intensamente que eu devo ter corado.
- Aconteceu um acidente. E estão todos expressamente proibidos de falar dele. Se não sabe o que aconteceu, melhor. Não irá saber. Não ouça ninguém nem acredite em histórias. Entendido? - falo rigidamente, ela tem uma cara bonita mas eu sou um descendente. Tem de haver respeito.
-Sim senhor. - ela sorrio e baixou o olhar. - Posso perguntar-lhe uma coisa?
Oh diabo.
-Sim.
-Quantos anos tem?
- 20. E você?
-18. Um rapaz tão novo com um destino tão cruel. - ela suspira.
Oh, e verdade. Mas eu não posso fazer nada.
-Bem, a menina tem 18 anos e trabalha como criada para a família real. Poderá ter assim tanta moral para falar de meu destino?
Ela cora.
-Não, de modo algum e desculpe se o ofendi.
-Conte-me a sua história.
-Não me sinto a vontade para tal.
Mordo a língua com a minha estupidez. Vejo a sua face ficar triste e ainda me castigo mais. Quero abraçá-la e dizer que esta tudo bem.
-Acho que se quiser já pode ir embora.
-Você tme que me acompanhar senhor.
Com todo o gosto. Com mesmo todo o prazer.
Abro a porta o quarto para ela passar e acompanho-a até a sala de estar, onde já estão todos os empregados em fila, assim como a minha família a frente deles.
-Já vem tarde. - Minha irmã falou e eu dou-lhe uma estalada mental. Odeio aquela pessoa.
-Viemos mesmo a tempo. - junto-me a minha família enquanto ela vai para a fila.
-A empregada 23 tem de aprender a ouvir corretamente. Nós dissemos especificamente as 16:20 aqui, e já passa das 16:25. - Oh mãe.
Então e esse o número dela. 23.
Após uma data de avisos sobre o sucedido de hoje de manhã, somos todos dispensados. Vejo a 23 a caminho da cozinha e agarro-lhe no braço. Ela vira-se supreendida.
-Mr.Styles? Deseja algo?
-Posso saber o seu nome?
-Desculpe, mas terá que fazer mais para o merecer.
E, após um sorriso maléfico, a empregada número 23 vira-me as costas.

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Espero que tenham estado atentas a este capítulo porque há aqui muitas coisas que vão ser importantes ao longo da fic 🐨🐨

king. -h.sOnde as histórias ganham vida. Descobre agora