The Curse

Naomi

               Dias se passam. A semana de provas é intensa no colégio de Cliverland, geralmente são duas ou três provas por dia... Que bom que já está acabando.

               Com essa maratona de estudos, não pude ir à casa do Thomas, coitadinho... Deve estar tão sozinho, será que ele pensa em mim?

               Em relação ao trio Lynn, Felícia e Max, eles não tiveram nenhuma atitude suspeita, nenhum nervosismo ou distanciamento, mas mesmo assim ainda não esqueci aquela rápida ligação que fiz com Felícia.

               Em um domingo, estou no meu quarto, estudando para a última prova, que é de Francês. Meus pais foram para uma conferência em Nova Orleans, então minha casa está bem silenciosa. Em seguida, vou para o pequeno banheiro do meu quarto, tomo um longo banho e quando saio, escuto meu celular tocar. Pego ele, na tela aparece um número restrito e atendo.

-Alô?

-Naomi... Sou eu... -pelo tom de voz, é o Thomas, que agradável surpresa!

-Thomas! Como sabe o meu número de telefone?

-Isso não importa, quero que você venha pra minha casa. -ele disse isso com um tom de ordem

-Você sentiu a minha falta? -pergunto, me sentando na cama.

-Nossa... Você não imagina quanto -agora ele disse em um tom irônico -Venha para cá!

-E se eu não quiser? -pergunto de um jeito desafiador.

-A gente precisa conversar.

-Da última vez que eu fui para a sua casa, eu fui atacada por um bicho...

-Uma cadela.

-Tanto faz... Eu fui atacada por um bicho e você tentou me matar.

-Por mais que eu quisesse fazer isso, eu não tentei te matar.

-Quando você põe as mãos no pescoço de uma pessoa e as aperta, você pode matar essa pessoa por asfixia.

-Você vai na minha casa ou não? -Thomas questiona com um tom impaciente.

               Olho para meus livros e cadernos jogados na escrivaninha e minto.

-Estou estudando... Semana de provas.

-Você tá louca pra vir na minha casa, não é? Fala a verdade pelo menos uma vez na vida...

-Não seja patético, Thomas, eu não sou mais a garotinha que morria de amores por você.

-Você é bem pior que isso, estou te esperando...

              Antes que eu pudesse falar alguma coisa, Thomas desliga o celular. Penso se vou ou não para a casa dele, eu tinha prometido que iria visitá-lo toda semana, mas já se passaram alguns dias. Se ele ligou para mim, quer dizer que ele quer conversar comigo sobre alguma coisa importante... Óbvio, a maldição! Ele quer saber como ela pode ser desfeita, é um babaca mesmo!