The Curse

Thomas

O que está acontecendo com Lynn? Será que uma barreira chamada Naomi está a impedindo de falar comigo? O que ela contou para Lynn? Será que Lynn está chateada comigo? Para mim, essas perguntas são importantes do que as questões da origem do universo.

As garotas que estão sentadas comigo e com Max continuam falando sem parar, eu e Max concordamos com tudo, sem saber do que elas estão falando, e nossas respostas são 'Ahãm' , 'Hum' e 'Claro'. Graças ao bom Deus, o sinal toca e saímos rapidamente de perto das garotas tagarelas. Deixamos nossas bandejas em cima de alguns balcões que funcionárias as pegam e as lavam. Fomos para o campo de esportes e para o vestiário masculino, já que a próxima aula será de educação física. O vestiário é grande, possui vários armários vermelhos para que os rapazes guardem suas roupas de atletismo, sungas ou qualquer roupa de esportes, há uma parte com vinte chuveiros e vários mictórios para eles fazerem suas necessidades. O vestiário está vazio, meu armário é 47 e o de Max é o 62, então nossos armários ficam frente a frente, tiro minha camisa polo preta e minha calça jeans e visto uma regata branca e um short vermelho, Max também tira a roupa e usa o mesmo uniforme que o meu.

-Você está tão quieto, Thomas... É por causa da Lynn? -pergunta Max, de braços cruzados e me encarando.

-Mais ou menos, você reparou que a Naomi sentou na mesa que a Lynn e a Felícia estavam?

-Sim... Será que ela falou alguma coisa sobre você?

-Claro que ela falou, mas estou preocupado porque não sei se a Naomi falou bem de mim... Ou inventou alguma mentira.

-Por que ela mentiria algo de você?

-Não sei, cara, não sei... -franzo a testa, com um ar de preocupado e fico andando de um lado para outro. -Naomi não tem cara de mentirosa, mas quando Lynn passou perto da nossa mesa, ela me olhou de um jeito que parecia que queria jogar gasolina e tacar fogo em mim.

-Thomas, você está exagerando... Acho que ela está chateada porque eu contei que você me mostrou o bilhete, isso não tem nada haver com a Naomi, relaxa...

-Tem razão, vou relaxar. -coloco as mãos na cintura e sorrio. -Imagina Naomi inventando mentiras sobre mim... Ela nunca faria isso, estou ficando paranóico.

-Está mesmo, e parece que a Lynn, a Naomi e a Felícia são amigas agora.

-Será? Bem... Pelo menos a Naomi arrumou amigas para conversar, passar o tempo.

-E assim ela te deixa em paz, não é?

-É.

Alguns caras entram no vestiário, cumprimento eles e saio de lá junto com Max. Minutos depois, todos estão arrumados adequadamente e sentados na grama do campo de atletismo enquanto o treinador Brown segura uma prancheta e faz algumas anotações. Ele é como um treinador qualquer; alto, forte, está sempre de óculos escuros e com um apito pendurado no pescoço.

-Boa tarde, turma! -fala ele.

-Boa tarde treinador. -cumprimentamos em uníssono um pouco baixo.

-Eu não escutei direito, eu disse BOA TARDE TURMA!!! -berra ele.

-BOA TARDE TREINADOR!!! -berramos de volta.

-Melhorou... Como aquecimento, eu quero as donzelas façam 30 polichinelos e os rapazes façam 30 flexões! -ele apita, fazendo todos se levantarem. -Agora!

O grupo de garotas se afastam dos rapazes e começam a fazer os polichinelos. Nós, rapazes, fazemos as flexões e babamos com o jeito que as saias brancas delas se levantavam, entre as garotas estava Kimberly... Ou Pamela, sei lá, mas ela não parava de olhar para mim e retribui o gesto. Em seguida, o treinador mandou a gente correr na pista de 150 metros, ida e volta, isso era uma tortura, mas tivemos que obedecê-lo. Enquanto eu suava e corria ao mesmo tempo, percebi que, em uma janela, Naomi me olhava fixamente, fiquei assustado com o jeito que ela me olhava até que escuto o apito do treinador Brown.

-Vamos, Clark! Quer moleza? Fica em casa!

Continuo correndo e tento esquecer a imagem de Naomi me olhando fixamente. Depois de várias sessões de 'tortura', eu e os meus colegas ficam deitados na grama para respirarmos um pouco melhor, aviso que já vou tomar banho e vou para o vestiário. Não tem ninguém, tiro a regata suada e fedida e o short também suado e fedido, pego uma toalha branca e vou para o chuveiro. A água gelada aquece o meu corpo quente e me pego pensando em Lynn e Naomi.

-O que será que as duas falaram?...

-Falando sozinho, Thomas?

Levanto o olhar e vejo Kimberly/Pamela vindo sensualmente em minha direção, ela não se incomoda que estou pelado e se aproxima de mim, mesmo com o chuveiro ligado.

-Ah... Pam? -pergunto, tentando acertar o nome dela.

-Kim... Estava falando sozinho? -fala ela, aproximando o corpo dela com o meu.

-Não, eu... Eu estava pensando alto... -respondi, tento me afastar, mas ela me pressiona na parede.

-Qual é, Thomas? Está com medo de mim?

-Não, é que...

-Me beija!

-O quê?

-Me beija!

-Kim, não podemos fazer isso... Estamos no vestiário e alguém pode entrar...

-Não estou nem um pouco me preocupando com isso, agora me beija!

Obedeço Kim, a beijo calorosamente, nossas línguas dançam de uma maneira descontrolada e minhas mãos a embalam. Tiro o top branco dela, revelando seus seios grandes e rosados.

Encosto Kim no box, desço o corpo dela junto com o meu, beijo o pescoço dela e faço uma rígida massagem nos seios dela. Escuto os gemidos dela soaram no meu ouvido, mordisco a orelha de Kim e ouço um gemido diferente, como se não fosse a Kim, me viro e vejo o rosto de Lynn, a acaricio e sussurro.

-Lynn... Minha doce Lynn...

Beijo ela mais calorosamente, parecia que nossos lábios iriam se desgrudar, Lynn/Kim arranha as minhas costas molhadas e sussurra.

-Thomas... Meu belo Thomas.

Levanto o olhar e vejo que Kim disse isso, me levanto e a olho, confuso.

-O que foi? Por que parou? -pergunta Kim, se levantando e cobrindo os seios.

Antes que eu pudesse responder, escuto alguns rapazes conversando e indo para os chuveiros, faço um sinal para que Kim fique quieta, ela veste o top, me enrolo na toalha e saímos do box na ponta dos pés, para ninguém saber que tinha uma garota seminua e que quase transou comigo no vestiário, debaixo do chuveiro. Depois que nos afastamos da parte do chuveiro, sussurro para Kim.

-Saia discretamente, ninguém pode saber que uma garota está aqui, menos você.

-Mas Thomas...

-Vai logo.

Kim olha assustada para mim, me obedece e consegue sair do vestiário sem que ninguém perceba. Por um lado eu queria transar com a Kim, ainda mais debaixo do chuveiro, que é um lugar um pouco improvável para fazer esse tipo de coisa, mas por outro lado, fiquei aliviado que os rapazes apareceram, porque eu tinha que dar uma explicação do porquê eu parei de agarrá-la e não estava com cabeça para dar explicação nenhuma. Vejo Max tirando a camisa e decido que não vou contar nada a ele, nem que Kim estava no vestiário, nem que a gente quase transou... Muito menos que eu pensei que estava quase transando com a Lynn.