Sumanai na, Itsumo.

AÇÃO: BANHO TERMAL!

Eram 5 horas da manhã. Sakura já havia feito sua higiene pessoal como de costume, porém, ao olhar em direção à janela pela décima segunda vez, ela deu uns pulinhos.

Passando um gloss de tom rosa-flamingo, ela penteou o cabelo com os dedos repetidamente. Respirando fundo, ela pegou seu jaleco e correu em direção as escadas, praticamente voando na escadaria de madeira polida.

Seus pais ainda não tinham acordado, então ela não tinha que dar explicações do porque estava saindo de casa tão cedo.

Para falar a verdade, já fazia quase duas semanas que ela acordava 3 horas mais cedo que o normal, e saía de casa sorrateiramente. Bom, não tão sorrateiramente assim...

Antes de abrir a porta da sala principal, ela novamente amaciou os cabelos com os dedos e checou o hálito com as duas mãos em forma de concha.

Tudo certo!

Abrindo a porta, ela se deu de cara com a melhor visão que poderia ter.

O nascer do sol? Não!

Sasuke Uchiha.

- Bom dia. – disse seu noivo, com a voz mais rouca do que o habitual.

- Dormiu bem? Não estou te atrapalhando não, certo? – E toda santa manhã era assim. Eu não calava a porcaria da minha boca.

- Não dormi ainda. – disse ele, começando a caminhar na direção em que iam desde que ele começou a buscá-la em casa, todas as manhãs.

Depois que Sasuke retornou a Konoha e havia proposto Sakura em casamento, mesmo com as turbulências de uma invasão e uma possível intervenção de Orochimaru com um usuário de potencial, um kekkei tota, ele a buscava em casa para levá-la ao seu local de trabalho, e a levava de volta para casa também.

- Aconteceu algo? Não quer parar um pouco para descansar? Eu não me importo se você não puder ir comigo hoje. – Sakura se esforçava ao máximo para não encher a cabeça dele de falas longas e entediantes, mas não conseguia esconder a empolgação e o medo de ser inoportuna.

As vezes ela até se beliscava para confirmar que estava mesmo vivendo na realidade em que o Sasuke tinha sentimentos mútuos por ela.

- Não, e é isso que me incomoda. Já deveríamos estar investigando os rastros de Orochimaru, porém não recebemos o aval de Kakashi. De acordo com ele, devemos aguardar por mais pistas dos criminosos. – suspirou, mexendo no cabelo enquanto falava rapidamente. – o que me preocupa.

- Você teme que o usuário de kiton ataque novamente e cause danos maiores?

- Não. – ele parou no meio do caminho, e olhou para Sakura. – quer tomar café?

- Quem? – Sakura olhou pra ele. – Eu? Agora?

- Você já comeu? – ele olhou para a barriga dela, que estava roncando. – não parece.

Sakura arregalou os olhos e imediatamente abraçou fortemente a barriga com as duas mãos.

Ela tinha passado tanto tempo olhando para a janela de forma apaixonada, que sequer havia se lembrado de pegar uma fruta enquanto corria em direção a ele.

O pior é que essa situação constrangedora vinha acontecendo com frequência, porém hoje foi o dia que sua barriga decidiu denunciá-la.

- Hehe. – ela coçou a cabeça, envergonhada. – onde você quer ir? Melhor, o que você quer comer?

- Eu já comi. – ele deu de ombros.

- Ah...

- Está chateada? – ele virou o rosto de forma que ficasse próximo ao dela.