Fases da Lua

Está me seduzindo?

Acordo e sinto meu corpo movimento minhas mãos e meus pés, ótimo, não morri, ainda.

Abro os olhos e vejo o que estou dentro de uma cela, isso me traz lembranças, com certeza minha sentença já foi marcada, eu tenho certeza que serei queimada.

Vejo Lebka aparecer na escuridão sorrindo para mim, olho para seu sinto e vejo as chaves das celas, posso tentar seduzi-lo, mas eu duvido que ele seria burro suficiente para cair nisso depois da última vez que ficamos nessa mesma situação.

- Já acordou, que pena, você fica linda dormindo – ele fala chegando perto da cela.

- O que fez com Nevra? - falo ainda no chão

- Seu namoradinho está bem, por enquanto – ele fala sorrindo.

- O que vai fazer com ele?

- Enforca-lo, e você, será queimada amanhã pela manhã – ele fala assumindo a pose de soldado.

- Essa é minha última noite viva? - falo e ele confirma com a cabeça.

- Deveria ter aproveitado mais a vida – falo me levantando e me limpando na roupa.

- O que quer dizer com isso?

- Você já deve ter provado de uma bruxa a essa altura não é, mas já provou de uma sereia – falo me aproximando das grades da cela tentando seduzi-lo, será que ele cai?

- Está me seduzindo? - ele fala ficando bem próximo do meu rosto.

- Se eu vou morrer mesmo por que não aproveita, Lebka, o caçador de bruxas que sobreviveu aos encantos da sereia, vai ficar legal nas suas cantigas – falo tocando sua farda e ele sorri.

- É, você tem razão, sempre tive vontade de te fazer minha – ele fala colocando as mãos no meu pescoço e apertando.

- Sou toda sua – falo tentando parecer sexy mesmo quase sufocada.

Ele me solta e abre a cela, tira sua farda ficando apenas com a camisa e a calça, me encosto na parede e ele encosta seu corpo no meu, ele me olha com muito desejo e eu só sinto nojo.

Ele me puxa para um beijo e me abraça, retribuo o beijo passando a mão pelo seu corpo até q sinto um cabo de uma adaga, essa será a minha arma contra ele.

Tiro rapidamente a adaga da bainha e escondo na manga na minha camisa, ele para de me beijar a boca e beija meu pescoço passando a mão no meu corpo.

- Vire-se – ele fala autoritário.

- Sim senhor – falo olhando em seus olhos e sorrindo.

Me apoio e rapidamente guardo a adaga no meu espartilho sem ele ver.

Ele rasga minha calça com força e mete em mim com muita força, me rasgando por dentro, a dor foi horrível, mas eu sei muito bem fingir e solto um gemido de "prazer"

- Sabia que você ia gostar – ele fala no meu ouvido

- Eu amei – falo e ele puxa meu cabelo.

Após dolorosos minutos finalmente sinto ele terminar dentro de mim, e sair me sujando inteira, ele vira de costas e assim que abaixa a guarda enfio a faca entre suas costelas,

Retiro a faca e ele vira para mim com raiva, esfaqueio ele novamente no estomago, e dou mais algumas facadas até ele cuspir sangue e ele cai no chão, pego as chaves do seu cinto e saio correndo da cela, meu deus, ele tem que ter morrido dessa vez.

Corro pelas celas até que encontro Alek e Nevra, os dois estão juntos na mesma cela, assim que apareço eles me olham e sorriem.

- Marjorie! – fala Alek esperançoso.

- Vim salvar vocês – falo abrindo a cela.

- Como escapou? - fala Nevra empurrando a porta.

- Não duvide do poder da sereia meu amor – falo e ele me abraça

- Você é incrível – ele fala e me beija, como senti falta do beijo dele.

- Vocês podem namorar depois por favor temos que fugir – fala Alek nos interrompendo, mas ele tem razão.

Saímos correndo pelos corredores até que escuto um barulho de arma de fogo e uma coisa quente no meu ombro, foi atingida por um tiro.

- Merda – falo sentindo a dor.

Nevra me coloca apoiada nos seus ombros e saímos correndo, quando chegamos do lado de fora fomos cercados pelos soldados da marinha, todos apontam suas espadas e armas para nós, escutamos barulho de casco de cavalos e vemos Lebka, ele está muito ferido, mas mesmo assim eu sei que é completamente capaz de lutar.

- E agora? - fala Alek.

- Vamos lutar, até a morte – fala Nevra.

- Nenhuma a menos - digo meu antigo bordão e eles me olham.