Nevra, está machucando

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Meu sono não dura muito e Nevra já está acordado, finjo que estou dormindo e ele tenta me acordar.

- Vamos sereia, temos um cálice para encontrar – Fala ficando por cima de mim e me beijando no rosto.

- Bom dia – digo abraçando-o.

- Bom dia – ele fala, me dá um selinho e sorri para mim, poderia ficar assim para sempre com ele nessa cama.

Me levanto, coloco minhas roupas e saímos.

Chagando no porto vemos o resto da tripulação colocando comida e outros suprimentos nos botes para levarmos para o barco.

Eu e Nevra vamos no primeiro que sai do porto e chegando no barco vou direto para o toalete tomar banho, mas Nevra me segura pelo braço me impedindo de continuar a andar.

- Espere, vou com você - ele fala sem olhar pra mim.

Encho a banheira de água e começamos a nos despir, ele entra primeiro e eu entro em seguida sentando em seu colo.

Prendo meu cabelo em um coque e ele beija minha nuca, ficamos fazendo carinho em silencio um no outro, me sinto mal em mentir para ele, preciso falar a verdade, mas tem que ser com jeitinho.

- Nevra? - digo baixinho.

- Hum – ele responde fazendo carinho nos meus braços

- O que você acha dessa perseguição as bruxas?

- Uma idiotice, são mulheres inocentes.

- E em relação mim?

- Não, você realmente é uma bruxa, me enfeitiçou e agora estou casado com você - ele fala sorrindo mostrando a aliança.

- Não posso fazer nada se sou irresistível - falo me virando para sentar em seu colo ficando de frente para ele.

- Por que essa pergunta?

- Por nada, sou queria saber.

- Você não dá ponto sem nó, sereia, fala logo o que está passando nessa cabecinha – ele fala encostando sua testa na minha.

- É sério, não e nada

- Então o seu nada te faz sair de noite para libertar mulheres? - ele fala engrossando a voz.

Merda...

- O que? - falo e fico ofegante.

- Eu sei de tudo, só precisei dar 2 medas de ouro para o taberneiro e ele abriu a boca que nem um passarinho cantando pela manhã – ele fala me colocando as mãos no meu quadril.

- Eu ia contar a verdade – disse nervosa.

- Sei que ia, mas não contou, o que foi que eu falei a você? - ele fala e me aperta com força.

- Para eu não ser mais a sereia – falo fazendo um rosto de dor.

- E você me obedeceu? - ele aperta mais e eu sinto muita dor.

- Não - falo quase que inaudível, está machucando muito.

- Por que? - ele fala rosnando para mim e me espertando mais.

- Nevra, está machucando – falo com voz de choro.

- Responda – ele fala folgando a apertão, respiro ofegante, com certeza os dedos dele ficaram marcados no meu quadril.

- Por que eu tenho um objetivo, da mesma forma que você tem o seu cálice eu tenho as mulheres, o Bruxas do Mar não morreu, eu sobrevivi.

- É isso que você quer? - Ele fala se encostando na parede da banheira e me olhando com seriedade.

- Sim – digo firme.

- Eu não vou te ajudar nisso – ele me afasta e se levanta.

- Eu consigo sozinha – digo olhando para o rosto dele.

- É bom mesmo – ele fala e sai do toalete.

Fico na banheira e abraço os meu joelhos, mas que merda, porque tenho que sempre escolher entre ele e meus objetivos, foi assim no começo entre tendo que escolher entre ele e ficar na ilha, depois entre ele e as meninas e agora entre ele e continuar com minha missão.

Se eu ficar com ele serei muito feliz, ficarei com ele o resto da minha vida e serei conhecida como a mulher do capitão Teach, talvez ainda seja reconhecida por ser a comandante, o que duvido muito, s eu escolher ele as mulheres sofrerão e morreram por causa da ignorância da igreja e das pessoas, eu não posso ficar de braços cruzados para isso.

Porém, se eu continuar com minha missão de resgatar as mulheres eu serei conhecida eternamente como a Sereia, posso renascer o Bruxas do Mar e fazer história com uma tripulação só de mulheres, porém não terei ele, e eu o quero ao meu lado.

Por que tenho que escolher? 

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