Você é mais que suficiente

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Já estamos a dias no mar, falta algumas horas para chegamos na primeira parada, ouvi dos marujos que essa cidade que vamos parar teve uma grande perseguição de bruxas, será a parada perfeita.

- TERRA A VISTA – fala Tayrone do observatório.

Alek pega a luneta e vê onde estamos chegando, todos os portos têm a bandeira do país pendurada.

- Portugal – fala Alek.

- Eu sei – digo, claro que é Portugal, eu segui o mapa. Idiota

Nevra sai dos aposentos e fica esperando chegarmos no porto, chegamos e ancoramos, jogamos os botes salva-vidas e fomos em direção a terra, chegando lá não fomos muito bem recebidos

- Não pode atracar aqui pirata – diz um homem fardado.

- Posso sim – fala Nevra jogando uma moeda para ele.

- Claro senhor, bem vindo a Sines - ele muda de tom na hora, que vendido.

Saímos e fomos em direção ao bar, é lá que vou obter informações, enquanto Nevra estiver bebendo eu vou ficar escutando as conversas.

Chegamos no bar e todos da tripulação já começaram a beber e se divertir, eu sentei do lado de Nevra, ele bebia e conversava com Alek e não me dava atenção, essa é a hora perfeita para eu por meu plano em prática, me levanto da mesa e vou em direção ao balcão.

- Uma caneca por favor – falo e taberneiro me olha troncho.

- O que uma mulher tão bonita quanto você faz em um bar cheio de marmanjo? - fala o taberneiro em um inglês distorcido, mas consegui entender tudo.

- Não sou uma mulher comum – digo tomando minha cerveja e falando na língua nativa dele.

- Notei – ele fala rindo.

- Estou atrás de informações sobre bruxas, tem alguma para me dar? – Vou direto ao ponto, ele deve ser cheio de informações.

- Bruxas? Essa cidade esta lotada delas, todos os dias as mulheres morrem afogadas ou queimadas -ele fala limpando o balcão com um pano fedorento.

- Onde elas ficam presas? – Falo, preciso do máximo de informações possíveis.

- No forte, não fica longe daqui, mas por que quer saber disso? - Ele fala parando e prestando atenção só em mim.

- Não interessa - digo me levantando do balcão.

- Informações não são de graça docinho – ele fala segurando meu punho me impedindo de sair.

Pego uma moeda de ouro e mostro a ele.

- Se tiver mais uma eu posso dar mais informações - Ele fala pegando a moeda.

- Me conte tudo e eu dou o resto do pagamento quando confirmar se suas informações são verídicas - me apoio no balcão ficando perto de sua cara.

- Quantas palavras difíceis, está bem, duas moedas agora, e uma quando voltar.

- Fechado – voltando a sentar no bar.

O taberneiro me contou tudo, é um total de duas mulheres, elas foram acusadas ontem e serão queimadas amanhã à noite, eu vou embora amanha de amanhã, só tenho hoje para ajudá-las, ou será tarde demais.

Ele termina de me falar e eu dou suas duas moedas, ele as guarda no bolso da calça e sorri satisfeito.

Volta para a mesa, e Nevra me olha curioso.

Fases da LuaWhere stories live. Discover now