PS Applehead

Free

Monique Kendrick
Segunda-Feira, 09 de Novembro de 1987
Mansão J-Kendrick, Los Angeles
16:33

– Eu não acredito que quais são as chances de uma coisa dessa acontecer? – enquanto o abraço – Eu descobri hoje pelo rádio que você é o Applehead! – choramingo, respiro fundo. Ele me leva até a mesa e me coloca sobre o móvel. Se afasta e me encara com uma careta – O que foi? – pergunta a ele que passa as duas mãos sobre o rosto, leva uma das mãos até um dos bolsos e tira uma folha dobrada em quatro partes de lá

– Eu, eu iria ficar mais um mês no hotel, até o tal William me abordar e dizer elegantemente para eu ficar longe da namorada dele. Eu me fiz de bobo e disse que não sabia do que ele estava falando, e então ele me traduziu de modo bem mal educado e debochado, que alguém como você jamais ficaria com alguém como eu! Admito que no momento fiquei muito chateado, eu queria socar ele mas, não tinha motivo. Eu avisei um dos meus seguranças para pegar minhas malas e sai dali imediatamente – ele olha para os próprios pés 

– Eu sinto muito que tenha passado por isso Michael, você sabe que eu jamais ficaria com o William! Não se lembra de tudo que eu falei para você? - pergunto a ele que apenas acena positivamente

– Quando falei de você para Daniel, meu melhor amigo... ele me disse que era impossível você ser assim, ele conhece sua fama dos tribunais e por acaso eu conheço John! Nossa quando ele me disse que eu estava dando a descrição da irmã do John eu quase enlouqueci!!! Quais são as chances de eu me apaixonar à primeira vista em Paris e depois ainda ter a surpresa de a garota ser uma das irmãs do meu melhor amigo? – ele me dá um lindo sorriso

– Realmente, é bem pouco provável de acontecer – sorrio – Você não vai acreditar no que William fez no meu último dia no hotel! Alias, eu fui embora assim que descobri que você havia ido, eu já queria ir para casa no primeiro dia para ser sincera, seu bilhete me fez ficar – seguro um sorriso para ele que me olha com uma carinha tão fofa

– Que bom que eu te fiz ficar – se aproxima colocando as mãos em minha cintura. Abro as pernas para o ter mais pertinho. Ele chega bem, bem perto e me encara de pertinho. Consigo até sentir o cheirinho do cabelo dele – Me diz, o que ele fez? – leva uma das mãos até o meu rosto e acaricia minha bochecha esquerda com as costas da mão direita que ainda continua sem nenhuma aliança, isso é maravilhoso! Ele não parece ser o tipo de cara que não usa aliança, acho que até se estiver de rolinho ele deve usar aliança

– Bem, fui para o restaurante do hotel, peguei a primeira mesa que vi! Quando me sentei não demorou nada para William aparecer e logo após uma senhora! Acho que ele tinha vindo primeiro para preparar tudo! Assim que ela chegou ele já foi me apresentando como namorada dele! Namorada! – ele segura uma risada – Eu fiquei com muita raiva porque parecia que ele estava tentando me usar! A mãe dele é daquelas chatas que acreditam que a mulher é obrigada a seguir o marido pra onde ele vai e aquela coisa toda... – ele olha para cima disfarçadamente – Não me diga que a sua mãe é assim – fecho os olhos e respiro fundo

– Ela é sim, eu também pensava assim porque ela me ensinou que era assim. Mas, graças a Daniel e ao seu irmão que também aprendeu com Daniel que as mulheres podem sim fazer o que querem mesmo depois do casamento, eu não penso mais assim! – ele sorri para mim –Mas, continua me contando sobre a conversa com a sua sogra! – ele diz entre risos e cruza os braços

– Depois de ela falar um pouco eu comecei a dar uma amostra da namoradinha que o filho dela havia encontrado! Eu a fiz acreditar que ele tinha me tirado de um prostibulo, que eu estava gravida e tinha doenças sexualmente transmissíveis! Do jeito que ela é, acho que deve ter levado William para uma bateria de exames e eu até gemi várias vezes acho que o restaurante todo deve ter me ouvido – começo a rir e ele também, ele para, me encara