Maeve Walsh tinha a vida dos sonhos em Nashville. Era popular, capitã das líderes de torcida, namorava o cara mais gato do colégio e ainda era a filha perfeita. Mas então, no dia do baile de formatura, tudo que Maeve sonhara para seu futuro em Nashv...
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— Espera aí, o que? - o tom indignado de Robert representava muito bem a situação.
Tem uns dias que Sarah disse que me amava e que a Maeve foi embora, ou melhor, levada.
Quando ouvi as palavras saírem da boca de Sarah eu paralisei, foi algo tão inesperado que eu não soube como reagir, eu a olhei por um momento e ela parecia esperar que eu dissesse alguma coisa, mas eu não sabia o que dizer.
A minha vida está de cabeça para baixo, batida no liquidificador e mastigada por um Troll. Eu estava me sentindo perdido e como se tudo já não estivesse confuso o suficiente, Sarah joga uma bomba no meu colo.
Eu gosto dela, mas não a amo.
Não amo e nem nunca amei alguém como amo a Maeve e eu não consigo nem pensar em como ela está, se ela acordou ou não e se, até mesmo, ela tem sentido minha falta, mesmo desacordada.
Lucian me mantem informado da situação dela, todos os dias, ele me manda mensagem dizendo como ela está e as vezes me manda fotos dela.
Eu odeio estar longe dela e odeio mais ainda que Afrodite tenha tirado ela de mim.
— E o que você vai fazer? – Peter questiona
— Eu não sei – assumo
Eu não costumo ser egoísta, mas nos últimos dias eu não ando me importando muito com nada que não seja ela.
— Você precisa deixar claro que você ama a Mae – Peter aconselha
— Mais? – Robert indaga – O cara nunca escondeu que era afim dela, nem mesmo quando se envolveu com a Sarah, ela sempre soube. – pontua
— Ele tem que ter responsabilidade afetiva e esclarecer as coisas, por mais que já estejam claras. – Peter diz
— Eu vou conversar com ela – afirmo e beberico minha cerveja
Nós estamos no bar e ele está prestes a fechar, há poucas pessoas nas mesas de sinuca e nós três.
Venho tentando seguir com as coisas da mesma forma de antes, porém em alguns momentos ainda vejo Maeve apoiada no balcão com cerveja enquanto sorri para mim. Minha mãe disse que eu devo seguir em frente e não viver em função da possível melhora de Maeve ou até mesmo parar minha vida até que ela acorde. Eu entendo que não deva e não vou parar minha vida por isso, mas as coisas são muito recentes, ela ainda é muito viva dentro de mim. Eu ainda sinto seu toque na minha pele, seus lábios no meu rosto e sinto seu coração bater próximo ao meu e eu não consigo fingir que eu não sinto sua falta.
O barulho da alavanca da porta chamou nossa atenção e um homem negro de mais ou menos 50 anos, engravatado, se fez presente no salão doa bar.
