Rosa Chiclete | Yoonmin

Bem-vindo à vida da Electra Heart.

Nota da autora: informação: meu kitty gang é completamente baseado na música bubblegum b*tch da Marina and the Diamonds porque eu sempre pensava nele escutando a música kkkk Electra Heart é o nome do álbum dela, por isso o título do capítulo (e todos os outros caps são partes da letra da música também). espero que gostem desse capítulo!

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— Ele só desmaiou por causa da dor — uma voz dizia, distante. — Na verdade, teve sorte. O ligamento do tornozelo não rompeu, só sofreu estiramento por torção. Nada demais. — Yoongi queria xingar quem estava falando, mas ainda não conseguia abrir os olhos e o corpo inteiro pesava, como se estivesse submerso sofrendo com a pressão excessiva da água. Nada demais? Não foi a pessoa que sentiu aquela dor desgraçada! — Alguns dias de imobilização e ele vai estar novinho em folha.

Imagens confusas enchiam a mente dopada do hacker. Kitty e o esconderijo de Agust, Kitty e os tiros, Kitty e a sua arma pressionada contra a bochecha do mais velho, Kitty e o seu adorável cheiro de lavanda. Yoongi tentou se lembrar de algo além, como onde estava ou o que tinha acontecido depois de fugirem do armazém, mas só havia o breu e a voz irritante dizendo que a sua lesão não era nada demais.

De quem era a maldita voz, afinal?

Ele demorou mais alguns minutos para conseguir abrir os olhos. Sentia sua garganta seca, como palha em chamas, e a língua tinha um gosto ruim de remédio. Quando, enfim, conseguiu erguer suas pálpebras pesadas, foi cumprimentado por uma luz forte, que machucou suas retinas e o fez gemer insatisfeito. Tentou se mexer, sair do ponto de alcance da luz, mas o corpo estava completamente apagado, ainda imerso na sensação anestésica.

— Hyung, ele acordou! — Ouviu uma voz ligeiramente conhecida e voltou a abrir os olhos, buscando o seu dono.

A primeira coisa que Yoongi viu, depois de acostumar os olhos à luz forte, foi o garoto do ônibus. Esse estava em pé ao seu lado e acenou com a mão para o mais velho ao notá-lo o observando.

O Min o ignorou e olhou brevemente em volta, tentando entender onde diabos ele estava. Não era um hospital e, muito menos, o seu apartamento. Era um quarto nu, paredes cinzas e livre de móveis, ocupado apenas pela cama em que o hacker se encontrava deitado e um armário de metal do outro lado. Parecia muito uma sala cirúrgica, com a luz forte vindo de uma lâmpada embutida no teto, e o loiro começou a se desesperar. Onde estava? O que fariam consigo? Por que seu maldito corpo não funcionava? Quanto tempo tinha...

— Oi, gatinho. — Era a voz de Jimin, interrompendo seus pensamentos alertas.

Yoongi virou o rosto para o lado e encontrou o mais novo sentado em uma cadeira, pernas cruzadas e um balãozinho de chiclete crescendo entre os lábios. Não estava mais usando a mesma roupa que o hacker se lembrava e tinha uma seringa, cheia de um líquido opaco, com uma agulha pequena em mãos. Quando os olhos amendoados do rosado encontraram com os do mais velho, ele se levantou e caminhou até a cama.

— Kitty, que merda... — O loiro tentou dizer, mas sua voz saía áspera e baixa. As palavras também vieram aos tropeços, uma vez que sua língua parecia pesada e inchada demais em sua boca.

— Shh, hyung, não se preocupe. — Jimin curvou-se sobre o seu corpo, o rosto próximo do seu. O hálito dele cheirava a menta pura, provavelmente por causa do chiclete que mascava. — Dorme mais um pouquinho — disse e deu um beijinho na testa do mais velho antes de enfiar a agulha da seringa no braço do Min, injetando o remédio em suas veias e observando-o mergulhar na inconsciência novamente, sem chances de protestar.

Quando Yoongi acordou novamente, não estava mais no quarto estranho. Kitty Gang e seu amigo também não se encontravam consigo. Era o seu próprio quarto, no seu apartamento. As cortinas estavam fechadas, bloqueando o exterior, e um cobertor limpo do seu guarda-roupa havia sido colocado sobre o seu corpo.