Miran,
Ontem fui dormir muito tarde, já era de quase de manhã, eu e a Marcela ficamos fofocando a madrugada toda. Hoje eu acordei com Lívia chorando dei leite pra ela e logo em seguida os remédios.
Ela estava bem enjoada, então deixei ela dormir mais um pouco, aproveitei e fui arrumar a casa que estava um verdadeiro lixão da Lucinda. Começei pelo quartos, depois o banheiro, sala e por último a cozinha.
Fiz uma sopa leve para Lívia e eu comermos. Quando acordei ela já ia dar três horas da tarde, a bebê demorou pra comer, mas comeu. Fiquei assistindo uns desenhos.
[...]
Marcela estava me pedindo pra ir buscar ela no pé do morro então e eu fui. Coloquei uma roupa de frio na Lívia e saí de casa.
Estava descendo o morro falando com algumas pessoas que eu conheço aqui do morro, até a Thainá me parar no meio do caminho.
Thaina: O que você estava fazendo ontem na garupa do meu marido com esse resto de aborto? - respirei fundo me controlando pra não bater nela.
Eu: Primeiro, se ele é seu marido quem te deve satisfação é ele, segundo, a próxima vez que você falar da minha filha eu vou te quebrar! - ajeitei a Lívia no colo e continuei descendo o morro.
Xxx: Miran! - olhei, era a Marcela do outro lado da rua. - Cê demorou eu fui subindo.
Eu: Tá achando que eu tenho carrinho no pé? - ela riu. - Bora tomar açaí?
Marcela: Bora, me dá ela - pegou a livia do meu braço com cuidado.
Fomos subindo o morro até quando chegamos na barraca de açaí da praça, a gente encontrou com o Nandinho e um menininho que aparentava ter dois anos.
Nandinho: Senta aqui? - chamou e nós fomos. - Esse é meu filho, fala "oi" Matheus.
Matheus: Oi... - disse com a boca toda suja de açaí. - Bebê? - apontou pra Lívia.
Eu: Sim, ela é bebê. Você tem quantos anos? - Matheus levantou três dedinhos - Nossa quantos dedos. - ele riu.
Marcela: Oi Matheus. - ela deu um beijo nele e no Nandinho. - A mãe dele deixou ele vim ou você trouxe sem ela saber?
Nandinho: Ela sabe. - passou a mão na cabeça da Lívia. - Aí filhão quando você crescer vai passar o rodo nessa aqui.
Dei um tapão nele e fui pedir o açaí pra mim e Marcela. Quando eu voltei o Rd já estava na mesa sentado junto de Nandinho.
Eu: É incrível como ele chega no lugar do nada. - falei dando um copo grande de açaí pra Marcela.
Ed: Quando cê menos espera eu apareço. - ajeitou o Matheus no colo dele. - Esse moleque tá pesado.
Nandinho: Só come. - riu. - Ele come seis vêzes no dia. Me leva a falência.
Marcela: Deixa o garoto, tem criança que é chata pra comer. - botou a colher na boca.
Eu: Verdade, a Lívia tá ficando chatinha pra comer mas tá comendo, dois anos enrolando mas come.
Ficamos conversando até escurecer, eu e Marcela fomos embora. Quando deixamos o ponto de açaí sentí apenas um olhar quente em minhas costas, minha maior suspeita era que fosse Rd.
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favelada
Non-Fictiondepois de ser expulsa de casa gravida miran teve que ir embora só com a roupa do corpo pra casa do pai da sua filha. como o esperado ele não aceitou ela na casa e duvidou de ter uma filha. Miran teve que ir morar com a amiga na favela até ela arra...