chapter twenty four

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     Dois dias?

     Não pode ser.

— Ela levou café da manhã pra você, croissants de queijo e rosquinhas, não foi?! – ele quis saber

     Eu o encaro e busco na memória se há dois dias ela me levou café da manhã, e a confirmação é como um soco no estomago. Ela estava escondendo as corridas de mim.

— Ela não correu com o Camaro, ela disse que ele resolveu dormir hoje, a pista estava úmida e o Maverick não tem tanta estabilidade na pista quanto o Camaro. Ela controlou o carro muito bem e, depois que ela ganhou, ela ia fazer a volta até mim, como sempre, mas o carro derrapou, tinha um buraco na pista e o carro pegou no buraco e capotou. Ela girou duas vezes com o carro, mas ele parou certo, ela estava desacordada quando eu me aproximei. – explicou o que aconteceu e eu só queria sentar.

     Me segurei nos braços da cadeira da sala de espera e me sentei, eu sentia minhas mãos tremerem e eu só queria vê-la.

— Eu também estou preocupada, Ethan, mas nós temos que esperar os médicos virem falar com a gente – Char sentou-se ao meu lado e afagou minhas costas – Ela é forte, e só vai ter alguns arranhões – falou de forma otimista

     Eu senti uma bola se formar na minha garganta e meus olhos se encherem. Ela disse que me amava pela primeira vez hoje, eu disse a ela que a amava e agora isso?

     Eu só quero vê-la e saber que ela está bem e que eu vou poder ver o sorriso dela quando acordar, vou ganhar um beijo pela manhã e ouvir ela dizer que me ama, que ela não estava escondendo as corridas de mim e que ela só teve alguns arranhões.

     Eu quero acreditar nisso.

— Eu preciso ver como está o carro e se dá para recuperá-lo na delegacia – disse Joel depois de um tempo de silencio – Charlise, não é? – se direcionou para a garota ao meu lado, que assentiu – Ela ganhou a corrida – o homem tinha um semblante triste ao entregar um pacote pardo, contendo provavelmente o prêmio da corrida – Me mantenha informado, por favor. Você pode me achar um cuzão, mas eu me importo com ela – se direcionou a mim, eu o olho e balanço a cabeça.

     Nem percebo o momento em que ele vai embora. Eu me sinto tão absorto com a situação que eu nem ao menos reparo que lágrimas escorriam pelo meu rosto desenfreadamente, só notei que estava chorando quando um soluço escapou dos meus lábios, Char logo me abraçou e eu continuei chorando sem qualquer controle.

— Ela disse que me amava – disse em meio as lágrimas – Ela disse que me amava, Charlise. – repeti para minha amiga – E agora? – eu a olho e a vejo espremer os lábios

— Ela ama você e vai voltar pra gente – afirmou a garota depois de alguns minutos em silencio

     Eu não a respondo, porque, a essa altura, eu não tenho certeza de mais nada.

     É quase cinco da manhã quando uma médica vem falar comigo, Charlise, Amanda, Robert e Peter, que chegaram um pouco depois que Charlise os ligou.

— Vocês são os acompanhantes de Maeve Walsh? – perguntou a mulher baixinha

— Sim – falamos ao mesmo tempo

— Certo. Eu sou a doutora Stevens – apresentou-se – A senhorita Walsh chegou na emergência desacordada, com algumas escoriações no rosto e corpo. Nós fizemos alguns exames e, de danos físicos, ela teve apenas uma fratura no braço esquerdo e uma luxação no tornozelo direito. Nenhum ligamento foi rompido e em semanas ela poderá tirar o gesso e a tala. – informou e houve um suspiro coletivo.

Your Favourite Boy | ✓Where stories live. Discover now