Dixie D'Amelio POV.
Às 3:45AM
— Então o Noah e o Bryce tiveram que correr do vestiário até a quadra para pegar as roupas deles. Foi hilário. — o outro garoto gargalha enquanto conta.
— Eu odiei esse dia. — Noah leva a cerveja até a boca e finaliza ela. — Eu até me senti aliviado pela Dixie não ter ido, aliás. Ela com certeza usaria o fato d'eu correr nu pelo colégio contra mim.
— O quê? — fico com um fio de voz, aquele que eu uso para mentir. — Eu nunca faria uma crueldade dessas.
Todos da mesa começam a rir, inclusive a Addison, apesar de sempre estar ao meu lado até em brincadeiras como essa.
— Pessoal, eu preciso ir. Minha mãe vai pegar plantão em quatro horas e eu vou ter que cuidar do Charlie. — Addison se levanta, remetendo-se ao seu irmão de poucos meses. Ela coloca a bolsa no ombro e olha para o Bryce. — Você pode ficar, se quiser.
Nós nos entreolhamos, assustados. Addison é hiper ciumenta, ela nunca deixaria o Bryce em qualquer lugar, bêbado e sozinho.
— Eu vou com você cuidar do moleque. — o moreno de olhos castanhos se dispõe, e se levanta.
— Bem, já está tarde mesmo. — murmuro, olhando no relógio. — O bar vai fechar em meia hora. Já podemos ir, não é?
— O bar, né? Você já chamou o Noah pra ir embora umas três vezes. Sabemos que vocês querem ir embora para transar.
— É, Bryce. Eu vou dar uma bela foda para o meu namorado. Mas se divirta dando banho no Charlie e trocando a fralda dele.
— Em que mundo eu deixaria o Bryce dar banho no meu irmãozinho? — a loira cruza os braços e ri, arrastando o Bryce até o carro, uma vez que ele deixa duas notas, pagando a conta. — Até sábado, pessoal.
Em dois dias ia ser o grande baile que estávamos ansiosos. Foi o que deu início a tudo isso.
Nick se vai, mas todos nós sabíamos que ele ia em algum outro lugar, para conseguir uma “transa fácil”, como ele sempre dizia. O garoto surpreendentemente tinha sido aceito em Harvard, o que nos deixou chocados, até pararmos para ver as notas dele. Conseguia ser melhor que as do Noah.
O bar era há duas quadras de casa. Nós pagamos tudo e eu e ele começamos a andar de mão dada. Estava calor, mas mesmo assim, não havia condição nenhuma que atrapalhava a companhia que tínhamos um do outro.
— O baile é daqui dois dias, hein? — eu o vejo olhar para mim no canto do olho esquerdo. — Já comprou um vestido?
— Não. — rio. — Já fui em duas boutiques, e não encontrei absolutamente nenhum vestido que presta. A maioria das garotas já conseguiu há um tempo, então só sobraram vestidos horríveis. Estou ferrada.
— Você podia só pegar um que tem no armário. Talvez ir com aquele do ano passado.
— É, claro.
Ele me olha como se aquilo fosse realmente sério. Reviro os olhos para ele, dobrando a esquina vazia.
— Fez um ano. — ele parece todo nostálgico. — Passamos por um bocado de coisa, não é?
