bolha social; chanrose

Verbalizar

se sair desse cap sem deixar um voto eu digo pro seu artista favorito q vc não toma banho nem escova os dentes

✶⊶⊷⊶⊷❍⊶⊷⊶⊷✶

Os raios solares, que ultrapassavam suas pálpebras, incomodavam os olhos de Chaeyoung, não a permitindo continuar em seu, não tão imperturbável, sonho. Ela pretendia ignorar aquele detalhe, mas então se lembrou de algo intrigante: sua cama não ficava muito perto da janela e seu lençol não tinha o perfume de Chanyeol. Então esta se deu conta de que não lembrava como havia chegado em casa, pois ela não havia chegado em casa.

— Chanyeol, acorda! — Chamou o rapaz que dormia sentado, com suas pernas que serviram de travesseiro para a cabeça de Chaeyoung, que deitara não muito confortável no banco de trás de seu carro.

E então a garota lembrara do que havia acontecido no dia anterior. Eles estavam tão entretidos com a boca um do outro que sentiram zero por cento de disposição para pararem de se beijar e voltarem para casa, então resolveram ficar por ali mesmo até chegar o limite de seus horários. Seria um plano ótimo, se eles não tivessem tirado uma soneca até o dia seguinte — são seis e cinquenta e cinco, faltam cinco minutos para meus pais acordarem e se darem conta de que eu não voltei para casa ontem!

Levantou com rapidez, mas logo se arrependeu pelo ato, pois sua visão ficou escura e sua mente girou de tontura por uns segundos até voltar ao normal. Ao perceber que a situação estava séria, o garoto superou todo o sono e preguiça que ainda sentia e seguiu em direção ao banco do motorista, dando partida no carro quando acordou realmente e pôde recordar de como se dirigia.

Graças ao horário, as ruas ainda não estavam lotadas de pessoas indo às escolas ou aos empregos, então o mesmo pôde seguir pela pista sem ter que lidar com um grande número de carros. Não conseguiu chegar em cinco minutos, mas chegou cedo o bastante para ver que o pai de Chaeyoung ainda abria as cortinas de seu quarto.

— Se você correr, dá tempo de ir para seu quarto — falou vendo a mesma desesperar-se.

Retirou seu cinto, nervosa, abrindo a porta do carro em seguida, mas parou antes de colocar um pé para fora, pois lembrou-se de algo fundamental.

— Muito obrigada pela carona e pela noite de ontem — sorriu rapidamente, selando os lábios do rapaz, intimamente, mas antes que o mesmo pudesse fazer algo, ela já estava correndo em direção à porta dos fundos de sua casa.

Ele não podia negar, havia sido uma noite e tanto para ele também.

Para Chanyeol, havia acontecido tudo rápido demais. Ele não teve tempo de pensar sobre o que ele sentia a respeito de Chaeyoung, quando percebeu, já estava aos beijos com a garota. Apesar de ele não ter ponderado sobre o assunto, Chanyeol sempre soube que durante aqueles vinte e dois dias, algo em seu interior havia mudado. O jeito que ele não conseguia mais fumar para desestressar, não foi uma coincidência. Ele não conseguia mais fumar para desestressar porque este já não andava tão estressado, pois sempre que via a garota, seu estresse automaticamente dissipava-se.

A culpa, embora, não era totalmente de Chanyeol. Ele lutou contra tudo e todos – e até contra seus hormônios à flor da pele – para não se render a Park Chaeyoung, porque, apesar dele não querer pensar sobre, o mesmo sabia que aquilo não iria durar. Ela poderia prometer o que fosse a ele, no final das contas, iria se dar conta de que se envolver com ele era um erro.

E foi com aquele devaneio martelando sua mente, que Park Chanyeol arrancou com o carro e foi embora.

(...)

— Pode deixar que eu fecho a cafeteria, Chanyeol, você volta para casa, sua irmã deve estar te esperando — disse Kim Jisoo, a gerente da cafeteria onde o rapaz trabalhava.