"Por que eu tenho que ser submetida a isso?".

Eliminou todo o tecido de seu corpo, agora nu, logo ligando o chuveiro, solicitando uma água morna, que pudesse lavar até sua alma.

Enquanto isso, Seulgi deixava o quarto de sua unnie, indo até o dela. Seus olhos pareciam estar perdidos, também estavam totalmente abertos. Ainda não acreditava na reação que teve. Até alguns dias atrás, ela pedia para sua amiga se apaixonar e agora que a própria fez isso, tinha um sentimento de negação.

— Por que eu fiz aquilo? — perguntava a si mesmo encarando o teto, já deitada em sua cama.

Julgava que Deus lhe responderia, mas a verdade é que Seulgi quem deveria encontrar a resposta. Lembrou-se dos últimos em que se trataram mais como estranhas. Nos primeiros momentos disseram que era só não se lembrar daquela noite que tudo voltaria ao normal.

Mas não voltou.

A relação de ambas só estava se esfriando e agora sentiam medo do que poderia acontecer dali pra frente.

Resolveu apenas fazer o que foi-lhe proposto: ir ao supermercado e comprar o que tinha de ser comprado. Levantou-se da cama logo decidido a realizar seu objetivo, quando viu a imagem de Irene na porta de seu quarto, com um roupão, pois havia acabado de tomar banho. Seulgi não entendia bem, mas não objetivou nada. A expressão da mais velha não era tão boa. Elas deveriam conversar.

— Bear... — caminhou até a mais alta lentamente e a Kang sentia mil borboletas voando em seu estômago. — Por que está agindo assim? — disse parando em sua frente, pondo as mãos no bolso do roupão.

Seulgi levantou-se para ficar de frente com a mais velha. Passou a língua em seus lábios finos, como sempre faz. — I-irene... — balbuciou o nome da garota, estando nervosa com aquela cena. — É que... — desviou seu olhar para não pensar besteiras.

— O quê? — a menor tentava fazer com que a monólita a fitasse também. — Por que não olha para mim, uh? — segurou seu rosto, fazendo com que ela a encarasse dessa vez. Uma conexão bastante forte surgiu, porém, ambas não proferiam nada, apenas cruzavam olhares curiosos e confusos. — Não vai me responder nada? — dizia ainda mais próxima da maior.

— E-eu não sei o que posso te dizer... — gaguejava de nervosismo diante da garota.

— Não? — Irene enunciava de uma maneira sensual para a garota, que ouvia e sentia seu coração palpitar pelo nível da proximidade.

"Deveria afastá-la?".

Mas os olhos de Irene apenas brilhavam e se tornavam mais claros e eles caminhavam pelos olhos monolíticos da garota.

— Então eu te ajudo. — puxou aqueles lábios finos da mais nova para se chocarem com os seus.

Segurou com as duas mãos a face da mais alta e Seulgi a agarrou pela cintura, fazendo com que aquele contato aumentasse. Era como se estivessem matando a sede ou a fome. A língua de ambas invadia o espaço, tornando aquele momento um pouco quente.

Seulgi jogou Irene em sua cama, ficando por cima da mesma. O beijo continuava mais forte. Mas aquilo poderia passar de toques de lábios e se transformar numa memória sexual. Irene já até mesmo proferia o nome da Kang entre sussurros, enquanto a mesma tomava posse de seu pescoço. Ela o segurava por seus cabelos morenos.

— Seulgi... — num tom roco ela enunciava seu nome, de uma maneira sexy. — Seulgi... — e Joohyun tornava a chamar por seu nome e a jovem entendia que ela pedia para não parar. Porém, aquele chamado foi ficando mais forte, como se estivesse gritando. — Seulgi!

Amigas de Quarto | Seulrene Where stories live. Discover now