15 • Another Way To Die

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🏵 Nashira 🏵

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🏵 Nashira 🏵

Eu acabei dormindo mais do que imaginei, não que isso tenha sido uma coisa ruim. Sentia-me estranhamente calma, não é como se tudo já estivesse terminado, porque com certeza não acabou, mas eu me sentia calma. Havia uma energia estranhamente tranquila pelo ambiente que me enriquecia de uma sensação que eu não sentia a muito tempo, tudo isso acumulado com outro tipo de sensação intrigante que era nova para mim.

Ainda estou no quarto com Harry, numa posição diferente da que eu me lembro, o braço dele está em volta da minha cintura e uma coberta aquece os nossos corpos. Isso me faz lembrar do que fizemos, não estava na minha cabeça fazer isso quando o dia chegou. Foi uma madrugada agitada. Le Bourreau chegou em Agwo e, desde então, nada parou. Para completar eu ainda contei para Adla e para meu tio sobre meu pai.

Foram longas horas de puro trabalho, eu não imaginei que teria energia para isso e nem para o que fiz com o Harry. No entanto, eu tive e foi melhor do que eu imaginei.

Mesmo que Harry não tenha sido o primeiro a me tocar, sinto que pela primeira vez eu fui tocada da maneira certa. Nunca senti um prazer tão alto como este, foi bom e me fez sentir válida, eu me senti viva. Senti como se as memórias ruins fossem ficando mais transparentes, menos evidentes, apesar de ainda me ferirem, doeu menos e, de alguma forma louca, eu precisava disso. Desse tipo de afeto para apagar minhas memórias ruins, ou parte delas.

Porém, ele não vai ficar para sempre ao meu lado e eu sei disso, infelizmente, eu sei. Imaginar que ele vai ter que ir embora quando tudo isso acabar, faz com que algo doa em meu peito. Eu estou gostando da presença desse soldado, mas não é aqui que ele pertence e eu tenho que entender isso logo.

A minha pulseira vibra no meu pulso, eu solto um suspiro e tiro o braço do Harry na minha cintura. Ele resmunga algo e eu visto a minha blusa. Sigo até a varanda e atendo a chamada.

Logo, a pulseira forma um holograma de Adla.

— Querida, precisa vir para a sede e traga os soldados, agora.

— Le Bourreau falou algo? — pergunto e ela suspira.

— Apenas venha — fala e eu noto certa apreensão em sua voz. Logo, eu apenas sei que eu tenho que ir para lá o mais rápido possível.

Solto um suspiro quando a imagem holográfica de Adla desaparece. Sigo até a cama, onde Harry ainda está dormindo. Sento-me ao lado dele e passo a mão no seu cabelo.

— Harry... — chamo-o devagar. Ele se move um pouco e sua mão segura meu pulso. Sorrio. — Temos que ir. Adla ligou — falo e ele resmunga algo.

— Já? Por quanto tempo a gente dormiu? — pergunta e eu olho para o relógio.

— Umas seis horas — digo e ele resmunga algo e vira de costas para mim. Depois ele vira o rosto me olhando e sorri um pouco. — O que foi? — pergunto, ele se vira e fica com o corpo dele de frente com o meu. O rapaz se levanta um pouco e passa a mão no meu rosto.

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