05 • You going to f*ck me up

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Você vai me foder.

Você vai me foder

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🥀 Harry 🥀

O sorriso no seu rosto maquiado é divertido. Ela está segurando um balde, enquanto a garrafa de champanhe está caída no chão.

Eu ainda sinto um pouco do calor, mas está melhor. Óbvio que estaria, a mulher jogou água gelada em mim. Agora eu estou molhado, pelo menos tirei minha blusa antes, isso lembra que minutos atrás ela estava tirando minha cueca. Na verdade, a alucinação que tive dela. Olho para baixo e agradeço mentalmente por estar de calça.

Respiro fundo, minha cabeça pesa e me sento na cama. Nashira continua me observando atentamente.

— Porra... — gemo baixinho pela dor de cabeça que começo a sentir. Deixo minha mão na testa e massageio minha pele, mas não sinto tanto alívio.

Sinto-me grogue, talvez o melhor termo seja chapado. Só que melhorou, com certeza o banho gelado de Nashira ajudou.

— Parece que agora as coisas se inverteram uh — a mulher diz e se aproxima de mim. Fico observando seus passos lentos em minha direção.

Ela está com um top agora, mas a saia prateada continua em seu corpo. Além disso, ela está com uma fita da mesma cor da saia na perna onde levou o tiro. Levanto minha cabeça e a olho.

— Por que drogar todo mundo?

— Para ninguém se desviar do objetivo: diversão, sexo... — diz e fica me olhando. Franzo minha testa.

— Não parece drogada —digo, ela desce sua mão até a saia e desdobra o tecido pegando algo, acabo notando uma mancha no seu braço, um corte novo. Por que a machucam tanto?

— Não deixei que fizessem isso comigo hoje — percebe minha atenção e explica, logo me mostrando duas pílulas amarelas.

— Quem te machucou? — pergunto, sinto-me tentado em tocar na sua pele, ainda estou drogado.

— Eu fugi e matei Abelie. Não voltaria para encontrar braços abertos. — Seu tom é sério. — O que quer aqui?

— Le Bourreau.

Escuto sua risada, eu não disse algo idiota. Com certeza não. Nashira, parece diferente também.

Ela sóbria é mais provocativa. Não que ela não fosse antes, talvez eu tivesse interpretado errado, enxergando-a como vítima, como alguém que se feriu, enxergando-a como fragilidade, alguém com medo e perdida.

Tolice, porque ela atirou em mim. Ela tem algo selvagem.

— Nashira, ajude-me — peço e olho para seu pescoço, mas não vejo o colar que ela pegou. — Eu sei sobre Agwo — revelo e levanto minha cabeça, olhando para seus olhos castanhos.

Por um instante vejo um pouco de surpresa em seus olhos, mas ela volta e me encara como se eu não tivesse falado nada.

— Agwo? — pergunta desentendida.

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