Sete Pecados Capitais - pjm×jjk

XV

1 semana depois

Já se passaram uma semana, sete longos e infernais dias desde o acontecimento. Jimin e Jungkook não trocavam uma palavra se quer, mas se viam todos os dias por causa dos serviços novos que apareciam, era como um castigo.

Vez ou outra eles trocavam olhares, diferente das outras vezes, esses eram triste e vazios, mas mesmo assim a simples interação fazia o coração dos dois palpitarem de dor, saudade e amor. Amor que possuia os corações quase humanos que precisavam e desejavam um ao outro.

2 semanas depois

Passaram-se mais sete dias, e os pecados podiam jurar que mais pareciam anos, ou no ápice da abstinência, pareciam décadas. Já não haviam se visto mais desde da semana passada, o que intensificou ainda mais a dor, porque mesmo não podendo se tocar, sentir o aroma de ao outro de longe, já saciava o mínimo da saudade.

Eles podiam não se falar, mas ao olhar um pro outro, sentir o calor e a energia dos dois no local, aliviava um por cento de toda a saudade, mas ao mesmo tempo, a aumentava.

São paradoxos criados pelo amor, amor daqueles que foram proibidos a força de se entregar ao intenso e verdadeiro sentimento.

Um amor tão forte, que superou qualquer estereótipo e limitações entre os dois pecados.

Mas esse amor tão forte não superou as consequências, era impossível imaginar que aquele que tanto ama, passaria a eternidade sofrendo no inferno, pelo simples fato de se permitir viver do lado de quem o faz feliz.

Jimin amava Jungkook com todas suas forças, ele não imaginava viver sem o moreno de lábios finos e sorriso encantador, porém teria que se afastar, não conseguia nem imaginar aqueles olhos hipnotizantes sendo tomados pela dor, era demais pra ele.

Jungkook amava Jimin com todas suas forças, mas não conseguia compreender o porque Jimin havia se afastado tão bruscamente, não entendia o porque ele não havia lhe explicado o motivo.

3 semanas depois

Jimin estava deitado na sua cama como fazia a três míseras semanas, procastinando e se levantando apenas para suas higienes.

Ele chorava com frequência, praguejava contra si mesmo algumas vezes, se sentia culpado por estar naquela situação, se sentia tolo por se apaixonar.

De repente ele pode ouvir o toque do seu celular noticiando que havia chegado uma mensagem.

Jin:
oi jimin, estou na frente da sua casa, abre ai.
enviada 10:00pm

Jimin:
ta aberta, pode entrar.
enviada 10:00pm

Não demorou para que a porta fosse aberta, Jin seguiu em direção ao quarto de Jimin e encontrou um ruivo com os olhos inchados, denunciando que ele havia chorado.

Jin sabia o que estava acontecendo, não era tolo e já analisava a situação a um bom tempo. Entre todos os pecados ele era o único que conseguia demonstrar afeto sem dificuldade.

Ele era capaz de sentir amor, porque amava o dinheiro.

—Quer falar sobre o que aconteceu? —Sentou a lado de Jimin.

—Você já sabe, não é? —Jimin até tentou disfarçar, mas logo percebeu que o loiro sabia exatamente do que se tratava.

Jin apenas assentiu, vendo os olhos de Jimin lacrimejarem, enquanto tentava segurar o choro.

—Lúcifer me proibiu de amar Jungkook. —Foi direto, esse altura do campeonato pouco se importava com quem ele deveria ser.

—Com o que ele te ameaçou? —Jin escutava, atento.

—Disse que se eu não parasse, iria acorrentar Jungkook. —Colocou a mão na face avermelhada por conta do choro, que voltou a domar suas emoções.

—Ji. —Jin o abraçava, acariciando seus fios avermelhados.—Você sabia que eu era um anjo divino?

Os olhos do ruivo se arregalaram, estava surpreso.

—Um anjo divino? —Seus lábios carnudos fizeram uma forma de "O". —Que ficam ao lado de Deus e tudo?

O loiro afirmou com a cabeça, sorrindo.

—O que te fez ser expulso de lá? —Jimin perguntou curioso, toda sua carranca soberba tinha sido jogada por água abaixo, ele se permitiu ser acolhido.

—A liberdade. —Jin respondeu, deixando Jimin confuso. —Pra sermos felizes temos que desagradar algumas pessoas, e a pessoa que eu desagradei foi Deus.

Jimin ainda parecia um tanto confuso, mas algumas coisas pareciam se encaixar.

—Eu era líder do coral dos anjos, junto de Lúcifer.—Explicou.—Lúcifer me falava o quanto seria bom sair dali e fazer o que quiséssemos.

O avermelhado ouvia atentamente o loiro, era uma história muito impressionante.

—Eu não era feliz, vivia ensinando anjos de luz a cantar, mas Deus já não podia ter criado eles sabendo? —Fez uma pergunta retórica. —Então um tempo depois Lúcifer foi expulso, teve toda a história de Adão e Eva e você conhece o resto.

—Então tudo era verdade? —Perguntou o ruivinho.

—Não como contam. —Deu de ombros. —Enfim, depois que ele foi embora percebi que o Diabo não é inteiramente mal.

Ele continuou, vendo Jimin levantar uma das sobrancelhas com a parte "O diabo não é inteiramente mal", pois ele agora o odiava com todas as forças.

—Ele foi criado assim, com esse sentimento de inveja, ganância, soberba e ira.—ditou.—Deus o criou para ser o vilão, porque sem um vilão não existiria mocinho. Enfim, tenho que ir agora, fique bem. —Foi última coisa dita antes de Jin ir embora, agora Jimin estava pensativo e teve a ajuda da Ganância, que agora se retirava de sua casa.

Jimin já sabia o que fazer.