04 - Lee

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Grace estava simplesmente deslumbrante e sexy em seu vestido preto, quando vi ela descendo as escadas meu coração disparou, tentei prestar atenção no que Rupert dizia mas era muito difícil, meu olhar estava atraído pela presença dela.

Matt me levou até a mansão onde eles moram, não me impressionei já que os pais dela lida com hotéis e estábulos, fiquei contente em saber que eles conhecem os produtos da minha família há algum tempo. Rupert e Andeline foram muito receptivos, Elliot também foi simpático e rapidamente me enturmei. Percebi que eles são bem unidos, assim como a minha família, tinha alguns porta retratos com fotos deles, vi fotos de Grace nas suas competições e achei ela uma gracinha quando adolescente.

- Não está se escondendo de mim está? - perguntei quando me aproximei de Grace na varanda.

- Não... Eu só precisava de um pouco de ar.

Me aproximei ficando do seu lado, olhei para o seu rosto delicado e bem emoldurado pelo cabelo curto e bem liso, sua pele é clara e o cabelo bem preto, nunca prestei atenção em contos de fada, é claro, mas Grace poderia muito bem ser a Branca de Neve.

- Gostei da sua família. - comentei e ela sorriu.

- Ah... Isso é porque você não viu quando meu pai resolve cantar, eles são animados e alegres demais para serem britânicos.

- Você diz isso mas só tem um irmão, experimente ter quatro irmãos em uma casa, aí sim que é animação de verdade. - ela me olhou com curiosidade.

- Você tem quatro irmãos? Nossa, quem tem mais de dois filhos hoje em dia?

- Minha mãe... - ela riu e eu achei o som fascinante.

Minhas mãos formigavam com a vontade de tocá-la, eu nunca tinha me sentido assim com uma mulher, talvez seja porque estejamos com o seus pais e eu não posso simplesmente tocar ou beijar seus lábios.

- Então, se você é dos Estados Unidos, porque está aqui, quer dizer, porque joga pra Inglaterra?

- Eu comecei um pouco tarde, aos onze anos, muitos garotos aprendem tênis mais cedo que isso, mas me dediquei muito, treinei pesado e meu professor me disse na época que eu tenho uma boa memória de quadra, ou seja, não esqueço o que aprendi o que tornou um pouco mais fácil. Aos quinze anos comecei nos torneios juvenis principais nos Estados Unidos. Um técnico que tinha uma escola aqui em Londres assistiu uma partida minha quando tinha dezenove, ele era olheiro, buscava talentos mas na época tive sorte dele ter ido ao meu jogo porque ele estava de férias com a família, ele me procurou depois da partida e disse que aceitaria ser meu treinador se eu viesse pra cá, então eu vim, Arthur me ensinou muita coisa, melhorei minhas técnicas, fortaleci meu corpo e um ano depois estava competindo em grandes torneios mundiais... Então eu simplesmente acabei  ficando por aqui.

- Nossa... Sua história é incrível. - Grace comentou e tomou um gole de vinho branco.

O jantar foi anunciado e voltamos para a grande sala de jantar, percebi que ali só tinha pessoas próximas a família e fiquei feliz por estar presente. A conversa foi agradável, a comida estava deliciosa, Grace sentou do meu lado e eu quis colocar minha mão na sua perna mas não fiz isso, ainda é muito cedo, não estou entendendo o que está acontecendo comigo, eu mal troquei algumas palavras com essa mulher e ela está me atraindo de um jeito intenso.

- Então Lee, quando o veremos em ação? Admito que sou um fã de tênis, como percebeu essa família adora esportes.

- Estarei no Aberto de Cincinnati na próxima semana e depois em Nova York.

- Isso é ótimo, traga as taças para casa por favor! - ele pediu e eu dei um sorriso.

- Vou tentar, esse também é o meu desejo.

Depois do jantar, a maioria continuou conversando no terraço com uma vista linda para o jardim da casa, Elliot me convidou para aparecer na hípica para uma partida de pólo e eu aceitei de bom grado.

- Grace, mostre suas medalhas para o Lee. - Rupert pediu para Grace.

- Pai aposto que Lee não quer ver isso. - ela respondeu corando.

- Eu quero sim. - falei ficando de pé e ela pareceu surpresa.

Grace me levou por um corredor até entrarmos no escritório, eu realmente não estava muito interessado em olhar medalhas mas queria ficar mais tempo com ela. Vi um quadro repleto de medalhas, fiquei do lado dela e olhei para o seu corpo e notei que ela ficou arrepiada.

- Está com frio? - perguntei mesmo sabendo a resposta.

- Não... Estou nervosa. - ela falou baixo.

- Porquê? Não precisa ficar nervosa.

- Não sei... acho que é você que está me deixando nervosa.

Me aproximei ainda mais dela, vi seu peito subir e descer rápido, igual ao meu, coloquei minhas mãos no seu rosto e olhei em seus olhos cor de mel.

- Quero beijar você... - falei com a voz baixa.

- Então beija.

Grace é mais baixa que eu uns quinze centímetros, baixei minha cabeça e nossos lábios se encontraram, ela abriu a boca e para minha surpresa iniciou o beijo, seus lábios são macios, suguei o lábio inferior com um pouco mais de força e depois passei a língua. Grace segurou meus braços e eu puxei sua cintura. O beijo estava sendo delicioso e eu perdi a noção de onde estávamos, nos afastamos e Grace corou. Alisei seu rosto com o nó dos dedos, me inclinei novamente e beijei seus lábios mais uma vez, em seguida beijei sua mandíbula e pescoço, Grace arqueou o corpo na minha direção e soltou um suspiro trêmulo, ela tem um perfume suave, que eu gostei na hora.

- Não posso Lee... - ela falou e eu me afastei para olhar para ela.

- Eu sei, estamos na casa dos seus pais, desculpe.

- Você não namora a Leslie Simons? - ela perguntou e eu franzi a testa confuso.

- O quê?

- Eu li em um site que você e a Leslie namoram.

- Não... Eu não namoro a Simons, somos amigos apenas.... Espera aí, você pesquisou sobre mim? - Grace ficou vermelha e eu dei uma risada baixa.

- Sim, pesquisei... Não sabia nada sobre você e fiquei...

- Curiosa? - sugeri com um sorriso.

- É, isso, fiquei curiosa.

- Então isso nos traz de volta a pergunta de hoje de manhã... Você gostou de mim também?

- Lee... - ela ainda estava envergonhada.

- Você me disse que estava decidindo e agora que sabe tudo sobre mim, pode responder.

- Sim, eu gostei de você... Satisfeito?

- Estou, por enquanto... - fiquei sério e olhei para ela - Eu gostei de você Grace e quero te ver de novo essa semana.

- Você tem treinos e precisa se preparar para a viagem.

- Eu consigo uma folga... Por favor Grace, se eu me der bem nos torneios vou demorar mais de um mês pra voltar... Um jantar, o que acha?

- Está bem... Um jantar.

Dei um sorriso enorme e beijei rapidamente os lábios de Grace que sorriu também.

- E vai ser inesquecível, prometo.

Voltamos para a varanda onde Rupert contava uma história interessante sobre os negócios. Matt me olhou com um sorriso malicioso e eu sabia que ele iria me encher de perguntas no caminho de volta pra casa, mas não me importo, estou feliz porque vou ter Grace por uma noite inteira.

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