Capítulo 18: Show Particular

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Outro capítulo novo que não postei na primeira versão.

Boa leitura e espero que gostem.

No dia seguinte, assim que eu abri os olhos, percebi duas coisas:

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No dia seguinte, assim que eu abri os olhos, percebi duas coisas:

1: eu estava sem roupa.

2: esse não era meu quarto.

Sentei na cama assustada e olhei em volta tentando lembrar o que tinha acontecido na noite passada.

Bruno.

Eu passei a noite com ele.

De novo.

Olhei para o outro lado da cama e estranhei quando não vi o Bruno. Não querendo levantar pelada, peguei uma blusa dele que estava jogada no canto da cama e vesti.

Eu sabia que nesse horário nem minha mãe ou o Damon estavam em casa, o que significava que eu poderia ir para o meu quarto sem problema.

Levantei da cama e depois de pegar minhas roupas que estavam jogadas no chão junto com meus sapatos, eu caminhei em direção a porta.

Sair de fininho. Isso ai, Helena.

No entanto, assim que coloquei minha mão na maçaneta e tentei girar ela, percebi que a porta estava trancada.

Mas o que?

Por que o Bruno trancou a porta?

Quando eu ia começar a bater na porta eu ouvi passos e vozes se aproximando.

- Eu não quero falar sobre isso agora. - era a voz do Bruno, e ele tinha parado na frente da porta.

- Você vai para a faculdade ano que vem. É seu futuro. - e dessa vez, quem falou, foi o Damon.

Droga.

Apertei minha roupa contra o meu peito e olhei em volta tentando achar uma saída. A única porta disponível era o banheiro, e se o Bruno deixasse o Damon entrar, era para lá que eu ia correr.

- Depois a gente conversa, pai. - o loiro exclamou, parecendo impaciente. - Eu nem acordei direito.

- Pensa no que eu te falei.

A maçaneta girou e eu corri em direção ao banheiro com medo do que estava por vir.

Parabéns, olha onde você se meteu, Helena.

- Helena? - Bruno, chamou e então ouvi a porta do quarto fechar de volta. - Ele já foi.

Coloquei a cabeça para fora do banheiro e suspirei aliviada quando só vi o filho do meu padrasto parado me olhando.

- Por que trancou a porta? - perguntei, deixando minhas roupas no chão para me aproximar dele.

- Lúcia costuma arrumar o quarto quando eu vou tomar café. Mas quando a porta está trancada, ela entende que não é para entrar. - contou.

Passei a mão nos meus cabelos ainda me sentindo nervosa.

- Ok. - murmurei, entendendo ele. - Eu tenho que ir para o meu quarto.

- Por que? Esse aqui é bem grande. - ele disse, e quando tentou se aproximar, eu dei um passo para trás.

- Preciso tomar banho.

- Aqui tem um banheiro. - rebateu, não desistindo.

- Bruno, é sério. Eu tenho que ir. - falei, e quando peguei minhas roupas e fui passar por ele, o mesmo segurou meu braço me puxando em sua direção.

Segurei a vontade de fechar os olhos quando ele inclinou seu rosto na minha direção e deu um beijo suave no meu pescoço.

- Você fica bem com a minha blusa. - disse, ainda me segurando. - Mas deveria tirar ela antes de sair.

Verdade, a blusa.

Me afastei dele e caminhei em direção ao banheiro querendo trocar de roupa.

- Sério isso? - perguntou, me fazendo sorrir.

- Não vou fazer um show particular para você. - exclamei, e fechei a porta do banheiro.

Depois de tirar a blusa dele, eu coloquei minha camisa e minha calça jeans. Prendi meu cabelo e joguei água no meu rosto tentando parecer mais apresentável.

- Você ia sair sem se despedir. - Bruno, exclamou, quando voltei para o quarto.

Ele estava encostado na parede ao lado da porta e seus braços estavam cruzados.

- Bruno, a gente mora na mesma casa. - falei, e coloquei a blusa dele de volta na cama. - Meu quarto é ali do lado.

- E daí? Ainda mágoa meus sentimentos. - disse, com falsa inocência. - Mas claro, você pode resolver isso aparecendo no meu quarto hoje a noite.

Eu sorri nem um pouco surpresa com sua falta de vergonha.

- Eu não vou aparecer mais no seu quarto. - falei.

- Então eu vou no seu? - sugeriu.

Sabendo que essa conversa não ia chegar a lugar nenhum, eu caminhei em direção a porta.

- Tchau, Bruno.

E quando eu estava saindo, ouvi ele exclamar:

- Até mais tarde, Helena. Deixarei a porta aberta.

E, por mais que no momento eu tenha negado, eu apareci no quarto dele de noite. Fiz isso pelas próximas noites sempre que nossos pais não estavam em casa.

Ficar com ele me fazia perder a razão e eu simplesmente não ligava para as consequências.

Mas eu sabia que isso só tinha como terminar de um jeito, e não ia ser nada bom.

Ele é o Filho Do Meu Padrasto // ConcluídoWhere stories live. Discover now