Entrei em um corredor para procurar o Bruno quando alguém me puxou fazendo minhas costas bateram na parede.
- O que você está aprontando? - meu namorado perguntou na minha frente.
Ficando aliviada por ser ele e não uma doida querendo vingança, eu sorri.
- Por que acha que estou aprontando?
- Estão dizendo que sua conversa com as outras mulheres foi... animada. - disse, e quando ele chegou mais perto e encostou seu corpo no meu, minha pulsação acelerou.
- Boatos. - menti.
Encarei seu pescoço e quando passei meu dedo levemente por aquela região, ele engoliu em seco.
- Eu preciso de você.
Minha pele formigava e tudo que eu conseguia pensar era em como ele estava bonito.
E era irresistível.
- Eu estou aqui mon amour. - Bruno, exclamou com o rosto perto do meu.
Desci minha mão que estava tocando seu pescoço e coloquei ela de baixo do seu paletó sentindo o calor da sua pele.
- Eu quero mais. - revelei, com a voz baixa.
Bruno sorriu e encostou sua testa na minha me fazendo sentir sua respiração.
- Não vamos fazer isso aqui. - ele disse, sabendo muito bem o que eu queria.
Mas era como uma neblina me cercando e tudo que eu sentia era desejo.
- Por que não? Aqui tem muitas salas, certeza que não seríamos o primeiro casal a fazer isso. - exclamei.
- Você não tem jeito, né? - ele não parecia incomodada, na verdade, eu sabia que ele gostava.
Gostava muito.
- Não com você tão perto. - falei.
E o cheiro maravilhoso dele piorava tudo.
Bruno afastou seu rosto do meu e olhou em volta.
- Já vão servir o jantar. - contou, depois que seus olhos azuis fixaram nos meus de novo.
Mas eu sentia outro tipo de fome.
Ele pegou minha mão que estava tocando sua barriga e começou a me levar até o final do corredor.
Suas ações me deixaram na expectativa do que vinha a seguir.
Depois que entramos em uma sala vazia, Bruno trancou a porta e eu olhei em volta.
- Nada para me apoiar. - comentei, em voz alta.
- Você pode me usar. - ele disse, e puxou meu braço me levando de encontro ao seu corpo. - Tem que ser rápido, Helena.
- Eu sei.
Bruno andou comigo até que minhas costas bateram na parede, e então ele me levantou fazendo minhas pernas se enrolarem em volta da sua cintura.
Quando seus lábios tocaram os meus, eu desci minhas mãos e coloquei em cima da sua calça querendo abrir o zíper.
E minutos depois nós dois estávamos nos movendo no mesmo ritmo ignorando completamente as pessoas lá fora.
- Seu cabelo está bagunçado. - Ângela disse, quando voltei para o grande salão.
Passei a mão no meu cabelo ficando preocupada.
- E agora? - perguntei, depois de ter passado os dedos entre os fios.
- Melhorou. - disse, e sorriu. - A julgar pelo seu olhar eu imagino o que deixou seu cabelo bagunçado.
- O vento.
E esse vendo era loiro e tinha lindos olhos azuis.
- Eu que queria um vento assim. - disse, me fazendo rir.
Olhei para o outro lado do salão e quando vi que os olhos do Bruno estavam nos meus, eu acenei para ele.
Nós éramos bons em fazer coisas proibidas.
Na verdade, nossa relação começou assim.
- O jantar será servido. - uma senhora, anunciou na entrada do salão.
- Finalmente. - Ângela disse, e concordei com ela.
Quando fiz menção de caminhar até o Bruno, minha mãe apareceu na minha frente.
- Vamos conversar um pouco antes, Helena. - ela disse, e sabia que não aceitaria um "não" como resposta.
Ângela nos deixou sozinha e vi que o Bruno continuou no mesmo lugar me esperando.
- Foi um show muito bom o que você deu na frente das outras mulheres. - disse. - Foi ali que eu te vi de verdade.
- Não entendi.
Ela sorriu.
- No começo, eu achei que você não ia se dar bem nesse mundo. Mas eu estava enganada. No fundo, somos parecidas.
Não.
Não mesmo.
- Não somos nada parecidas, mãe. - exclamei.
- Nós agimos da mesma forma quando algo atravessa nosso caminho. - falou.
- Eu fiz aquilo porque você não mandou ela embora. - falei. - Você quis me provocar.
- Não, Helena. Eu te testei. - disse, parecendo satisfeita. - E fico feliz que você tenha passado no teste.
- Me testou?
- Para ficar aqui, você tem que mostrar que está sempre no controle. Que não vai abaixar a cabeça para nenhum desses idiotas no salão. - falou. - Bem-vinda á família, minha filha.
Com essas palavras, ela se afastou fazendo o Bruno se aproximar.
- Tudo bem? - peguntou, notando minha expressão.
- Eu não entendo ela.
Na verdade, eu não tinha entendido nada daquela conversa.
Me testar?
- Vamos comer. - ele segurou minha mão, e caminhamos para o outro lado do salão.
E por mais que o começo tenha sido movimentado, o resto da noite foi tranquila. No entanto, as palavras da minha mãe continuaram martelando na minha cabeça.
Bem-vinda a família.
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Ele é o Filho Do Meu Padrasto // Concluído
Teen Fiction(CONCLUÍDA) Livro Um Os opostos se atraem, mas não se entendem. Será? Helena, é uma adolescente rebelde que já acha que é dona do próprio nariz. Mimada, mal criada e que só pensa em si mesmo. Já Bruno é um garoto que está sempre se metendo em encren...