De Repente Príncipe ||AU! ADAPT ZIAM||

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Enfim o cio de Zayn havia chegado ao fim, para o alívio do ômega que não aguentava mais continuar sentindo aquelas dores insuportáveis enquanto tudo em seu pequeno corpo implorava por um alfa o possuindo de todas as formas possíveis e inimagináveis para um ômega inocente. 

Contudo, ainda se sentia fraco devido à semana atarefada. Sim, não existe expressão melhor para classificar essa semana. No início estava muito assustado, mas com a ajuda de Edward, quem lhe explicou como tudo funcionava e passaria a funcionar desde então, ficou mais tranquilo, embora Zayn achasse aquilo uma grande injustiça. A parte de aprender a como se aliviar e o que usar para obter mais prazer e assim ter um grau de alívio maior foi, na sua opinião, a pior parte, ele nunca tinha se sentido tão envergonhado.

Zayn havia acabado de sair de um banho perfumado e estava se vestindo distraido em seus pensamentos que mal ou viu as batidas na porta do quarto, que vem ocupando durante a estadia. Edward precisou bater com mais força para o tirar de seu transe.

— Um momento! Estou terminando de me arrumar! - Zayn respondeu finalmente após as batidas insistentes. 

— Precisa de ajuda? Devo chamar um servo para te ajudar? Um beta? - o ruivo pergunta preocupado, imaginando que o príncipe deva estar fraco e precisando de apoio.

— Não, não há necessidade, já estou terminando. - Zayn fala alto para a voz atravessar a porta.

— Tudo bem. Eu apenas quis me certificar de que estava tudo bem. - Ed respirou um pouco mais aliviado ao sentir o ar menos doce, também sentia cheiro de orgulho que emanava de si mesmo, afinal tamanha coragem de um ômega em enfrentar seu primeiro cio sendo tão jovem e já aparentar estar 100% recuperado, encheu Ed de orgulho. 

— Assim que estiver pronto venha comigo, vamos comer um pouco com todos à mesa.

Não demorou muito e um tímido Zayn com coroa de príncipe abriu a porta, espeitou para fora do quarto sorrindo ao ver o sorrido amplo e gentil de Ed. Respirando fundo abandonou a maçaneta dourada e abaixou a cabeça, imaginando que imagem passou para todos durante a semana. Mas Edward só via a criatura mais fofa em todos os reinos e lhe estende o braço.

— Vamos? - Zayn não estava certo em como reagir, nas aulas de etiqueta com a Rainha Mãe ele sempre andaria sozinho ou com o rei, seu marido. Mas olhou novamente para o sorriso de dentes tortos de Ed e enrolou seu braço da forma que achou mais agradável, o que fez o ruivo soltar uma leve risada.

Sendo conduzido pela raposa e escoltados por uma fileira de soldados, os dois caminharam pelos corredores para a sala de jantar, onde o rei e toda a corte e alguns da comitiva da Fortaleza das dunas, incluindo seu irmão Harry, estavam os esperando para a refeição.

Durante todo o trajeto Zayn se manteve em silêncio, olhando para o chão e seus pés. Ele sentia vergonha devido à toda confusão que seu primeiro cio causou. Sentia que todos o olhavam e o julgavam por onde passasse. 

No final de um dos muitos corredores do castelo, deparam-se com uma porta fechada, que logo foi aberta por um dos guardas que ali estavam, assim dando passagem para que Edward e Zayn pudessem entrar. Ao erguer o olhar para o salão, o jovem ômega se deparou com uma enorme mesa repleta de comidas e bebidas, cadeiras com entalhes em ouro assim como pinturas nas paredes, o grandioso candelabro pendurado no teto sobre a mesa e que brilhava como as areias douradas de seu lar.

Ao serem notados por todos, que antes da porta ser aberta conversavam animados, agora se calam deixando o silencio aumentar o nervosismo de Zayn. Tanto Liam quanto Harry se levantam, Ed em respeito faz uma reverencia ao rei que responde com um acenar de cabeça, Zayn não querendo ser mal educado imita o ruivo fazendo sua coroa deslizar por entre os fios sedosos de seu cabelo, Liam sorri e acena com a cabeça também, tudo sob o olhar atento e apreensivo de Harry.

Após as reverencias Liam os convida para sentarem. Ed ocupa seu lugar habitual ao lado dos outros maridos à direita do trono, seguindo a ordem dos casamentos. Zayn estava prestes a seguir Ed, mas foi guiado para se sentar à esquerda de Liam, ficando entre o trono e a cadeira de Harry, que já estava sentado novamente. Sentou ajeitando a coroa e sorriu para o irmão, de mãos dadas embaixo da mesa, pois não queriam atrair atenção indesejada. Com os músculos relaxados um matava a saudade do outro irmão.

A refeição foi servida e todos comiam e conversavam animados, exceto pelos dois irmãos que permaneciam em silêncio, em parte por vergonha mas principalmente por não saberem como começar uma conversa com aqueles nobres, as aulas de etiqueta não ensinavam a começar uma conversa. O pouco que comeram também não passou despercebido pelos olhos atentos da corte.

— A comida não está de vosso agrado? - a voz rouca de Liam deixou a mesa novamente em silencio, atraindo os olhares de todos.

— Não meu senhor, está tudo muito bom. - Harry se adiantou em falar pelos dois. — Apenas estamos preocupados com nosso povo. - no mesmo instante os ouros membros da comitiva que comiam fartamente, param sentindo o peso em suas consciências, haviam se deixado deslumbrar pela mesa robusta que esqueceram que os que ficaram em casa deviam estar passando fome. — como o rei pode ver, já estamos recuperados e com vossa permissão gostaríamos de partir ainda hoje. Levando conosco a notícia sobre o casamento e alguns mantimentos se possível.

Harry se levantou para reverenciar o Rei Liam Payne da Fortaleza Verde, que também se levantou.

— No que dependesse de mim vocês ficariam por mais algum tempo, contudo é nobre tua preocupação com o povo das dunas. Tem a minha permissão para partir, quanto aos mantimentos não se preocupem, estarei destacando alguns dos meus soldados que os acompanharão e ajudarão no transporte dos mantimentos. Assim vocês podem ter a possibilidade de levarem mais coisas e em maior segurança.

Liam disse tranquilamente, já havia pensado nisso, mas não achou que daria a ordem tão cedo. Ele realmente gostava da atitude do alfa de olhos esmeraldas.

— Muitíssimo obrigado, não sabe o bem que estará fazendo ao unir nossos reinos e ajudando com os mantimentos, muito obrigado mesmo. - disse finalmente o príncipe, tomando as mãos de Liam e as beijando suavemente, ato que pegou todos de surpresa. Zayn estava muito feliz, ouvir aquelas palavras encheram seu coração de alegria, acabou não conseguindo conter as lágrimas banhando seu fino rosto.

— Meu príncipe. - Liam chamou sua atenção segurando o rosto chorão de Zayn, tendo uma das mais belas visões de toda sua vida, olhos dourados brilhantes como os talheres e enfeites do castelo, pontinha do nariz e lábios avermelhados e as bochechas magras levemente coradas. Com uma das mãos tocou a pele macia e bronzeada do rosto do ômega, limpando suas lágrimas. —Não precisa chorar, se estou ajudando é porque vejo que são sinceros de coração e desejam o melhor para seu povo.

Zayn quis chorar mais um pouco, não de alegria, mas de arrependimento. Sinceros de coração.