Capítulo 20: Samira vs Samira (Embate final) parte 1

134 3 1
                                    

Mansão Mayer/Escola Caminhos do Coração
Samirinha se convulsiona entre os lençóis até que dá um salto da cama.
- AAAAHHH! AH! AH!
Clarinha e Anjinha despertam com o grito da amiga e logo perguntam.
- Outro pesadelo Samirinha? - diz Anjinha.
- Era aquela voz sinistra de novo. Ela dizia que  tinha novos planos pra minha mãe. - diz Samirinha.
- Foi só um pesadelo amiga. Um sonho ruim. - diz Clarinha.
O grito de espanto de Samirinha acordou todos na mansão. Com seu olhar hipnótico, Gór ordenou que todos voltassem às suas camas. Ela, Meta e Benjamin queriam saber o que tinha acontecido e entraram no quarto das meninas.
- O que aconteceu? - pergunta Gór.
- Samirinha teve um pesadelo com a mãe. É o segundo só hoje. - diz Anjinha.
- Um pesadelo? Me descreva o que você estava sonhando. - diz Ben.
- É melhor não. - responde Samirinha.
Ben sabia que Samirinha não deixaria que ele visse seus medos por meio da fala. Então usou os olhos.
- " Me conte seu sonho. Deixa eu te ajudar." - diz Ben.
Fisgada pelo olhar hipnótico de Benjamin, Samirinha conta todos os detalhes. Ela diz sobre a voz que estava controlando sua mãe e qual seria o próximo plano. Isso a assustou e a fez levantar da cama.
- Mãe, pai, será que eu poderia trocar uma ideia com vocês? - diz Ben.
Os três saem. Clarinha tenta animar a amiga sem nenhum sucesso.
- O que acha que sua mãe vai fazer? - pergunta Anjinha a Samirinha.
- Não sei Anjinha. - diz Samirinha, suando frio.

Nos corredores da casa/escola Ben comenta o que acha do sonho de Samirinha.
- Eu creio que a voz que saiu da boca de Samira era de alguém do Exército Vermelho. E quando falou sobre o "genocídio" dos mutantes, ele não estava falando só em nos matar, mas nós escravizar também. - comenta Benjamin.
- Deus. Isso... É horrível. - diz Gór.
- Ben. - era Rony.
- Rony? O que faz fora da cama? - pergunta Metamorfo.
Mas o Magister apenas ignora a pergunta do professor e se dirige ao amigo.
- Como ela tá? - diz Rony a Ben.
- Ela tá bem Ben. O que ela teve foi um presságio. Um mau presságio. - diz Ben.

Casa dos Montenegro Menezes
Como bons pais, Tatiana e Eugênio estavam muito decepcionados com os filhos, e um castigo deveria ser aplicado a eles. Mas antes disso...
- Saíram da mansão para encontrar um assassino. Têm noção do que cometeram? E ainda levaram alguém que não tinha nada a ver com a história. - diz Eugênio.
Guiga e Bel ficam cabisbaixo, sabendo das consequências que cometeram.
- Vocês podiam ter morrido. Ou talvez serem feitos de reféns.
- Sim. Sabemos disso. - diz Guiga.
- Mas só fizemos isso porque queríamos impedir que o Gucchie fizesse mais vítimas na capital. - responde Bel.
A atitude dos gêmeos até tinha um ato nobre, mas isso não significava que os pais estavam satisfeitos.
- Agora escutem os dois. Nunca mais saíam para caçar um assassino. Que hoje sirva de lição para os dois aprenderem. Guilherme Montenegro Menezes; você ficará sem o seu videogame e sem computador por uma semana. Assistir televisão até pode. No entanto também ficará sem seu celular. Para que aprenda o que é bom pra você. - diz Eugênio rígido, porém paciente.
- Quanto a você, Mabel Montenegro Menezes; não sairá mais com as meninas da escola, e também ficará sem celular como o Guilherme. De hoje, até a segunda ordem, o caminho de vocês é casa/escola e escola/casa. Vocês entenderam? - diz Tati. calmamente, mas por dentro severa.
- Sim. - respondem os gêmeos, ainda cabisbaixos.
- Podem ir para o quarto de vocês. E amanhã levantar bem cedo para ir pra escola. - diz Eugênio.
Os gêmeos saem para o quarto no piso acima. Tati e Geninho discutiam o que eles fizeram.
- Eu entendo que eles tiveram boa intenção. Com a ajuda deles prendemos o assassino misterioso. - diz Tati.
- O que não justifica o comportamento deles, Tati. Foi uma imprudência típica de adolescentes como nossos filhos. E eles precisam conter essa rebeldia deles. - diz Eugênio.
- Acho melhor nos recolhermos também. - diz Tatiana.
- Vamos, amor. É melhor irmos dormir.

Dia seguinte
Mansão Mayer/Escola Caminhos do Coração
Os jovens mutantes da liga do bem e outros estudantes não-geneticamente modificados notaram o empenho de Guiga e Bel num experimento da aula da diretora e professora Gór, com um tipo de fertilizante. Rapidamente o efeito deu certo.
- Muito bem Guiga e Mabel. - diz Gór.
- Obrigada professora. - responde Bel.
- Grandes coisas, com o gene da super inteligência, fica fácil. - responde Juan, o encrequeiro do colégio.
- Nao precisamos da super inteligência pra fazer isso, basta você prestar atenção que você faz. Coisa que você não presta. - responde Guiga, tirando uma com o encrenqueiro.
- UUUUUUHHH! - a turma vaia.
Juan fica ofendido, mas prefere não agir porque sabe das consequências que teria que arcar com Gór. Da última vez, que se meteu em problemas, ele ficou em detenção por um mês.
"Eu ainda pego vocês dois, nerds mutantes malditos" - diz Juan pela mente.
Mas Mabel entra na cabeça dele e manda a mensagem.
"Se fizer algo com a gente, você vai voltar para aquele bosque e ainda vai se ver com a diretora."
~som de explosão
Os alunos começam a ficar em pânico.
- O que foi isso? - diz Gór
Os mutantes e humanos da mansão param suas aulas para ver quem chegou. E ali estava na porta a maior inimiga da liga do bem, vestida de preto por todo o corpo. Nas costas a sua inegualavel katana, e em seus olhos um brilho perverso. Era Samira Mayer, que apareceu para ajustar contas.
- Samira. - diz Maria.
- Onde está a garota Montenegro Mayer? - pergunta Samira.
- Ela está em aula. O que você quer? - responde Marcelo.
- Que pena. Porque eu tinha uma prova para ela. E não creio que ela passe. - diz Samira.
- Uma prova? - diz Ben.
- Exatamente. Se ela não aparecer, eu vou matar todos aqui presentes. - diz Samira.
- Não precisa ser assim minha irmã. Nao precisa ferir inocentes. Lembre-se do que foi e do que é. Você ainda tem bondade em seu coração. - diz Maria, tentando enxergar uma fagulha de luz e do bem dentro de Samira.
Mas a irmã gêmea da mesma estava irredutível. E de suas mãos ela conjura raios de fogo contra todos na escola. Valente, Cris, Maria, Guiga e Bel partem pra defesa; criando um campo de força que protege todos da liga. Mas nem mesmo a força dos cinco juntas tinham tanto poder. Samira aumenta ainda mais seu poder, aumentando assim a força do golpe pirocinético.

Enquanto isso, Nati saiu para avisar Samirinha que estava com Rony.
- Samirinha.
- Agora não Nati. Tô numa conversa particular com meu gato. - diz Samirinha.
- É urgente. - diz Nati.
Rony, vendo a ciborgue com um olhar de problemas pergunta.
- O que aconteceu?
- Samira. Ela está aqui.
- O que? - diz Samirinha.

Enquanto isso na frente da casa, Samira ataca a liga. Valente tem uma ideia arriscada.
- Professora Maria, tenho uma idéia. E se revertermos o ataque?
- Boa idéia Valente. - responde Maria.
Combinando seus movimentos, Maria e Valente revertem o ataque de fogo contra Samira, mas ela se desvia.
- Muito bom, estou vendo que a liga do bem não está tão fraca quanto pensei. Mas quem eu quero é a menina. - diz Samira novamente.
- Por que essa obcessão por Samirinha? - pergunta Marcelo, indignado.
- Chegou a hora do meu acerto de contas final com essa menina. E vou dizer pela ultima vez. ONDE ELA ESTÁ? - grita Samira.
- Estou aqui. - diz outra voz.
Era Samirinha que voltava com Rony e Nati.
- O que quer de mim?
- Enfim você apareceu. Se você diz quem é, então lhe porei a prova. Eu a desafio para um duelo. O lugar e a hora ficam com você.
- Você está louca Samira? Você não precisa marcar um duelo com sua própria filha. - diz Maria
Mas Samirinha achou a proposta tentadora demais para ser recusada. Ela poderia ter a chance de ser reconhecida pela mãe, ao mesmo tempo, em que poderia morrer se a enfrentasse.
- Eu aceito. - diz Samirinha.
- Samirinha, não faça isso. - diz Maria.
- O lugar será na praia do Guarujá perto da vila Caiçara. E sobre a data, que seja amanhã, as três da tarde. - diz Samirinha.
Todos na mansão se surpreendem. Samirinha aceita o duelo contra sua própria mãe. O duelo de sua vida. Ela sairá viva, ou morta?

Mutantes: A ascençãoWhere stories live. Discover now