Mutantes: A ascenção

Capitulo 16: A noite dos Vigilantes

Ruas de São Paulo
Samira acorda no esconderijo de Gucchie.
- Acalme-se. Está segura. - diz o assassino. Enquanto ele fazia os medicamentos, ela estranhava. Como um assassino poderia se importar com ela?
- Aqui estamos nós de novo não é? - diz Samira. - De todas as missões que alguém já me deu, nunca pensei que falharia em alguma.
- Como se sente? - pergunta Gucchie.
- Estou bem. - diz Samira.
- Eu sei que está. Digo como está ao agora ver que existem alguém mais forte que você? - Gucchie pergunta novamente o que desperta a raiva de Samira.
- Não existe nenhum ser mais forte que Samira neste mundo. - diz Samira.
- Exceto a sua irmã e sua filha. - diz Gucchie.
- Você vai mesmo me provocar? - diz Samira.
- Não. Mas bem que gostaria.
Samira não queria admitir, mas realmente ela havia sido superado por alguém, alguém muito próximo a ela.
- Eu, cedo ou tarde, terei minha vingança. Eu sou Samira. - responde a mutante.

Concentração/Ilha do Arraial
- Senhor? - diz Rivers.
- Sargento. O que foi? - diz Ribeiro.
- A missão de matar Juno e Lúcio falhou. Os garotos, o filho Valente e a menina Samirinha salvaram os dois. E a menina derrotou a mãe, que é inclusive mais forte. O que fazemos? - diz Rivers.
- Eu estava esperando que você fizesse essa pergunta. Mandei os projetos para o continente.
- Os vigilantes senhor? É seguro?
- Não se preocupe. Temos a capacidade de construir mais. - diz Ribeiro.

Parque dos Imigrantes
Samirinha contou todos os detalhes: desde o confronto dos pais de Valente e o próprio contra a sua mãe, até o embate das duas. Quando estavam no clímax da luta...
- Uma voz de homem saiu dela. Uma voz que disse que queria o genocídio de todos os mutantes. - termina Samirinha.
- Eu também ouvi, professora Maria. Mas não acreditei no começo. Pensei que era um truque da Samira, mas quando ouvi que ela, ou ele, queria o genocídio, comecei a ficar intrigado. Por que uma mutante queria o extermínio da própria raça? - pergunta Valente.
- Creio que bem possível, o Exército Vermelho esteja por trás disso - diz Marcelo.
- Por que acha isso? - pergunta Lúcio.
- Veja bem Lúcio. Quem mais deseja que todos os mutantes sejam eliminados do planeta? - pergunta Marcelo de volta.
Lúcio até que entendeu. E o que dava para entender é que, mesmo sem a lei anti-mutante, os mutantes não vivem em paz com alguns da humanidade, por puro racismo. Afinal eles são seres geneticamente modificados, particularmente evoluídos.
- Mas agora o assunto é o por que de vocês terem matado a aula. - diz Juno.
- Mãe, uma aula é mais importante que salvar a vida de seus pais? - diz Valente.
- Se vocês tivessem dito que vinham salvar Lúcio e Juno, eu teria entendido, ainda mais, teria vindo com vocês. Foi sorte a Samira não ter matado você, Samirinha. - diz Maria.
Mas a jovem mutante, irritada por causa dos conselhos da tia e amigos mostrou que realmente tinha sangue da sua mãe nas veias e, mostrou rebeldia.
- Escutem, vocês. Eu não sou mais criança, ok? Eu faço o que bem quero da vida, se isso for para o bem. Eu não preciso mais ficar debaixo de "asinhas" de adultos. - diz Samirinha se batendo de volta pra mansão.
- Não dá pra entender os adolescentes. - diz Marcelo.
- Especialmente ela. - comenta Lucio.
- Acho que da sim. Samirinha quer se sentir livre, que nao precisa mais de ninguém para protege-la. Ela quer ser ela. E muitos a estão prendendo, especialmente o Beto. - diz Juno.

Mansão Mayer/Escola Caminhos do Coração
- Com licença diretora... - diz Samirinha entrando na sala dela.
- O que aconteceu? Por que está agitada Samirinha? - pergunta Gór.
- Eu sei que depois de duas semanas de aula, os alunos tem permissão de ir pra casa. Só que eu quero ficar na mansão. - diz Samirinha.
- Preciso falar com seu pai primeiro. Se ele deixar...
- Não é preciso. Eu ficarei na mansão. - diz Samirinha.
- Não pode passar sobre a ordem de seu pai, Samirinha. - avisa Gór.
- E não pretendo isso. - Samirinha bate retirada e deixa a diretoria , não sem antes deixar um aviso. - Eu só quero um espaço pra mim.
- Você pode ter todo o espaço que precisa, garota. Não precisa ser tão rebelde. - responde Gór.
- Obrigada, diretora.

Ruas de São Paulo
Em algum lugar da cidade, cinco estrelas vinham voando na direção da capital e, rapidamente pararam. A população começa a ficar em pânico.
E eis que as estrelas eram nada mais que robôs, que assumiam aspecto policial. Eles tinha detalhes vermelhos e pretos, semelhantes às bandeiras do nazismo.
- Não se assustem, estamos aqui para ajudar. - diziam os robôs.

Parque dos Imigrantes
Na casa de Valente, a família Matoso Rodrigues e a jovem Natalia jantavam quando Juno sentiu algo estranho.
- O que foi mãe? - pergunta Valente.
- Alguma coisa está vindo pra cá.

Mansão Mayer/Escola Caminhos do Coração
Rony estava assistindo um comercial na sala quando alguém lhe venda. Alguém né?
- Adivinha? - diz Samirinha.
- Você de novo? - responde Rony, sorrindo.
Ele puxa Samirinha e os dois se beijam.
- Por que decidiu ficar na mansão? - pergunta Samirinha. - Podia ter ido pra casa da Tati e do Eugênio.
- E perder um momento único com você? Sei que a Gór não ta em casa, então pensei...
- Ridículo. - diz ela maliciosa.
- Metida. - rebate ele malicioso. Os dois se beijam novamente, e quando estavam quase pra deitar no sofá....
BAQUE
A porta da mansão é arrebentada. Não só a porta, como também as paredes. Um grande robô ataca a mansão, deixando Samirinha e Rony surpresos.

Casa da família Montenegro Menezes
Parte da família Mayer (Maria), os Montenegro (Marcelo, Beto e Tati) e os Menezes(Eugênio, Clara e Ângela) estavam em comemoração com os filhos/netos, até que enquanto servia um lanche aos convidados, Mabel recebe uma mensagem telepática.
"Mabel, Mabel"
Era Juno
- O que foi Bel? Não vai nos servir? - diz Guiga.
Bel fica estranha, olha para o teto e novamente ouve a voz de Juno.
"Mabel"
- Professora Juno?
- O que foi Mabel? - pergunta Eugênio.
"Mabel, avise os outros da liga do bem. A mansão esta sendo atacada por monstros gigantes em forma de máquinas."
- O que?!
Mabel toma um susto, deixa a bandeja cair, junto com os copos(que eram de vidro). Maria e Guiga agem rapido e seguram os utensílios que caíram, evitando que atingisse a garota.
- O que foi filha? O que a Juno está dizendo? - diz Tati.
- A mansão. Ela está sendo atacada. - diz Mabel.
Beto logo ficou assustado. Samirinha estava lá.
- Samirinha!
E como todo pai, saiu porta fora. Junto com Marcelo.
- O que a Juno disse Bel? - pergunta Guiga.
- Máquinas gigantes estão lá. - responde Mabel.

Os Vigilantes: máquinas criadas para acabar com os mutantes estão na capital. Será que a liga do bem prevalecerá contra essa ameaça.

(Ouvir Música: Planeta Sonho - 14 bis)
Aqui ninguém mais ficará
Depois do sol
No final será
O que não sei, mas será
Tudo demais
Nem o bem, nem o mal
Só o brilho calmo dessa luz

O planeta calma será Terra
O planeta sonho será Terra
E lá no fim daquele mar
A minha estrela vai se apagar
Como brilhou
Fogo solto no caos

Aqui também
É bom lugar de se viver
Bom lugar será
O que não sei, mas será
Algo a fazer
Bem melhor que a canção
Mais bonita que alguém lembrar

A harmonia será Terra
A dissonância será bela
E lá no fim daquele azul
Os meus acordes vão terminar
Não haverá, outro som pelo ar

O planeta sonho será Terra
A dissonância será bela
E lá no fim daquele mar
A minha estrela vai se apagar
Como brilhou, fogo solto no caos